O Google já oferecia serviço de telefonia celular nos Estados Unidos. A novidade é que agora o Google Fi funciona com a maioria dos smartphones Android e com os iPhones, movimentando o setor por lá. Antes restrito ao Pixel e a alguns modelos da Motorola e LG, o serviço é uma alternativa às operadoras tradicionais, com direito a uma série de diferenciais. A proposta é oferecer cobertura ampla, conexão rápida e cobranças simplificadas. O Fi está disponível apenas para residentes dos Estados Unidos, mas possui roaming internacional em 170 países – inclusive o Brasil – sem taxas adicionais.
Lançado em 2015 com o nome de Project Fi, o serviço funciona usando redes de outras companhias de telefonia: T-Mobile, Sprint e US Cellular. Sem rede própria, portanto, trata-se de uma operadora móvel virtual que se utiliza da infraestrutura de outras empresas do setor.
O Google Fi fornece aos usuários dados móveis da melhor rede na hora e no local de acesso, fazendo a alternância de modo automático. Redes Wi-Fi seguras, quando disponíveis, também são utilizadas para realizar ligações e mandar mensagens.
Preços
O plano mais barato do Fi custa US$ 20 mensais (cerca de R$ 76) e inclui chamadas e SMS ilimitados. Quanto à franquia de dados, o Google cobra US$ 10 (R$ 38) a cada GB usado até o limite de 6 GB. Quando o patamar é alcançado, entra em cena o que eles chamam de “proteção de conta”, que permite a continuidade gratuita do uso da internet pelo resto do mês. Assim, paga-se no máximo US$ 80 (US$ 20 do plano básico + US$ 60 de dados móveis, totalizando cerca de R$ 305).
A partir dos 15 GB, porém, a velocidade da conexão é reduzida a 256 kb/s. Se o usuário quiser voltar à velocidade normal, precisa pagar mais US$ 10 (R$ 38) por GB extra. Os preços convertidos em reais podem assustar, mas estão abaixo da média de planos americanos similares. Não há contrato de fidelidade e o assinante pode cancelar o Google Fi a qualquer momento.
Também é possível fazer um plano de grupo com até seis pessoas. Todos têm os mesmos benefícios e compartilham os dados móveis. Cada usuário adicional custa US$ 15 (R$ 57) por mês. O proprietário pode pagar a conta total sozinho (tal qual acontece no plano familiar do Spotify e da Netflix) ou dividi-la entre os membros do plano.
Cobertura internacional
Uma grande vantagem do Google Fi diz respeito aos valores, que incluem cobertura internacional em mais de 170 países, entre eles o Brasil. O roaming utiliza operadoras parceiras e, nesses locais, a pessoa segue usando a internet no celular sem pagar mais nada. Mensagens também são ilimitadas. Já ligações telefônicas custam US$ 0,20 por minuto (R$ 0,76), enquanto o preço das ligações via Wi-Fi varia de acordo com a região.
Compatibilidade
Nem todas as conveniências citadas valem para todos os celulares. A experiência completa só está disponível para usuários de modelos da linha Google Pixel ou de smartphones feitos especialmente para o Google Fi – como o Moto X4 na edição Android One, o Moto G6, o LG G7 e o LG V35. Esses celulares permitem a troca inteligente entre diferentes redes móveis e a transição para pontos de acesso Wi-Fi, em busca do melhor sinal. Também usam a VPN do Google para proteger o tráfego de dados.
Basicamente, todo smartphone Android desbloqueado e com sistema na versão 7.0 funciona com a operadora do gigante das buscas, mas existem limitações para aqueles fora da lista acima. Apenas a rede da T-Mobile é utilizada, não há como fazer chamadas e enviar mensagens por Wi-Fi, e os dados não são protegidos por meio da VPN.
No caso dos iPhones, a companhia afirma que o suporte do Fi está em fase de
Por outro lado, a ativação do Google Fi nos Pixels é bem simples, pois os dispositivos saem de fábrica com um eSIM programado para a operadora. Basta contratar um plano. Donos de celulares que não foram projetados para o Google Fi precisam esperar que o Google envie o SIM card pelo correio.
Via Google Fi, Android Central, Wired e The Verge
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