Xbox Series X é o console top de linha da nova geração de videogames da Microsoft. Seu lançamento ocorreu em 10 de dezembro, acompanhado pelo Xbox Series S, sua versão menos robusta e de custo reduzido, pelo preço de R$ 4.599, em um pacote que acompanha um controle e um SSD de 1 TB. A plataforma rivaliza com o PlayStation 5 (PS5) pela preferência dos jogadores, apostando em um hardware potente, integração com a última geração e serviço por assinatura Xbox Game Pass. Confira, no review a seguir, a análise completa que o TechTudo preparou sobre o novo console da Microsoft.
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Especificações e desempenho
Promovido pela Microsoft como "o mais poderoso já produzido", o Xbox Series X tem como principal atrativo suas especificações técnicas. Equipado com um processador de oito núcleos rodando a 3.8 GHz, GPU com 12 Teraflops, 52 CUs a 1.825 GHz RDNA 2 e 16 GB de RAM GDDR6, o console entrega uma experiência digna de nova geração. Mais potente que seu concorrente, o PS5, o novo console funciona de maneira extremamente fluida e rápida, aspecto que pode ser percebido na navegação do menu, execução de jogos e instalação de games.
Além disso, com o novo aparelho, a Microsoft visa à qualidade de imagem, com execução de jogos em resolução 4K (3840x2160) e taxas de quadros de até 120 frames por segundo. Outra novidade interessante é o suporte à tecnologia Ray-Tracing, que permite a renderização mais fiel de reflexos, sombras e outros efeitos.
Um dos pontos responsáveis por toda a velocidade do console é o novo HD SSD NVME do aparelho, mais moderno que os tradicionais discos mecânicos. O armazenamento permite que as informações armazenadas nele sejam carregadas de maneira muito mais ágil, e, trabalhando em conjunto com a robusta RAM GDDR6, o novo HD realiza tempos de carregamento muito menores.
Para aqueles jogadores que não abrem mão de jogos físicos, o Series X conta com um leitor de Blu-Ray, que, além dos games, também reproduz filmes em resolução 4K. Vale mencionar que o Series S, versão de entrada do console da Microsoft, não tem drive de discos.
Sistema e funções
À primeira vista, a experiência de uso do Xbox Series X pode parecer exatamente a mesma de seu antecessor, o Xbox One. Isso acontece porque a Microsoft optou por manter basicamente o mesmo sistema operacional para a nova máquina, que roda uma versão modificada do Windows 10.
Apesar da aparente falta de novidades, foi feito um trabalho bastante competente, que entrega uma experiência de uso simples e eficiente para os jogadores. Há uma seleção inteligente de jogos no menu principal (que considera os títulos mais recentes), menus bem organizados e loja bonita e fácil de navegar.
A função Quick Resume é a principal novidade aqui. Com ela, é possível deixar jogos completamente carregados na memória do aparelho e executá-los em poucos segundos, sem a necessidade de passar por telas iniciais ou aguardar carregamentos. No novo recurso, os games simplesmente voltam para a parte em que foram deixados na última vez, seja em uma tela de pause, um menu ou mesmo durante algum momento de ação.
No total, é possível manter até quatro games no estado de suspensão do Quick Resume, mas infelizmente não existe um seletor simplificado para escolher quais os games ficarão abertos. Como recém-lançado, o sistema ainda não é completamente confiável e, em algumas ocasiões, pode falhar ao carregar os títulos. No entanto, a experiência geral é bastante positiva e impressionante.
Design e construção
Um dos pontos mais discutidos entre os jogadores é o design dos consoles da nova geração. Para seu aparelho mais pre
Disponível apenas na cor preto fosco, o console de nova geração privilegia a ventilação de seus componentes, para garantir que as peças nunca aqueçam demais. Em uma decisão bastante interessante, a Microsoft dividiu a placa mãe do Series X em duas partes, facilitando o fluxo de ar e permitindo, também, um design mais compacto.
