As redes sociais se multiplicaram e evoluíram muito nos últimos dez anos, com o avanço de apps e das soluções de comunicação à distância. Algumas plataformas, como Facebook, LinkedIn, WhatsApp e Twitter, cresceram exponencialmente com a incorporação de novos recursos. Além disso, nesse período, surgiram novas redes que foram se aperfeiçoando cada vez mais. É o caso do Instagram, Telegram e TikTok. Enquanto isso, veteranas como Orkut e MSN desapareceram em meio a tantas novidades.
A evolução das redes também alterou a maneira como nos comunicamos e interagimos online. É difícil imaginar, que há dez anos, as pessoas utilizavam bastante o e-mail e SMS para trocar mensagens pessoais, e que os aplicativos de paquera, como Tinder e Happn, nem existiam.
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Outra mudança significativa é que, até o início da década, as empresas não tinham se apropriado das redes para vender ou posicionar suas marcas. Não havia anúncios patrocinados no feed e os Stories ainda seriam criados. O e-commerce, embora já estivesse consolidado, também foi impactado positivamente com a popularização das redes sociais.
Além disso, chama atenção o fato de que, em uma década, o número de usuários de redes sociais triplicou. Segundo dados da empresa de pesquisas Statista, em 2010, menos de um bilhão de pessoas em todo o mundo estavam inscritas nessas plataformas. Em 2020, esse número saltou para 3,6 bilhões e a projeção para 2025 é de 4,41 bilhões de usuários. A seguir, relembre a evolução das redes sociais na última década.
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2010 e 2011
No início da década, o grande destaque foi o surgimento do Instagram, em 2010, que mudou completamente a maneira de compartilhar informações e fazer negócios nas mídias sociais. Se antes o texto era a parte central do post, com a rede, a imagem passou a ser o principal. Além disso, a plataforma trouxe os famosos filtros para fotos inspirados na câmera Polaroid e diversos outros recursos que foram sendo incorporados ao longo de dez anos de existência, como Stories, IGTV e os vídeos ao vivo.
O Instagram foi lançado inicialmente apenas para iPhone (iOS), e em poucas horas atingiu a marca de 10 mil downloads na App Store. A versão para Android chegou apenas em 2012, ano em que a rede foi comprada pelo Facebook. Atualmente, o app tem mais de um bilhão de usuários e deve continuar crescendo.
Outro destaque do começo da década foi o lançamento do Snapchat em 2011. Com o nome Pictaboo, a rede apresentou o conceito das “postagens efêmeras”, que desaparecem depois de 24 horas. A novidade agradou principalmente os mais jovens, interessados em fugir dos olhares da família, que já tinha ocupado espaços como o Facebook.
As ferramentas do Snapchat serviram de inspiração para recursos semelhantes do Facebook, WhatsApp e Instagram que também se tornaram ferramentas poderosas de marketing digital. Em 2011, chega ainda o Facebook Messenger permitindo a troca de mensagens entre pessoas, e trazendo atualizações como a possibilidade de envio mensagens de voz, vídeo, imagens e stickers.
2012 e 2013
Em 2012, chegou o Tinder, um app de paquera que aproxima usuários de acordo com a localização geográfica, gostos e preferências, para que eles deem o famoso “match”. Embora tenha concorrentes fortes, como o Happn, o Tinder segue entre os preferidos para paquerar e já foi baixado mais 340 milhões de vezes. Em 2013, veio também o Telegram, considerado uma alternativa ao WhatsApp. O app recebe atualizações constantemente e, em 2018, alcançou a marca de 200 milhões de usuários ativos por mês.
Neste período, surgiu ainda o Pheed, que permitia compartilhar textos, fotos e vídeos e foi um dos apps mais baixados no mesmo ano na categoria rede. No entanto, ele não resistiu à concorrência e foi desativado em abril de 2016. Já em 2013, um grande sucesso saiu de cena, o MSN, que foi descontinuado pela Microsoft em 2013 e incorporado ao Skype.
