O Razr é o primeiro dobrável da Motorola. Marca também o regresso do icónico modelo deste fabricante que fez grande sucesso na altura em que chegou ao mercado. A nova versão é peculiar em muitos aspetos. Parece um topo de gama, mas é um gama média. No entanto, o que está por dentro, continuava a ser um mistério, pelo menos até agora. É que o site iFixIt deitou mãos à obra e eis que temos agora um primeiro olhar no sofisticado mecanismo de dobradiça do Motorola Razr.
Motorola Razr: atrativo mas totalmente impossível de reparar
De facto, o iFixit partilhou uma análise muito abrangente do Motorola Razr. Embora gabe os “numerosos feitos de engenharia” que a empresa multinacional de telecomunicações de Chicago conseguiu realizar em termos de design, o iFixit relevou que esta complexidade fez do Razr a “mais complicada engenhoca” que já desmontou.
O Razr não é daqueles smartphones que podem ser desmontados e montados novamente por entusiastas. Primeiro, abrir o dispositivo é uma tarefa bastante árdua, pois a Motorola usa muita cola para manter tudo no lugar. Além disso, o dispositivo está repleto de cabos flexíveis fáceis de encaixar, que são, nada mais, nada menos, que armadilhas, para quem não está muito habituado a estas mudanças.
Considerando o árduo processo de abrir o Razr, o iFixit diz que é surpreendente que a Motorola cobre apenas 299 Euros por reparar o ecrã. Assim, o Motorola Razr obteve a pontuação de reparabilidade reduzida do iFixit de apenas 1 ponto. No entanto, admitiu que não é fácil reparar perfeitamente este dispositivo de primeira geração.
A capacidade de reparação continua a ser um dos maiores problemas quando se fala de dispositivos dobráveis, já que a confiabilidade dos mecanismos de dobradiça e ecrãs dobráveis ainda não foi comprovada.
Quando dobrado ao meio, o Razr tem um espaço perceptível entre a dobradiça e o ecrã em ambos os lados.
Lembro que a tentativa inicial da Samsung com o Galaxy Fold foi afetada por problemas associados a uma lacuna semelhante, pois acreditava-se amplamente que os detritos poderiam acumular-se nesse espaço e causar todo tipo de problemas. Além disso, a pergunta mais importante é se estes dispositivos dobráveis podem ou não resistir ao teste do tempo. Em suma, estes dispositivos podem ser utilizados regularmente e com muita frequência?
A CNET realizou recentemente um teste de dobragem a este equipamento e revelou que a dobradiça eventualmente não aguenta 12 meses. No entanto, a Motorola afirma que foi desenvolvida para durar relativamente mais do que isso. Como não há mais nenhuma forma de comprovar, a não ser com uma utilização real, teremos de esperar dois ou mais anos para que se perceba se isto é verdade ou não. Pelo menos no caso do Motorola Razr.
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