Gustavo “Gusta” Nunes e Pedro Paulo “Diniz.av” Diniz Alves apareceram no cenário competitivo de Free Fire no final de 2020 ao vencerem a primeira edição da Taça das Favelas pela equipe da comunidade de Divinéia, de Paranaguá-PR. Hoje, atuando pela NewX Gaming e Team Sintonia, na Série B da Liga Brasileira de Free Fire (LBFF), estão batalhando por uma vaga na elite do game no Brasil. O TechTudo conversou com a dupla paranaense para saber sobre a trajetória e até onde eles querem chegar no cenário competitivo do game.
Para ambos, o sonho de criança era ser jogador de futebol, porém, foi por meio do Free Fire, introduzido na vida deles por amigos há três anos, que o espírito competitivo aflorou e rendeu frutos. “Eu e uns amigos estávamos sem fazer nada e fomos procurar alguns jogos pra se entreter. Desde então nunca mais excluí o game”, comenta Gusta, MVP da Taça das Favelas 2020.
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Fenômeno entre todas as classes sociais, o Free Fire se tornou um dos jogos mais acessíveis do atual cenário competitivo, tendo como requisitos mínimos um celular Android 4.0 Ice Cream com 1 GB de memória RAM, além de 600 MB de armazenamento disponível e um processador Intel Quad-Core. Já para iPhone, o jogo roda em celulares com sistema operacional iOS 8.0 com 1 GB de memória RAM e 600 MB de armazenamento livre.
Essa característica fez com que diversos pro players de origem humilde se destacassem no cenário competitivo, como Rodrigo "El Gato" Fernandes, Everton ''UBiTa'' Lima, Samuel “Level Up” dos Santos Lima, entre outros.
A porta de entrada no cenário competitivo para Gusta e Diniz.av buscarem o mesmo sucesso dos nomes já consagrados foi a Taça das Favelas. O resultado não poderia ser melhor: além do título, a premiação de R$ 15 mil.
“Para mim foi uma sensação incrível porque é uma coisa que eu amo fazer e quando você se dedica tanto a alguma coisa e tem resultado é uma sensação inexplicável”, descreveu Diniz.av sobre a sensação de vencer a competição.
Se antes a rotina da dupla era jogar campeonatos amadores, hoje, o cenário é completamente diferente. Disputando a Série B da LBFF e ocupando a primeira colocação do Grupo A da segunda fase, Gusta e Diniz.av treinam exaustivamente todos os dias em busca da tão sonhada vaga na elite do Free Fire brasileiro.
“Hoje em dia eu jogo 10 horas por dia. Eu acordo, faço aula online, como alguma coisa e jogo Free Fire. Faço algumas pausas para beber água ou falar com amigos, mas jogo boa parte do dia para me tornar melhor”, comenta Diniz.av.
É justamente essa chance de estar na elite brasileira que faz com que o trabalho seja cada dia maior. “Era um sonho participar da LBFF. Agora que cheguei até ele quero conquistar e crescer mais rumo a Série A”, projeta Gusta.
Para o futuro, tanto Gusta quanto Diniz.av compartilham do mesmo desejo: disputar a Série A da LBFF, abrindo portas para fazer do jogo que eles amam o trabalho deles e possibilitando uma vida melhor para a família.
Sobre a Taça das Favelas de Free Fire
A tradicional competição de futebol de campo, realizada desde 2012, teve uma novidade em 2020. Devido à pandemia do coronavírus e ao sucesso do Free Fire nas comunidades, a Garena e a Central Única das Favelas (CUFA), em parceria com a Rede Globo, organizaram a primeira edição da Taça das Favelas de Free Fire.
Com o objetivo de promover de enaltecer a inclusão social promovida pelo jogo, o torneio, voltado exclusivamente para jovens residentes em favelas de todo o Brasil, reuniu mais de mil equipes representando todos os estados brasi
Os times classificados foram divididos em três grupos com os quatro melhores de cada avançando para a final, que seguiu o mesmo formato da fase regular da Liga Brasileira (LBFF). As 12 equipes finalistas disputaram seis quedas alternadas entre os mapas Purgatório, Kalahari e Bermuda, somando pontos por colocação e abates.
A equipe da Divinéia sagrou-se grande campeã somando 139 pontos na fase final e levando a premiação de R$ 15 mil. A equipe da comunidade de Jardim São Paulo, do Pernambuco, ficou com a segunda colocação, garantindo R$ 10 mil. O time de Juacity, do Ceará, completou o pódio levando para casa R$ 5 mil.
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