Processadores Ryzen da AMD podem ter novas brechas de segurança, segundo uma pesquisa de especialistas da CTS-Labs revelada nesta terça-feira (13). De acordo com o estudo, as falhas permitem que invasores tomem o controle do computador e instalem malwares na máquina do usuário. As vulnerabilidades foram separadas em quatro tipos de ataque: Masterkey, Ryzenfall, Fallout e Chimera.
O problema estaria no AMD Secure Processor, incluso no interior de Ryzens de todos os tipos e faixas de preço. A fabricante de CPUs defende que ainda investiga os resultados e que não foi avisada da pesquisa em tempo hábil.
Até 13 falhas diferentes
De acordo com os resultados do estudo, os processadores da AMD estariam sujeitos a até 13 falhas diferentes. O invasor poderia explorar as vulnerabilidades para ganhar acesso irrestrito ao PC – com a possibilidade de interceptar dados e forçar a instalação de malwares agressivos no computador.
Em todos os casos, para funcionar, o hacker precisa ter acesso ao computador, além de executar um programa malicioso com privilégios de administrador. Os dois fatores, portanto, tornam impossível a exploração das brechas de forma remota.
O que é MD Secure Processor?
O AMD Secure Processor é um recurso incluso nos processadores Advanced Micro Devices. Seu objetivo é rodar instruções sensíveis de forma isolada do restante do sistema – assim, a função criaria um ambiente protegido para impedir o roubo de informações. Entretanto, de acordo com a pesquisa, o AMD Secure Processor pode ser corrompido para executar malwares e outros softwares nocivos.
O que diz a AMD?
Em nota oficial, a AMD justifica que está investigando os resultados do estudo. Apesar disso, a fabricante afirma que desconhece a CTS-Labs: “nós achamos incomum para uma empresa de segurança publicar sua pesquisa na imprensa sem dar uma quantidade razoável de tempo para que a entidade afetada possa investigar e corrigir as falhas”.
A AMD explica que só foi avisada da pesquisa na véspera de sua divulgação na imprensa. Segundo a companhia, o comum é dar, no mínimo, 90 dias para que as partes envolvidas possam investigar os resultados e realizar correções. A prática de alertar previamente poderia ajudar fabricantes a corrigirem os problemas e, assim, diminuir a chance de que hackers explorem as vulnerabilidades.
Para fins de comparação, AMD e Intel souberam das falhas Meltdown e Spectre ainda em junho de 2017 – ou seja, as empresas tiveram mais de seis meses para trabalhar nas correções.
Via AMD Flaws, Extreme Tech, Ars Technica, AMD
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