A equipe do Twitter se reuniu com desenvolvedores na última terça-feira (2) no TwitterFlock de São Paulo para falar sobre o Fabric, um kit de ferramentas de criação de aplicativos para celulares e tablets. Ou seja, sobre o chamado "futuro móvel" do microblog. Com o recurso, a intenção é estimular a criação de apps e aumentar a integração de tuítes em novas plataformas e trazer de volta os tempos de glória.
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O Flock é um evento mundial que reúne executivos do Twitter com desenvolvedores e tuiteiros. O evento de São Paulo, na capital paulista, foi o maior em estrutura e número de participantes. A organização contabilizou um total de 350 desenvolvedores e entusiastas, que puderam assistir às palestras no Hotel Sheraton WTC e conversar com equipes envolvidas na plataforma.
O tamanho do evento revela um grande investimento do microblog no Brasil. “O Brasil é um país muito importante para o Twitter”, disse Luis Cipriani, Developer Advocate do Twitter. “É o principal em usuários da América Latina, montamos um escritório aqui e há um investimento muito grande”, explica.
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"O que temos no Brasil – e posso falar com autoridade porque acompanhei os outros eventos do tour – é a questão da comunidade”, acredita. “Muitos profissionais se reúnem semanalmente para discutir e construir apps, conheço um bocado deles de outras ocasiões e meet-ups”, revela.
O que é o Fabric?
O principal assunto do Flock, o Fabric é um agrupamento de quatro ferramentas criadas para auxiliar desenvolvedores de apps móveis. A primeira, o Crashlytics identifica problemas técnicos e pretende facilitar o gerenciamento de testes e providenciar suporte para lançamentos de atualizações.
Já o Twitter Kit é um pacote clean que ajuda na integração com o microblog. Uma central de redes de anunciantes e maximização de lucro, do parceiro MoPub, além de outra ferramenta que permite inserir a função de login através de número telefônico, o Digit, fecham o sistema.
Com o novo serviço em seu portfólio, a empresa de São Francisco se juntou ao Facebook, Amazon e Google como provedora de soluções de back-end para empresas e indivíduos envolvidos na criação de apps para celulares e tablets. Os visitantes do Flock se mostraram particularmente interessados na segurança contra problemas técnicos e no contato com redes de anunciantes que o kit possibilita.
“Ele entrega todos os dados do seu app para você não precisar encontrar os erros na raça”, aponta Lucas Ferreira Andrade, 17, desenvolvedor desde os 14.
A licença dos programas, todas gratuitas, foi o ponto positivo para Thompson Gomes, gerente executivo da TIM, que já trabalha há um mês com a solução no app Tim Torcedor. “O que nos tomou m
Apesar do teor técnico das palestras, a organização tentou dar espaço para desenvolvedores de primeira viagem, como é o caso de Bruna Riotto, da Unilever, que superou a dificuldade com código devido o potencial de monetização da plataforma. "O que mais me interessa aqui é acompanhar como divulgar e destacar apps, essa é minha maior expectativa para a tarde”, comenta.
“(O Flock) é tanto para quem já é usuário avançado quanto para quem não conhece muito e quer conversar com outros desenvolvedores, com nossos funcionários”, comenta Luis Cipriani, do Twitter. A filosofia da jornada, por sinal, ficou clara: o próximo grande app pode surgir em qualquer lugar.
Uma mão move a outra
A crença de que o próximo Snapchat ou Angry Birds pode surgir a qualquer momento em qualquer canto do planeta não é a única motivação do TwitterFlock. O objetivo do Fabric é também estimular a inclusão do microblog na infraestrutura dos novos aplicativos. Levando o tuíte a outras plataformas.
“Já há alguns anos, as pessoas se acostumaram a ver tuítes como parte da web, inclusos dentro de matérias e posts, isso já é típico”, diz Prashant Sridharan, diretor global de desenvolvimento e plataforma do Twitter.
“Mas, claro, hoje estamos na era mobile, em que parte da rede está sendo substituída por aplicativos móveis nativos. Então, neste universo, é mais difícil para nós transportarmos o Twitter para outros cantos, através de apps”, explica.
A mudança exige uma estratégia em duas frentes. “Uma coisa que sabemos sobre aplicações mobile – algo que vejo há 20 anos já – é que eles não vão adotar nada seu a não ser que você dê algo em troca”, diz Sridharan. “Então, ferramentas como o Crashlytics são nossa maneira de retribuir ao cenário de desenvolvimento”, completa.
Entrar de cabeça no ramo de soluções para apps é também um jeito do Twitter se adaptar a um futuro de crescente mobilidade. Segundo o relatório 2015 Internet Trends da agência Mary Meeker, divulgado em maio, houve um aumento de 23% no número de usuários de smartphones e tablets em 2014, contra apenas 8% de novos internautas.
Americanos já passam 24% do tempo no meio móvel (51% do tempo total de consumo diário de dispositivos conectados). Esta é uma mudança visível também no Brasil, um dos principais pivôs da evolução do mercado móvel junto com China e Índia. Segundo dados da FGV, o número de aparelhos móveis em uso superou o de computadores no ano passado:154 milhões contra 152.
Quer conhecer o Fabric? Veja, no Blog Twitter, um pouco mais sobre a plataforma (twitter.com/fabric).
>>> Veja o artigo completo no TechTudo
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