Diagnósticos feitos com a ajuda da Inteligência Artificial; atendimento por robôs; telepresença; cirurgia robótica a distância; dispositivos conectados que monitoram sinais vitais em tempo real; impressão 3D de próteses, tecidos e até órgãos humanos. Há muitos anos a tecnologia é uma das principais aliadas da medicina. Mas hoje, em um momento de crise global da saúde, é preciso ir mais longe (e mais rápido) - acelerar e inovar. Neste cenário, as Health Techs, startups focadas em soluções para a saúde, começam a desenhar um futuro esperançoso.
Não só na saúde; essas startups também estão em alta no mundo dos cifrões. Só no ano passado, segundo relatório do site PitchBook, mais de 4 bilhões e meio de dólares foram investidos no segmento de Health Techs. Em 2012, o valor dificilmente chegava a um bilhão e meio. O crescimento é de 200% em cinco anos. Com dinheiro tudo fica mais fácil. Atualmente já é possível ver as tecnologias mais inovadoras aplicadas para melhorar a saúde mundial.
A Internet das Coisas, com equipamentos conectados em clínicas, hospitais e até fora desses ambientes, monitora sinais de saúde, doenças e características pessoais de cada indivíduo. Sistemas de Inteligência Artificial ajudam na interpretação de diagnósticos e também em análises minuciosas de relatórios médicos. Com base em uma infinidade de informação, as soluções de Big Data ajudam prevenir a evolução de doenças. E a combinação dessas tecnologias garante uma indicação mais rápida do tratamento adequado para cada caso.
O Vale do Silício, nos Estados Unidos, e Israel lideram tanto em investimento quando em iniciativas. Mas o Brasil não está muito atrás. Já são mais de 260 startups focadas em saúde em atividade no país; e este é um dos mercados potenciais mais promissores por aqui. O cenário justifica: altíssima demanda e uma enorme carência na área de atenção básica de saúde. O Sistema Único de Saúde do governo atende cerca de 190 milhões de pessoas e, definitivamente, a tecnologia pode ser uma ótima injeção (e sem dor) para oferecer uma qualidade de vida melhor à população.
Criada em 2013 no sul do país, esta startup desenvolveu um chatbot de medicina preventiva; uma espécie de enfermeira virtual que não dá um diagnóstico, mas conversa com as pessoas para que elas se sintam cuidadas e amparadas no que mais precisam no momento. Só no primeiro semestre deste ano, cerca de 120 mil pessoas interagiram com os robôs de atendimento.
Um dos casos mais famosos de uso de Inteligência Artificial na medicina é o programa Watson Health, um software de Big Data da IBM. Ao armazenar e catalogar o máximo de informação possível de estudos da área da saúde e dados de pessoas de todo o mundo, o programa é capaz de comparar doenças e sintomas parecidos e dar diagnósticos mais precisos. A Inteligência Artificial também já é aplicada até para análise de imagens, como o raio-x, por exemplo. A solução da startup Predict Vision tenta simular exatamente o que o médico enxerga e como ele pensa para detectar a doença de forma autônoma.
Outros exemplos surpreendem pela sofisticação e, principalmente, pelo fácil acesso. Nos Estados Unidos, a startup 23andMe, especializada em genética e biotecnologia, faz por 150 dólares, a análise do seu DNA. O resultado permite que sejam feitos diagnósticos clínicos e tratamentos de doenças com base
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