Alguns modelos de notebooks, especialmente os mais básicos, pertencentes ao segmento de entrada, sofrem com um problema crônico: ao reproduzirem vídeos do YouTube passam a esquentar demais e, na tentativa de resfriar o aparelho, as ventoinhas começam a trabalhar na velocidade máxima, gerando muito ruído.
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A culpa disso é, em primeiro lugar, do hardware modesto destes aparelhos. Uma solução para este problema é rodar o vídeo em resoluções mais baixas, como 480p. Porém, o grande vilão neste tipo de problema é um codec específico de video. Estamos falando dos codecs VP8 e VP9, usados pela Google. Entenda agora o problema.
O YouTube passou a utilizar, a partir de 2010, um novo formato de vídeos, o WebM. O WebM foi criado pela própria Google com o objetivo de acelerar as reproduções de vídeos, especialmente em dispositivos móveis. Ele é open source, fornece uma alta taxa de compressão e mantém um bom nível de qualidade. Além disso, ele se comunica nativamente com o HTML5.
O formato WebM utiliza o codec de vídeo VP8, que também foi desenvolvido pela Google em parceria com a On2 Technologies. Como codec de áudio é usado o Vorbis e ambos se encontram num contêiner Matroska. O VP8 foi substituído há pouco tempo pelo VP9, que trouxe algumas adições, como suporte a vídeos em 4K, a nova tendência da internet.
Navegadores como Chrome e Firefox, ao reproduzirem vídeos do YouTube, utilizam nativamente os codecs VP8 e VP9. O problema é que o chip gráfico da maioria dos notebooks não suporta a aceleração por hardware do WebM. O resultado disso é que todo o trabalho pesado de renderização do vídeo fica por conta do processador, que não é tão eficiente para esse tipo de tarefa. Então, ele acaba por superaquecer, as ventoinhas começam a girar em velocidade máxima para resfriar o chip e o consumo energético do seu notebook vai às alturas, drenando a sua bateria.
A solução para isso é reproduzir os vídeos no formato MP4, que usa o codec H.264, desenvolvido pela ITU-T e lançado em 2003. Assim como WebM, o H.264 é um codec de compressão de vídeo, que se baseia no MPEG-4 Part 10, também chamado de Advanced Video Coding (AVC).
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O codec H.264 fornece uma qualidade de vídeo superior ao WebM, mas com uma taxa de bitrate muito baixa. Além disso, ele é bastante flexível, se adequando a várias situações e resoluções. Como já está no mercado há mais de 10 anos, todas as GPUs da atualidade suportam a aceleração por hardware do H.264. Desta forma, o trabalho de renderização do vídeo é feito pela placa de vídeo e não pelo processador. Mas, como alterar este parâmetro nos vídeos do YouTube?
É possível alterar o formato dos vídeos do YouTube de WebM (VP8 ou VP9) para MP4 (H.264) com o uso de um simples plugin, o h264ify. O que ele faz, na prática, é forçar o YouTube a transmitir os vídeos no segundo formato. Assim, com a aceleração de hardware ativada no Chrome ou Firefox, a reprodução ocorrerá sem problemas e com um baixo consumo de energia.
Fora não ter mais problemas com superaquecimento ou ruídos, este simples plugin ainda ajuda a economizar bateria. Não é possível dizer quanto você economizará, mas em nossos testes com o Chrome no Windows 10, o uso da CPU pelo navegador caiu em quase a metade ao instalar este plugin. O Safari, no Mac OS X, por exemplo, não suporta o WebM e por isso roda todos os vídeos em MP4 e isso é um dos fatores que faz o MacBook Air ter uma autonomia de bateria maior do que notebooks Windows.
Faça o teste e veja a melhora em seu aparelho, especialmente se ele for um modelo de entrada e que conta com poucos recursos de hardware.
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