No início dos anos 2000, a tecnologia era completamente diferente do que temos hoje. À época, as mídias físicas, como CDs e disquetes, ainda eram muito populares e a internet banda larga ainda era inacessível para boa parte dos brasileiros, fazendo com que os internautas combinassem um horário para se conectar.
Se a tecnologia ainda não era moderna o suficiente, o jeito era usar a criatividade para explorar de uma maneira mais satisfatória os recursos disponíveis. A seguir, o TechTudo relembra "gambiarras" que quase todo mundo fazia nos anos 2000, seja para economizar dinheiro ou aumentar a vida útil dos itens.
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Passar pasta de dente em CD arranhado
O uso repetido da mídia física desenvolvia alguns arranhões em CDs e DVDs, que podiam comprometer a reprodução dos mesmos. Uma das medidas paliativas mais populares da época era usar pasta de dente branca na parte de trás dos CDs. A promessa era que, ao passar o produto, o leitor teria mais facilidade para reproduzir o conteúdo.
A medida era uma espécie de polimento alternativo e nunca teve sua eficácia comprovada. Porém, o polimento adequado de mídias físicas podia mesmo salvar alguns discos danificados, o que de certa forma explica a prática caseira adotada por parte dos brasileiros no início dos anos 2000.
Usar palha de aço em antenas de TV
Antes mesmo do surgimento das smart TVs, os lares brasileiros eram equipados com televisores analógicos, que tinham qualidade de imagem muito inferior às resoluções das smart TVs disponível no mercado atualmente. Para tentar solucionar este problema, era muito comum ver palhas de aço nas antenas de TV. Apesar de ser muito usado, o procedimento não era tão funcional quanto parecia.
Na realidade, se a antena estivesse posicionada corretamente, a palha de aço não tinha função nenhuma. Porém, caso a antena não estivesse direcionada da maneira certa, a fixação da palha de aço poderia ajudar na captação de sinais em mais direções e conseguia melhorar, minimamente, a recepção do sinal.
Assoprar fita de videogame para que ela funcione melhor
Assoprar fitas era uma tradição que se popularizou nos consoles de games e conquistou espaço de outras mídias, como o disquete, por exemplo. Apesar de parecer um macete infalível para fazer os cartuchos funcionarem, soprar os contatos, na realidade, poderia prejudicar a parte interna dos cartuchos, por conta das gotículas de saliva que poderiam entrar nos dispositivos.
Ainda assim, muitos usuários acreditam na funcionalidade do truque. Na verdade, o que fazia com que o cartucho voltasse a funcionar não era o sopro em si, mas sim a realocação do mesmo. Com isso, o cartucho acabava ficando mais firme e fazia com que o aparelho funcionasse normalmente.
Mergulhar o smartphone no arroz
Derrubar o celular na água é o pior pesadelo de qualquer usuário. Mas, até mesmo para salvar um telefone "afogado", é possível usar um truque. Para tentar fazer o smartphone funcionar novamente, bastava colocar o aparelho em um recipiente com arroz.
O procedimento era recomendado pois, ao colocar o aparelho "de molho" no arroz, o cereal seria capaz de absorver a umidade do aparelho. Evidentemente, o procedimento não garantia a salvação dos celulares, mas de fato permitia que a secagem do equipamento fosse favorecida.
Usar internet discada apenas depois da meia-noite
No auge da internet discada, uma das maneiras de economizar bastante na conta telefônica era realizar o acesso à rede apenas depois da meia noite. A conexão durante a
Isto fazia com que durante as madrugadas e aos fins de semana o acesso à internet ganhasse um fluxo muito maior de usuários. Conectar-se durante a noite não prevenia a convivência com as quedas e instabilidades da rede, mas garantia que a conta de telefone fosse mais barata.
Colocar pilhas e baterias no congelador
Quando a pilha perdia toda a sua carga, uma das medidas mais comuns era colocá-las no congelador e aguardar algumas horas. O truque era feito para que as baterias tivessem alguma carga extra de energia depois de passagem algum tempo refrigeradas. O procedimento favorecia uma reação química que rendia no máximo minutos a mais de carga, mas não recarregava de fato as pilhas.
Trocar chip de operadora de acordo com contato
Houve uma época em que a telefonia móvel utilizava o padrão CDMA, no qual, o número do telefone ficava atrelado ao equipamento. Com a chegada da tecnologia GSM, foi possível abrir o mercado para a venda dos famosos chips de operadoras.
A partir disso, o usuário conseguir comprar diversos chips e conseguia realizar ligações de acordo com a operadora usada pelo seu contato. Desta forma, era possível economizar em chamadas, já que ligações feitas entre as mesmas empresas custavam menos. Além disso, o usuário ganhava bônus a cada recarga de crédito, que podia liberar o envio de SMS com tarifa reduzida.
Usar lata de alumínio na antena do roteador Wi-Fi
Quando os primeiros roteadores com Wi-Fi chegaram ao Brasil, alguns usuários sentiram a necessidade de aumentar a capacidade ou alcance das antenas. Uma das formas encontradas foi utilizando latas de alumínio para envolver as antenas, deixando apenas um dos lados abertos, para direcionar o sinal da rede.
Apesar do caráter experimental, o procedimento realmente é funcional. O alumínio das latinhas reflete as ondas do roteador, fazendo com que o sinal seja mais direcionado. Felizmente os roteadores e a tecnologia sem fios evoluíram bastante para que esse recurso pudesse ser abandonado atualmente.
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