A troca do tradicional HD por um SSD pode ter um impacto extremamente benéfico ao PC, como velocidade de inicialização e carregamento mais rápido de programas e jogos. Porém, apesar de muitos se sentirem satisfeitos com os resultados desta simples troca, há algumas práticas que podem fazer você tirar mais proveito ainda de seu SSD.
O que é TRIM, como ele beneficia o seu SSD e como saber se está ativo?
Pensando nisso, o TechTudo fez uma lista de coisas que você precisa saber. Veja agora algumas dicas de como aproveitar melhor o seu SSD.
Compre SSDs SATA 3
Quando for comprar um SSD, fique atento para a interface que ele usa. Procure sempre comprar discos com interface SATA 3 que, atualmente, é o padrão mais rápido do mercado. Se você comprar um SSD SATA 2, além de perder velocidade, você não poderá desfrutar de placas-mãe mais modernas no futuro.
Cada arquivo no seu quadrado
Em comparação com os HDs, os SSDs são muito mais rápidos e confiáveis. Porém, a grande desvantagem deles em relação àqueles é o seu custo por gigabyte. Apesar desta tecnologia estar se tornando mais acessível, o preço de um SSD ainda é bem maior do que o de um HD com o dobro ou triplo de capacidade.
Assim, uma dica preciosa é usar uma combinação de SSD e HD. Compre o SSD de maior capacidade que o seu bolso permitir e então use-o em conjunto com o seu HD. O segredo está em colocar os arquivos certos no SSD, como o sistema operacional, os programas e os jogos. Os demais arquivos, como músicas, filmes, séries, fotos, documentos e qualquer outro tipo de arquivo, salve no HD.
Com o sistema operacional, software e jogos instalados no SSD, eles serão inicializados e executados muito mais rapidamente. Quando você precisar executar alguma mídia, ela estará salva no HD, que tem muito mais espaço para armazenar esse tipo de coisa.
Use symlinks para mover programas do HD para o SSD
É natural que você já tivesse muitos programas instalados em seu HD. Se você não quiser desinstalar todos eles e instalar novamente no SSD, pode usar symlinks para mover um disco para outro. Essa técnica é utilizada para “enganar” o Windows, fazendo-o ‘pensar’ que a pasta do programa está no local original, mesmo sem estar.
Para usar symlinks, abra o prompt de comando como Administrador e use o comando mklink. Depois, é só indicar para qual disco você quer mover (indicando a letra dele) e depois especificar o caminho original do arquivo e o caminho final.
Mova as pastas do sistema para o HD
As bibliotecas do Windows, que contém as pastas Documentos, Imagens, Vídeos e Músicas; são configuradas por padrão para salvarem seus arquivos no mesmo disco onde o sistema operacional se encontra. Se você usar um SSD, logo ele estará lotado de arquivos. É possível alterar o local de salvamento dessas pasta
Para isso, clique com o botão direito sobre a pasta, como por exemplo “Vídeos” e depois clique em “Propriedades”. Na janela que surge, vá para a aba “Local” e clique no botão “Localizar destino”. Depois, navegue pela árvore de pastas e selecione uma pasta que se encontra em seu HD. Daí, é só clicar em “Ok” que a partir de agora, todo arquivo salvo nesta pasta, será automaticamente enviado para o disco rígido, não ocupando espaço em seu SSD.
Habilite o AHCI (Advanced Host Controller Interface)
A função AHCI (Advanced Host Controller Interface), criada pela Intel e que tem por objetivo aproveitar ao máximo os recursos das unidades de armazenamento que usam a interface SATA. Essa função garante um desempenho de 10 a 15% maior.
A AHCI pode ser ativada por meio de um driver, que a fabricante da placa-mãe fornece. Basta acessar o site e buscar pelo driver mais recente para dispositivos SATA. Aproveite também para atualizar o driver do seu SSD e instalar a versão mais recente do site da fabricante.
Deixe um espaço livre
Os SSDs funcionam melhor se tiverem um certo espaço livre. Quando eles atuam com a capacidade quase cheia, o seu desempenho diminui, pois eles terão muitos blocos parcialmente preenchidos. Escrever sobre blocos parcialmente cheios é mais lento que escrever sobre blocos totalmente vazios.
Portanto, o recomendado é que você deixe pelo menos 25% do espaço total do SSD livre. Eu sei, é uma pena diminuir mais ainda a capacidade deste componente. Mas é melhor aproveitá-lo com toda a sua performance do que tê-lo cheio, mas lento. Assim sendo, num SSD de 128 GB, procure deixar cerca de 32 GB livres. Num SSD de 256 GB, deixe 64 GB livres.
Muitos programas e o próprio sistema operacional costumam deixar muito ‘lixo’ salvo nas pastas do sistema. Isso é uma coisa comum e que acontece com praticamente qualquer software. Nesses casos, sempre tenha em mãos programas limpadores, como o CCleaner, que buscam e deletam esses arquivos temporários e inúteis. Assim, você pode liberar ainda mais espaço em seu SSD.
Não desfragmente o seu SSD
Uma prática comum de quem usa HDs e quer melhorar o desempenho, é desfragmentar o disco. Isso reorganiza os arquivos gravados no prato magnético, deixando-os em ordem sequencial e diminuindo o tempo de leitura. Porém, isso não é necessário em um SSD, já que a sua velocidade de leitura é constante, pois os arquivos são gravados em chips de memória Flash.
Desfragmentar um SSD só terá efeitos prejudiais, como aumentar o número de operações de escrita, o que eventualmente diminui desnecessariamente a vida útil do dispositivo.
Habilite o TRIM em seu SSD
O TRIM é um recurso que mantém a performance do SSD estável mesmo depois de muitas operações de escrita. Para entender o TRIM, é preciso entender como funciona a gravação de arquivos no SSD.
O SSD só pode gravar em blocos vazios. Se ele precisa gravar em determinado bloco que já está preenchido, ele precisa ler este bloco, copiar o conteúdo para a memória Memória RAM esvaziar o bloco, escrever a nova informação sobre ele e depois gravar o conteúdo que está na RAM em outro bloco. Se for o caso de sobrescrever um bloco, o SSD ainda adiciona o passo extra de apagar o conteúdo deste bloco.
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O TRIM faz com que os SSDs enxerguem arquivos deletados da mesma forma que os HDs. Quando você apaga um arquivo, o sistema operacional simplesmente marca os blocos do HD que guardavam aquele arquivo como vazios. Mas os dados continuam lá. Posteriormente, quando o sistema precisar daqueles blocos, ele simplesmente grava os novos dados por cima dos antigos.
Com o SSD é a mesma coisa. Se o TRIM estiver ativado, ele vai apagar e consolidar as células que não estão mais em uso simplesmente marcando-as como “vazias”. Assim, da próxima vez que ele precisar escrever sobre aquele bloco, a velocidade será tão rápida quanto era quando você comprou o SSD. Em outras palavras, o TRIM mantém o seu disco de estado sólido rápido e eficiente.
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