2014 e 2015
Em 2014, o Facebook comprou o WhatsApp por US$ 16 bilhões, valor mais alto já pago por um aplicativo para smartphones desde que a compra do Instagram, em 2012. Após a aquisição, o WhatsApp passou a oferecer ainda mais recursos para os usuários.
Em 2015, o Twitter apresentou o Periscope, aplicativo de transmissão de vídeo ao vivo que inova na maneira de acompanhar e descobrir transmissões na web. Nesse período também saiu de cena o gigante Orkut, que encerrou atividades em 2014. O fim da rede, que chegou a ter no Brasil um número recorde de usuários, foi justificado pela própria evolução dos concorrentes.
2016 e 2017
O ano de 2016 marca o nascimento do TikTok, que virou febre mundial. A rede aposta no formato de vídeos curtos, com no máximo 15 ou 60 segundos, filtros e bons recursos de edição. Seu sucesso é atribuído à alta capacidade de viralização dos conteúdos e às diversas oportunidades de negócios proporcionadas pela plataforma, que concentra grande exposição de produtos e influencers. A cada 24 horas, um bilhão de vídeos são assistidos via TikTok.
No rastro do Snapchat, o Instagram lançou também em 2016 os Stories, que permitem aos usuários postarem fotos e vídeos que desaparecem após 24 horas. No mesmo ano, surge a Hello, rede social exclusiva para smartphones do criador do Orkut, o turco Orkut Büyükkökten. O destaque da rede foi a possibilidade de reviver alguns recursos que lembram a antiga rede. Até então, o app já possui milhões de usuários espalhados pelo mundo.
Em 2017, o Twitter deu mais espaço para os usuários se expressarem e aumento o limite de caracteres de 140 para 280. Neste ano, também surgiu um concorrente para o Tinder chamado Happn, outro app de paquera que tem a proposta de mostrar as pessoas que cruzaram caminhos ou estão na mesma região.
2018 e 2019
Em junho de 2018, o Instagram anunciou a plataforma de vídeos IGTV, disputando espaço com o YouTube. O recurso permite criar e compartilhar vídeos mais longos e abriu oportunidades para a ampliação da publicidade na rede. A ferramenta também trouxe mais espaço para os criadores de conteúdo veicularem as suas produções. No mesmo ano, o Facebook revelou a chegada da função Marketplace no Brasil, para facilitar a compra e venda de mercadorias pela plataforma. A ferramenta permite pesquisar produtos e serviços nas regiões próximas utilizando tecnologia de geolocalização e filtros por categorias.
Já o veterano Yahoo Messenger, criado em 2008, encerrou suas atividades. O fim do serviço foi considerado o fim de uma era, porque ele foi um dos pioneiros em conversas em grupo e compartilhamento de arquivos em tempo real. Em 2019, o Google+ também se despediu após dez anos de existência, engolido pela concorrência e após um vazamento de dados de meio milhões de contas.
2020
Em um ano de isolamento social devido à pandemia, o Telegram se popularizou e atingiu a marca de 400 milhões de usuários. A incorporação de recursos de vídeos, emojis animados, marcação de usuários na conversa e stickers, recursos que inspiraram o WhatsApp, também têm contribuído para a sua popularização. Além disso, em 2020, cresceu no Brasil o uso de Chatbots e recursos inteligência artificial (AI), ferramentas introduzidas ao longo da evolução das redes sociais na última década.
Em 2020, o Instagram comemorou 10 anos e anunciou atualizações como o mapa de Stories, recursos para reduzir assédio, opção de mudar o ícone do Instagram e de exibir anúncios no IGTV. Já o Linkedin lançou recurso de Stories, que permite compartilhar imagens, textos e vídeos de até 20 segundos. Outra novidade que marcou 2020 é a nova função de pagamentos WhatsApp Pay (WhatsApp Pagamentos), que permite realizar transferências, enviar e receber dinheiro pelo app.
O Facebook, que permanece líder em termos de usuários ativos, com mais de 2 bilhões de participantes no mundo, deu mais um passo na área de negócios. Em 2020, a rede anunciou o FacebookShops, com ferramentas para aumentar as vendas e incentivar o empreendedorismo.
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