Ônibus como este fazem parte de um movimento maior para tentar salvar o Planeta. Diminuir a poluição atmosférica mundial é um dos principais focos dos veículos elétricos. Preocupada com aquela nuvem cinza no horizonte, desde 2008 a embaixada americana na China monitora a qualidade do ar de Pequim. Em uma escala que vai de zero (muito bom) a 500 (péssimo), dois anos depois do início da medição, o nível chegou a 552 – o ar da capital chinesa foi classificado como “maluco de ruim”.

Curioso é que a pouco menos de 2 mil quilômetros de Pequim, Shenzhen – que tem os mesmos 12 milhões de habitantes de São Paulo, a maior cidade brasileira – é o município chinês com o ar mais limpo entre as áreas urbanas do país. Não por acaso, Shenzhen é o berço de uma das maiores empresas mundiais de veículos elétricos.

Para São Paulo – e para todas as metrópoles do Brasil – uma chance de começar a diminuir aquela névoa cinza no horizonte é a mesma que transformou Shenzhen: os ônibus elétricos. Pronto para rodar na capital paulista, este é o primeiro modelo totalmente elétrico montado no Brasil. A maioria das peças ainda é importada da China, mas depois de iniciar a montagem do veículo aqui, a ideia é mesmo nacionalizar o ônibus elétrico aos poucos.

Com uma carga completa do conjunto de baterias – que leva entre quatro e cinco horas para ser carregado – a autonomia é de 300 quilômetros rodados antes de voltar para a tomada. O ônibus usa baterias de íons de lítio e fosfato de ferro – uma opção ainda cara no mercado, mas bastante robusta e segura para alimentar veículos de grande porte.

Assim como outros veículos elétricos, o ônibus também consegue aproveitar a energia da frenagem para recarregar parte das baterias ainda em movimento. Estacionado, para alimentar o veículo, é preciso um carregador como este ligado a uma tomada especial com 380 volts de tensão elétrica. Para carregar uma frota completa – por menor que ela seja – é preciso pensar na construção e manutenção de uma mini-estação elétrica.

Quando o assunto é economia, apesar de o investimento inicial ser alto – um ônibus como este custa mais de um milhão de reais – na comparação entre a energia elétrica e o diesel, a vantagem econômica é esmagadora nos elétricos. Usando ônibus elétricos, é possível reduzir em até 60% o custo operacional de uma frota. Enquanto um motor a diesel tem eficiência energética de, no máximo, 40%, o motor elétrico atinge níveis de eficiência energética na faixa dos 90%.

Lá em Shenzhen, lembra – a metrópole com ar mais puro da China – a meta é chegar a uma frota de ônibus 100% elétrica já em 2018 – ano que vem. São Paulo tem cerca de 15 mil ônibus – um elétrico. A prefeitura diz que até

... o final do ano serão 60 ônibus elétricos em circulação. Ainda é pouco, mas já é um primeiro passo. Definitivamente, temos um exemplo a seguir se quisermos respirar melhor.

Na semana que vem, vamos trazer um raio-x sobre a principal peça dos veículos elétricos: as baterias. Elas são, sem dúvida, o item que mais evoluiu nos últimos anos, mas ainda são muitos os desafios e, apesar dos avanços, a indústria está longe da bateria perfeita.



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