O resultado é um console extremamente silencioso, que consegue se manter bem resfriado graças a um enorme cooler posicionado em sua parte superior (região que, vale mencionar, conta com uma chamativa pintura verde entre as saídas de ar) e a um robusto dissipador de calor, que ajuda a controlar as temperaturas internas.
Jogos e o Game Pass
Principais estrelas de qualquer novo console, os jogos são um ponto polêmico no lançamento do Xbox Series X. Após o adiamento por tempo indefinido de Halo Infinite, que estava agendado para sair junto do aparelho, a biblioteca de lançamento do Series X ficou desfalcada de um grande título exclusivo, que funcionaria como uma motivação a mais para escolher o console.
Com isso, a linha de lançamento do Series X se resume a jogos multiplataforma, que inclusive estão disponíveis em versões simplificadas para o Xbox One. Call of Duty: Black Ops Cold War, Assassin´s Creed Valhalla, Watch Dogs Legion, Dirt 5 e NBA 2K 21 estão entre as opções, além de versões turbinadas de títulos do console de geração anterior, como Gears 5, Halo: The Master Chief Collection e Forza Horizon 4, que ganharam atualizações para rodar melhor no Series X.
Para contornar a falta de exclusivos no lançamento, a Microsoft tem como seu principal trunfo o serviço Xbox Game Pass. Por uma mensalidade de R$ 29,90, a plataforma oferece uma lista com mais de 100 títulos para serem baixados e jogados livremente no console, incluindo todos os exclusivos da empresa.
Uma opção ainda melhor do serviço é o Game Pass Ultimate, que sai por R$ 44,90 por mês. Além dos jogos do passe para console, ele inclui a versão para PC (que, avulsa, custa R$ 29,90 mensais), a assinatura da Xbox Live Gold (serviço exigido para jogar online, que também garante jogos gratuitos todo mês) e acesso liberado ao EA Play (antigo EA Access, que conta com dezenas de jogos da Electronic Arts).
Além disso, a retrocompatibilidade segue como um dos principais pilares no Xbox Series X. O aparelho é capaz de executar jogos de todas as gerações da plataforma (desde o primeiro Xbox, lançado em 2001, até o One, de 2013), o que faz da máquina excelente para aqueles jogadores que buscam os principais lançamentos, mas não abrem mão dos clássicos.
O controle
O controle do novo console se assemelha muito ao modelo da geração passada, trazendo poucas novidades em relação a esse quesito. Como os dois acessórios têm praticamente o mesmo tamanho, uma das diferenças é a adição de uma textura na parte posterior do joystick, que melhora a sua pegada, especialmente para usuários costumam suar muito. A mesma textura está, também, nos gatilhos LT e RT.
A principal novidade está na adição do botão de compartilhamento, posicionado ao centro do controle. Com ele, ficou mas fácil fazer capturas de imagens e vídeos durante as partidas, além de compartilhá-las com amigos na Xbox Live, YouTube ou Twitter. Outra boa adição foi a conexão via USB-C, que substitui o antiquado micro USB e permite que o joystick seja usado com fio ou mesmo no PC.
Para desespero de uns e alegria de outros, a Microsoft decidiu manter a alimentação do controle feita por pilhas AA. Apesar de exigir a compra de pilhas avulsas ou de um kit recarregável, a escolha pelas pilhas tem algum charme, já que evita problemas a longo prazo, comuns a baterias internas recarregáveis.
Uma boa notícia que deve ser mencionada é que os antigos controles do Xbox One podem ser usados no Series X. Ou seja, jogadores que possuem joysticks adicionais do antigo console poderão economizar.
Conclusão
Marcando a chegada da Microsoft à nova geração de consoles, o Xbox Series X é uma aposta de peso na briga contra o PS5 da Sony. Potente, bonito e versátil, o aparelho tem, ainda, o Game Pass como um de seus principais atrativos, além de custar mais barato do que seu concorrente. Além disso, a chegada de Halo Infinite e de outros exclusivos deve favorecer ainda mais o Series X na preferência dos jogadores.
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