Preocupações com segurança e privacidade, e até mesmo custos, podem levar o consumidor a considerar a ideia de ter um servidor em casa ou na empresa. O investimento, que pode fazer sentido em alguns casos, também pode acabar se mostrando ineficiente e oneroso demais em outros.

A seguir, você vai entender melhor quais são as vantagens de se comprar um servidor para a sua casa ou empresa e descobrir se investir numa máquina dessas faz algum sentido para você.

Função de uma unidade NAS é funcionar como armazenamento conectado à rede (Foto: Divulgação/Western Digital)

Diferença entre NAS e servidor

NAS pode ser entendido como um HD externo conectado à rede (ou vários HDs) e sua função é oferecer acesso facilitado a arquivos que podem ser distribuídos numa rede. De forma geral, trata-se de um dispositivo que permite que você crie sua própria nuvem.

Um servidor oferece todas essas funções, mas vai além: como trata-se de uma máquina completa, esse dispositivo tem capacidade de processamento maior e pode ser usado para a criação de redes mais complexas, oferecendo suporte a recursos avançados de compartilhamento de arquivos e até hospedagem de sites completos.

Em casa

O uso de um servidor em casa para guardar seus arquivos e centralizar a oferta de mídia, por exemplo, pode fazer sentido se você tiver uma quantidade grande de dados, que simplesmente não cabe num único computador ou então que precisam ser acessados por muita gente. Em todo caso, ainda nesse cenário, investir em um NAS pode ser mais interessante dados os custos.

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A ideia de ter seu próprio servidor pode fazer mais sentido: uma unidade pode armazenar terabytes e terabytes de arquivos de mídia, fotos e etc, concentrando a oferta desses dados num único lugar: dessa forma, usuários autorizados por você têm acesso ao material por meio dos modelos de acesso fornecidos pela fabricante do servidor.

Outra vantagem associada ao uso de servidores pode ser a preservação de cópias redundantes dos seus arquivos, aumentando a segurança se tudo der errado: com um servidor configurado corretamente, você pode realizar backups de dados sensíveis, garantindo assim, a preservação de cópias de segurança dos arquivos que você não pode perder.

Na empresa

No geral, empresas podem se beneficiar bastante do uso de um servidor próprio de arquivos. No entanto, algumas questões de escala precisam ser encaradas: se o volume de arquivos for simplesmente muito grande, superior a 15, 20 TB, pode fazer muito mais sentido contratar um plano corporativo de armazenamento na nuvem, ou mesmo alugar um servidor remoto.

Mas, para equipes menores e circulação mais restrita de dados, um servidor próprio pode ser uma boa escolha.

Outro ponto a ser considerado é a possibilidade de que um servidor próprio, desde que corretamente configurado, pode oferecer uma camada de proteção de dados maior, importante para quem tem informações sigilosas que não podem ser expostas a curiosos ou a concorrentes.

Um servidor doméstico para um site

Servidor doméstico pode permitir fugir dos custos de hospedagem, mas é preciso avaliar se desempenho não será um problema (Foto: Divulgação/Qnap)

Outro uso alternativo para um servidor próprio é para rodar um site pessoal sem a necessidade de pagar a hospedagem a uma empresa especializada. Em tese, computadores antigos dão conta do recado e é possível configurar tudo para rodar em alguma versão server do Linux, poupando assim dinheiro que seria gasto em versões para servidores de sistemas pagos.

Entretanto, a empreitada envolve bastante conhecimento técnico e pode ser exigente demais para iniciantes. Além disso, é preciso considerar o custo de manter o servidor ligado o tempo todo (se você desligar, o seu site fica fora do ar) e a questão de que, se seu site receber um grande volume de acessos, há grandes chances de que ou o seu servidor não dê conta do recado, ou falte banda à sua rede. Ou as duas coisas.

Os pontos negativos em casa e no trabalho

Google Drive, Dropbox, OneDrive e etc oferecem modalidades de assinatura para empresas (Foto: Reprodução/Filipe Garrett)

Tanto em casa como no trabalho, há vantagens para quem decide investir num servidor próprio. Mas é preciso ficar atento a aspectos que podem tornar esse investimento uma dor de cabeça.

O primeiro deles diz respeito ao acesso dos dados retidos na máquina: você precisa que eles estejam disponíveis 24 horas por dia, todos os dias? Nesse caso, a máquina terá de ficar ligada o tempo todo (e o mesmo vale para o roteador que garante acesso à Internet). Dependendo do tipo do servidor (alguns são PCs completos), esse custo pode acabar sendo elevado no fim do mês.

No caso comercial, os pontos a serem considerados estão relacionados ao custo-benefício do investimento. Como explicado anteriormente, se o volume de dados é simplesmente grande demais, investir em um servidor próprio pode não fazer muito sentido. Além disso, aspectos como políticas de acesso e privacidade dos dados podem ser melhor atendidos por serviços especializados oferecidos a empresas.

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