A Lexus lançou um vídeo na última semana que rapidamente se tornou viral, não por acaso: ele mostra um suposto hoverboard, skate voador idealizado no filme “De Volta para o Futuro 2”. Porém, a fabricante de automóveis já deixou claro de que se trata de um produto feito especialmente para uma campanha publicitária, o que deixa a pergunta: será que ele realmente funciona?

Tecnologia inovadora promete transformar 'qualquer objeto' em cubo mágico

Veja como funciona o Slide, skate voador anunciado pela Lexus (Foto: Divulgação/Lexus)

A resposta é sim, e não se trata de uma tecnologia nova. O Slide, nome dado ao skate futurista, usa levitação magnética para se manter longe do chão e ainda ser capaz de carregar o peso de uma pessoa. É o mesmo princípio utilizado, por exemplo, pelos trens ultrarrápidos japoneses e pelo Hendo, outro hoverboard apresentado há cerca de oito meses.

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Portanto, primeiro deve-se entender o que é essa tal levitação magnética e, para isso, precisamos lançar mão de um pouco de física. Basicamente, o skate fica suspenso pois está travado em um campo magnético criado por ímãs no chão e reforçado pelo metal supercondutor que traz em seu interior. Assim, ele consegue vencer a gravidade, mas só quando está sobre uma superfície magnética – “detalhe” que a Lexus escondeu no vídeo.

Hendo, hoverboard apresentado em 2014, também usa levitação magnética (Foto: Divulgação/Hendo)

Para operar, o Slide deve ter a sua estrutura metálica interna resfriada a temperaturas baixíssimas, alcançadas com nitrogênio líquido. Daí a “fumaça” que se vê nas imagens, que, na verdade, é a substância se tornando gás novamente devido à temperatura ambiente – para ficar no estado líquido, ela deve ficar a quase -200 graus Celsius. Então, quando o nitrogênio acaba, o skate para de “voar”.

Fumaça que aparenta sair do skate, na verdade, é nitrogênio em gaseificação (Foto: Divulgação/Lexus)

Essa é a principal diferença dele quando comparado com o Hendo, que também levita usando magnetismo. Para criar o seu campo magnético, o protótipo da Lexus usa uma corrente perene graças a um supercondutor, material que não oferece resistência aos elétrons; enquanto o concorrente usava um campo alternado, que requer grande fonte de energia elétrica.

Como fica claro, o grande ponto fraco do Slide, além de n

... itrogênio líquido para funcionar, é precisar de ruas feitas com ímãs para conseguir se manter levitando. Apesar disso, a promessa é de que se possa ver o skate em pleno funcionamento em breve, em uma pista feita especialmente para o comercial da Lexus.

Pode ser uma decepção para quem inveja o hoverboard de Marty McFly há mais 26 anos, mas, ainda assim, há algo que pode ser comemorado. O design, por exemplo, é muito agradável, com linhas arrojadas sem exagero, além de um corpo compacto e cheio de estilo. É, certamente, o suficiente para deixar fãs de ficção científica ansiosos para a chegada de um similar às prateleiras, em um futuro que parece pouco a pouco estar menos distante.

Via Wired



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