A troca dos chips Intel por processadores Silicon em computadores da Apple pode "acabar" com as diferentes linhas de MacBooks. De acordo com o site Sonny Dickson, especializado em vazamentos da maçã, essa mudança, anunciada de forma oficial durante a WWDC 2020, pode forçar a criação de um único modelo de notebook, deixando de lado MacBook Pro e MacBook Air. Com processadores mais eficientes, os computadores devem ficar mais leves e finos, mesmo mantendo o alto desempenho.

Dessa forma, a linha Air deixaria de fazer sentido, já que os Pro podem ficar igualmente portáteis. O portal apontou ainda que a Apple pode utilizar mais de um processador Silicon em seus Macs mais poderosos, já que a tecnologia permitira o funcionamento em cadeia.

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Os chips Apple Silicon rodam em arquitetura ARM, que traz duas vantagens importantes em relação à tecnologia da Intel. O modelo A12Z, por exemplo, similar ao componente que equipa o iPad Pro atualmente, consome muito menos energia e dissipa quase nada de calor em relação a um Intel Core i5. Portanto, essa eficiência seria a chave para a fusão das duas linhas de MacBooks.

Com um chip poderoso, mas que ao mesmo tempo esquenta muito menos, o MacBook Pro poderia ficar ainda mais fino e ganhar um design nas mesmas proporções do MacBook Air. O laptop mais leve, portanto, perderia sua razão de existir.

Essa informação é reforçada pelo rumor apontado por Ming-Chi Kuo, analista de mercado que também é conhecido por fazer "previsões" a respeito dos produtos da maçã. Segundo ele, o primeiro notebook a receber os chips ARM seria o MacBook Pro de 13 polegadas, que pode ficar ainda mais compacto e ocupar o lugar do MacBook Air de mesmo tamanho de tela.

Eventualmente, a tendência seria repetida em demais produtos, fazendo com que aparelhos da linha Pro substituíssem os da linha Air. Então, haveria apenas um produto único – possivelmente chamado apenas de “MacBook”. A empresa já chegou a lançar um modelo de 12 polegadas com esse nome no passado, mas o computador foi descontinuado em 2019.

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A mesma fusão de linhas poderia acontecer com o iMac. Segundo Kuo, a Apple deve levar o chip ARM em breve também para o iMac. Com o tempo, portanto, o computador poderia ficar poderoso o suficiente para substituir o iMac Pro e ser a única opção de All-in-One da maçã.

Outro rumor apontado no site Sonny Dickson diz respeito ao uso de múltiplos chips ARM em máquinas mais poderosas. De acordo com o portal, o uso de vários processadores em cadeia permitira um processamento mais rápido em versões com maior capacidade de bateria, por exemplo. Com isso, haveria apenas um tipo de CPU, e a mudança estaria no uso de uma ou mais unidades no computador. Apesar disso, mudanças no chip em si não estariam descartadas.

Problemas com gráficos e jogos

Apesar da grande expectativa em torno dos chips da Apple, há quem preveja desafios pela frente. Um exemplo é o possível problema de incompatibilidade dos novos componentes com peças de hardware importantes, como as placas de vídeo. GPUs externas de Nvidia e AMD, por exemplo, podem não funcionar em computadores equipados com os processadores Silicon. Isso dificultaria o desempenho gráfico de alto níve

... l das máquinas, seja para jogar ou para funções que exigem uma maior performance.

A maçã tem suas próprias soluções gráficas, inclusive uma integrada ao chip A12Z, presente no Mac Mini voltado para desenvolvedores. Mas, de acordo com benchmarks apontam que seu desempenho não é muito diferente de placas integradas presentes em processadores Intel e AMD encontrados atualmente no mercado.

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