Os Estados Unidos inauguraram em 2018 a primeira rede 5g do mundo, mas apenas em 4 cidades, mas ela ainda não funciona em smartphones. Por enquanto é basicamente uma internet fixa. Mas calma, que esse é só o comecinho: em 2019 China e Coreia do Sul iniciam o uso dessa tecnologia em larga escala.
Mas e o Brasil? Bom, dependemos do governo e das empresas. O governo é o responsável pela concessão das frequências em que o 5G vai operar. É como se fosse uma rodovia em que uma concessionária ganha o direito de explorá-la comercialmente, com pedágios. Um leilão está previsto para o segundo semestre de 2019, mas esta é só uma etapa.
O leilão ainda tem pontos a serem definidos: se o 5G brasileiro usar mesmo a frequência de 3,5 GHz a banda seria de 200 megahertz. A banda é como a largura de uma estrada, e a forma de distribuição pode determinar a qualidade do serviço ou a competitividade entre as principais operadoras brasileiras.
Blocos em Megahertz: Dois blocos de 100 MHz só abririam caminho para duas operadoras. Três blocos, sendo um de 80 e dois de 60 MHz aumentariam o número de vencedoras. Agora, com quatro blocos de 50 MHz as maiores operadores teriam chances, mas com espectro limitado e o serviço também teria limitações.
Investimento: As vencedoras terão que fazer investimentos para colocar o 5g em funcionamento. Enquanto os modelos e a licitação não saem, as operadoras e as empresas de tecnologia já se preparam para a futura rede de quinta geração. O diretor de soluções e tecnologia da Ericsson explica que muita coisa está adiantada. E se tudo der certo, em 2020 a rede começa a ser usada no país.
Um dos pontos que pode complicar essa atualização é a burocracia para instalação de estações rádio-base, que são basicamente as antenas do 5G. Com a tecnologia atual, as antenas de 5G teriam um alcance pequeno... Por isso seriam necessárias mais e mais antenas.
O presidente da Abrintel, a Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações cita como exemplo a cidade de São Paulo, maior do país. A autorização para instalar uma torre pode levar até cinco anos.
Instalar antenas em locais mais baixos como postes também geraria dúvidas sobre a aplicação das leis, porque as antenas ainda seriam classificadas com edificações. E se algumas cidades até melhoraram as leis nesse sentido nos últimos anos, outras ainda cobram impostos sobre as torres instaladas.
Lourenço Coelho explica que tudo seria mais fácil se os municípios seguissem o que está na lei geral das antenas, sancionada pela então presidente Dilma Rousseff em 2015. Se a lei federal fosse cumprida, a resposta para pedidos de licenciamento teria que sair em no máximo dois meses.
Vamos falar agora da importância dessa novidade. Assim, como houve um salto de velocidade entre o 3g e 4g, a quinta geração também vai acelerar nossas conexões. Enquanto no 4g essa velocidade chega a 100 megabits por segundo no 5g deve ser de 1 gigabit por segundo. Isso é dez vezes mais. Mas a quinta geração vai além da velocidade. A aposta é de que ela vai abrir caminho para a internet das coisas: tudo conectado. É que o 5g diminui a latência, que é o tempo para resposta: o popular atraso, que existe hoje entre um comando e a realização desse comando. Vamos dar um exemplo com esse robozinho
Repare como o programa de computador que comanda o robô demora um pouquinho para corrigir a posição das rodas. É o suficiente para ele perder o equilíbrio e cair. Esse atraso observado é por conta da latência que existe com a conexão 4g. Na simulação de um tempo de resposta “beeem” menor, similar ao do 5g, assim que o robozinho se move o programa de computador já corrige a posição... Ele logo recebe a resposta e endireita as rodas. Agora imagina essa resposta mais rápida e mais precisa em uma linha de produção numa indústria; ou então numa cirurgia.
O 5g poder�
E olha, provavelmente a quinta geração da rede móvel vai permitir algumas invenções e mudanças no nosso estilo de vida que atualmente nem conseguimos imaginar. Mas surge uma nova dúvida. E será que as leis brasileiras também vão evoluir?
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