Depois da proibição americana à Huawei que entrou em vigor em maio de 2019, empresas como a ARM têm andado ocupadas a tentar perceber se podem fornecer tecnologia à gigante chinesa. Agora e após meses de muita análise, a ARM confirmou que a subsidiária de fabrico de chips da Huawei, Hisilicon, está autorizada a usar suas arquiteturas ARM v8-A e V9, uma vez que são de origem britânica.

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“As v8 e v9 são tecnologias de origem britânica”, afirmou uma porta-voz da ARM à Reuters por e-mail na sexta-feira. “A ARM pode fornecer suporte à HiSilicon. Isto para a arquitetura ARM v8-A, bem como para a próxima geração dessa arquitetura, após uma revisão abrangente de ambas as arquiteturas, que foram consideradas de origem britânica”.

Embora a ARM seja uma empresa multinacional britânica, havia revelado há alguns meses que algumas das suas tecnologias eram de ‘origem americana’. Esta notícia foi um grande golpe para a Huawei. É que depende muito dos designs de CPU e GPU do fabricante inglês para a sua linha de chipsets Kirin que alimenta os seus smartphones. No entanto, após meses de análise, a ARM finalmente determinou que pode continuar a fazer negócio com a Huawei. O que também é interessante é o facto de a arquitetura v9 também ter origem no Reino Unido, o que significa que os processadores Kirin da próxima geração da Huawei estão autorizados a utilizar essa tecnologia.

Esta notícia chega pouco antes do fim da segunda extensão temporária da Huawei no que diz respeito à proibição. O término ocorre apenas em novembro, período após o qual as empresas americanas terão que parar de fornecer tecnologia à Huawei, mesmo que seja para manter os produtos existentes.

Apesar da proibição dos EUA, a Huawei continua a portar-se bem no mercado. A receita no terceiro trimestre de 2019 cresceu 27%. Entretanto, a empresa também deve enviar quase 270 milhões de smartphones para distribuição até o final deste ano.