Battlefield 5 é o mais novo capítulo da famosa franquia FPS da Eletronic Arts. Disponível para PC, PS4 e Xbox One, o game aposta em uma temática na Segunda Guerra Mundial como palco para uma interessante campanha, e diversos modos multiplayers. Confira o review completo:
De volta à Segunda Guerra Mundial
O novo capítulo da série retorna às suas origens, já que o primeiro game da saga, Battlefield 1942, também se passava em plena Segunda Guerra Mundial. E ao contrário de seu rival Call of Duty, BF V traz sim um Modo Campanha chamado Histórias de Guerra que busca recriar os conflitos do passado.
Assim como no título anterior, o jogador é apresentado a uma série de capítulos que mostram momentos marcantes da Guerra. Entre eles, há batalhas na África, Noruega e no Sul da França, cada um com personagens e histórias diferentes, que vão desde um tom mais divertido até um enredo com um desfecho para lá de triste.
Apesar de ainda achar os capítulos bem lineares, me agradou bastante a extensão dos cenários. Não há exatamente um mapa aberto, porém, as localidades onde as missões são realizadas, são amplas o suficientes para que eu pudesse adotar diferentes estratégias, como agir mais sorrateiramente ou simplesmente dar as caras e partir para o combate franco.
Também achei que cada uma dos capítulos poderiam ser mais longos. Em alguns casos, quando a história começa a ficar interessante, eles são encerrados bruscamente, mostrando que o foco do game ainda são seus modos multiplayers que falarei em seguida.
Multiplayer ainda é destaque, mesmo com ausência de Battle Royale
O multiplayer continuam sendo o grande destaque da franquia. Basicamente todos os principais modos, como o Capture a Bandeira, Team Deatmatch, entre outros. E mesmo assim, ainda me impressiono como o jogo consegue rodar bem mesmo com mais de 60 jogadores na mesma partida.
Por mais que pareça uma confusão no início, é interessante ver como o trabalho em equipe, mesmo em grande escala, é fundamental para vencer as batalhas. As classes possuem mais importância do que nunca, destaque para os Médicos, que agora não precisam apenas ficar na retaguarda auxiliando os feridos, mas também participam diretamente dos confrontos.
Infelizmente, um dos modos mais divulgados ficou de fora do lançamento de Battlefield 5: o Battle Royale. A Eletronic Arts o adiou para Março do ano que vem, sem um motivo aparente, o que frustrou muitos jogadores, principalmente aqueles que adquiriram o game visando a nova competição, uma vez que é a grande febre do momento no mundo dos games. A EA também irá incluir outros modos e mais um capítulo da Campanha a partir de dezembro, a grande vantagem é que todos eles chegarão sem um custo a mais.
Jogabilidade impecável
Se há um quesito no qual a franquia Battefield sempre se destacou foi na jogabilidade, e seu quinto capítulo é a maior afirmação disso. O FPS traz um desempenho quase impecável, que privilegia mais a habilidade do jogador do que os elementos que afetam diretamente a mecânica automática. Em outras palavras: o game está mais "manual" do que nunca.
Isso deve-se primeiramente ao período em que o jogo se passa. Na Segunda Guerra Mundial, não havia tecnologia suficiente para fuzis de longo alcance com a mira telescópica das armas de hoje em dia. Sendo assim, cabe ao jogador ter habilidade nas mãos e no dedo, na hora do combate franco, ao invés
Pude notar isso tanto no modo Multiplayer como no Single Player. Por muitos momentos, mesmo que a distância fosse curta para meu oponentes, ainda sim era preciso ter um controle maior nos disparos e lutar contra o "tranco" que certas armas possuem e insistem em elevar a mira na sequência de disparos. Na hora é irritante, afinal, você não quer morrer ou sofrer dano, mas analisando friamente, é uma mecânica que traz ainda mais realismo ao jogo.
Embora não precise de muitas novidades, BFV ainda teve espaço para apresentá-las. Como não se divertir descendo de esqui em meio a uma montanha repleta de neve? Me senti um Shaun White armado em plena Segunda Guerra Mundial, mesmo sabendo que o atleta é um snowboarder e eu não conheço uma outra referência para colocar no lugar!
De resto, ainda é possível conduzir carros, caminhões, tanques e todo tipo de máquina que foi utilizada no conflito. Pena que os aviões também estão presente. Digo com esse pessimismo porque é um tanto chato e complexo pilotar as geringonças, pois além de serem usadas quase sempre para o mesmo objetivo, acho que esse mecânica quebra muito o ritmo do jogo. Mas há gosto para tudo.
Visualmente, quase uma obra de arte
Visualmente, Battlefield 5 continua sendo uma referência no gênero. Todo o teste foi realizado e um PC Gamer munido de uma GeForce 1080Ti e é impressionante o que a dobradinha da Nvidia e a EA são capazes de fazer.
Foi difícil jogar e não se impressionar a todo momento com tamanho realismo. A começar pelos cenários, que trazem o máximo de detalhes possíveis, desde uma simples costura de um travesseiro jogado no sofá, até o chão devastado pela ação de uma bomba. E ainda sobre as explosões, elas continuam sendo mais letais do que em qualquer outro jogo, sobrando até para outros elementos, como paredes e estruturas. É impressionante acompanhar o efeito delas, a não ser que você esteja dentro do raio de alcance, afinal, não há nada bonito em ser atingido por uma.
Os personagens também trazem detalhes tanto em suas feições faciais, como em suas roupas e uniformes. Tanto as cenas de animação quanto as de "in game" mostram que o trabalho da DICE continua sendo um dos mais caprichando, dando um ar de realismo nunca antes visto em um FPS.
Conclusão
Battlefield 5 mantém a franquia como referência no gênero FPS. Com gráficos que encantam a todos e uma jogabilidade cada vez mais voltada para a habilidade do jogador, o game da EA é obrigatório para os amantes dos jogos de ação, mesmo com a ausência temporária e um dos modos mais aclamados: o Battle Royale.
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