Construir com sustentabilidade é uma iniciativa recente. Segundo o gerente de marketing e vendas da Marques Construtora, Vitor Marques, os primeiros sinais da aplicação prática desse conceito na construção civil começaram nos anos 90. Na entrevista para o Notícias GI, explicou que acredita ter sido uma necessidade de competitividade de mercado. Veja.

GI – Quando o conceito de sustentabilidade começou a ser empregado na construção aqui no Brasil?

Vitor Marques: Acredito que os primeiros sinais de sustentabilidade na construção civil vieram no início dos anos 90 por uma necessidade de competitividade de mercado. Neste momento as construtoras passaram a aprimorar os detalhes de projetos passando a reduzir o desperdício com o objetivo de obter menores custos. Essa necessidade mercadológica fez com que as construtoras otimizassem melhor os seus processos de construção.

GI – Como e onde esse conceito pode ser empregado na construção civil, principalmente nas moradias?

Vitor Marques: Esse conceito é principalmente aplicado no processo construtivo, reduzindo impactos sociais e ambienteis. Além disso, hoje ainda há uma preocupação grande com a geração de economias e redução de impactos no produto já finalizado.

GI – Qualquer terreno permite uma construção sustentável?

Vitor Marques: Não, existem leis ambientais que regulam quais são os terrenos que permitem uma construção com pouco impacto ambiental.

GI – Impacta no custo total da obra? Quanto? De que forma?

Vitor Marques: A sustentabilidade no processo construtivo tem como objetivo também reduzir custos. Dirigidas ao produto pronto, apesar das características sustentáveis serem mais caras elas visam uma redução de custos de condomínio.

GI – Placas solares e tijolo ecológico custam caro?

Vitor Marques: As placas solares têm um valor alto sim, mas proporcionam benefícios que compensam o seu investimento. Não tenho informação sobre o tijolo ecológico.

GI – Quanto uma casa sustentável economiza no dia a dia?

Vitor Marques: Depende dos itens de sustentabilidade. Nos nossos apartamentos que são entregues com medidores individuais de água e gás, a economia chega a ser de até 30% no consumo desses recursos.

GI – Realmente as construções sustentáveis ajudam a preservar o Planeta? Em quanto?

Vitor Marques: Sim, com certeza. Basta medir a redução dos impactos.

GI – Como a Marques Construtora aplica esse conceito nos seus empreendimentos?

Vitor Marques: A Marques aplica esse conceito tanto nos seus empreendimentos como no dia a dia do seu escritório. As nossas obras têm processos construtivos que reduzem expressivamente os impactos, pois proporcionam um baixo índice de desperdício de materiais e de recursos naturais. Além disso, nossos empreendimentos são entregues com diferenciais que fazem com que o condomínio também tenha características sustentáveis. Esses diferenciais promovem uma redução do consumo de água, assim como o seu reaproveitamento, um maior aproveitamento de iluminação natural, redução do desperdício de energia elétrica, incentivo à coleta seletiva, entre outros.

GI – O que a construtora propõe como diferencial?

Vitor Marques: Aproveitamento da iluminação solar nas áreas internas comuns; Venezianas de enrolar – maior aproveitamento da iluminação solar nos apartamentos; Piso elevado – sistema construtivo do piso do térreo que não utiliza impermeabilização convencional, por isso não utiliza manta asfáltica, não queimando petróleo e não fazendo testes de impermeabilidade com grandes quantidades de água. Esse sistema também facilita para o condomínio em casos de eventuais manutenções; Previsão para energia solar; Sensores de presença para iluminação dos halls e escadarias; Reaproveitamento da água da chuva; Coleta seletiva; Medidores individuais de água e gás; Torneiras com temporizador; Madeira certificada.

GI – Cite construções sustentáveis da Marques.

Vitor Marques: Todos os nossos produtos construídos de quatro anos para hoje possuem todas essas características citadas acima. Os mais antigos possuem uma grande parte, principalmente no processo construtivo.

GI – Como o consumidor deve se comportar daqui para frente quando pensar em comprar uma casa na planta?

Vitor Marques: O consumidor deve prestar bastante atenção ao produto que ele está comprando: suas características, tamanho dos espaços, número de vagas, localização e principalmente o histórico da construtora. Além disso, é importante entender a sua própria capacidade de pagamento e de comprovação de renda, pois a grande maioria dos consumidores depende de financiamento imobiliário para adquirir um imóvel e essa análise só será feita pelo banco dois meses antes da entrega das chaves.


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