A Black Friday 2014 no Brasil ainda não terminou, mas já conta com milhares de reclamações de usuários insatisfeitos. Mesmo com um código de ética e uma melhor seleção de lojas participantes, o número de denúncias ao Reclame Aqui, parceiro do Busca Descontos no evento de e-commerce, não para de aumentar.
Black Friday: confira dez dicas para economizar e comprar com segurança
Até as 15h20 desta sexta-feira (28), a Black Friday Brasil já contabilizava 5.260 reclamações no Reclame Aqui. O número é bem alto, tendo em vista que já ultrapassou a edição de 2013, em que somavam-se 4,2 mil protestos até às 18h.
Para o diretor de marketing do Reclame AQUI, Felipe Paniago, o consumidor está melhor informado. "Às 12h desta sexta, o Reclame AQUI já superou os acessos em comparação a toda edição de 2013. Ou seja, os consumidores aprenderam com os problemas do ano passado e pesquisaram muito mais antes de comprar neste ano", explicou.
Na lista de lojas mais reclamadas, vimos a Submarino, que manteve o posto entre os sites mais problemáticos desde a sexta-feira negra do ano passado. O site liderou o ranking com 611 reclamações até o momento. Em segundo lugar veio Americanas.com (604), seguida por Saraiva (443), NetShoes (136) e KaBuM! (114). Só as três primeiras colocadas somaram 1.658 queixas e superaram o número de reclamações que o site de denúncias recebem em média a cada semana.
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Em entrevista ao TechTudo, o Submarino garantiu que não houve maquiagem nos preços, uma vez que existe um selo legal que identifica as lojas confiáveis.“O Submarino esclarece que todos os produtos que participam do evento estão identificados com um selo especial da Black Friday, que garante o menor preço praticado nos últimos 60 dias. Para atender o maior número de clientes, o evento será estendido até às 24h de sábado", disse o site de compras.
Queixas mais frequentes
Já o motivo das reclamações continua o mesmo das edições anteriores. Os mais recorrentes são: problemas durante a navegação no site, maquiagem de preços -incluindo a famosa oferta "metade do dobro” -, além de dificuldades de continuar a compra depois que o produto é colocado no carrinho da loja virtual. Outra forma de maquiagem identificada pelos consumidores foi a cobrança de frete caro, compensando o desconto no preço. O despreparo dos sites de venda virou piada na internet e a hashtag 'BlackFraude' dominou as redes sociais nas últimas horas.
Além dessas queixas, muitos usuários ficaram insatisfeitos com empresas como a Saraiva e Submarino, que limitaram as formas de pagamento durante às liquidações. De acordo com relatos dos consumidores ao Reclame AQUI, as empresas anunciaram descontos oferecendo determinados tipos de pagamento. Alguns usuários questionaram o fato da Saraiva só estar recebendo pagamentos via cartão de débito ou crédito. Já o Submarino alegava em sua página principal dar 12% desconto em pagamentos feitos por boleto.
Para Paniago, o consumidor se sente enganado. "Isso porque ele cria expectativa ao se deparar com um bom desconto, e isso é quebrado ao notar que o desconto não se enquadra ao seu caso”.
Já o diretor de operações do Reclame AQUI, Diego Campos, adverte que a prática não é ilegal. "Desde que haja informação expressa, não é considerado abusivo determinar formas de pagamento aceitas, no entanto, essa prát
Consumidores mais preparados
Paniago, porém, acredita que tiveram melhorias nesta edição. "Quem evoluiu mesmo em comparação com a Black Friday de 2013 foi o consumidor, que levando em conta o que passou no ano anterior, preparou-se melhor acompanhando os sites previamente, conhecendo seus direitos e sabendo que mesmo caso algo dê errado, ele está amparado e pronto pra correr atrás de resolver seus problemas”, explica.
Vale lembrar que a Black Friday ainda não acabou. Se você ainda pretende fazer suas compras, lembre-se de verificar as dicas do Procon para evitar futuras dores de cabeça com o evento.
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