A AMD está neste momento no topo do mundo, muito graças à excelente performance dos seus ainda muito recentes Ryzen 3000, que após muitas dificuldades, voltaram a catapultar a empresa para o sucesso.
No entanto, antes do lançamento dos primeiros Ryzen em 2017, a AMD passou um mau bocado, que durou quase uma década!
O que levanta uma questão bastante interessante… Como é que a Intel aguentou tanto tempo no trono dos processadores?
Pois bem, primeiro temos de dizer que a Intel não foi sempre o supra-sumo do mercado. Aliás, esta nem é a primeira vez que a AMD apanha a sua rival de calças na mão! O mesmo já aconteceu na era Pentium vs Athlon, em que a gigante verde foi capaz de chegar primeiramente ao processador verdadeiramente x64, bem como ao processador multi-core.
No entanto, depois destes sucessos, a AMD focou-se demasiado na sua luta contra a NVIDIA no mundo das placas gráficas. O que acabou por dar tempo e espaço à Intel de voltar em força com os excelentes Core 2 Duo e Core 2 Quad. Portanto, foi aqui que começou o calvário da AMD, passando várias gerações sem resposta no mundo dos processadores para PC.
Dito isto, com as dificuldades a aumentar, a AMD viu-se obrigada a desfazer-se das suas próprias linhas de produção (GlobalFoundries). Um pesadelo que após a separação, continuou a originar dores de cabeça, graças a um acordo de pesada herança para a fabricante.
Além disto, a empresa também lançou uma série de arquiteturas fracas, que além de desiludirem os fãs, isolaram ainda mais a Intel na liderança do mercado. Um excelente exemplo disto é a arquitetura Bulldozer, que bem recentemente obrigou a AMD a pagar uma compensação a vários consumidores, devido a algumas ‘mentiras’.
- AMD vai pagar 12.1 milhões por enganar clientes com os CPUs Bulldozer
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Devido a tudo isto, durante quase uma década, a Intel conseguiu estar sempre um processo de produção à frente da AMD… Até agora!
Até aos 10nm, que foram e continuam a ser um autêntico pesadelo para a Intel. O que por sua vez, deu tempo e espaço à AMD de apostar nos 7nm da TSMC, que são agora o ‘pão com manteiga’ da empresa, sendo a base de quase todas as gamas de processadores e placas gráficas da gigante do mercado computacional.
Entretanto, a Intel vê-se agora numa situação complicada, em que os 10nm apenas irão ser competitivos em 2020. Preparando uma nova vaga de processador baseados no processo de 14nm, que poderão muito bem ser um autêntico ‘fail’.
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