A terceira geração de processadores Ryzen já é realidade. Com arquitetura Zen 2 de 7 nanômetros, a AMD recuperou a liderança tecnológica em processos de manufatura e passou à frente da Intel pela primeira vez em mais de uma década. O melhor é que o salto tecnológico veio junto a promessas de desempenho superior, maior eficiência, preços competitivos em relação à concorrência.

Além disso, a AMD adotou novas tecnologias, como o design em chiplets e suporte às interfaces PCIe de quarta geração. A nova linha Ryzen de processadores da AMD deve entrar em comercialização no próximo dia 7 de julho nos Estados Unidos. Por enquanto, não há previsão de lançamento e preço no Braisl. A seguir, conheça mais detalhes sobre as CPUs Ryzen 3000.

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O novo Zen

Dentro de cada processador Ryzen da AMD – não importa a geração – há núcleos de uma arquitetura chamada de Zen. A grande diferença dos novos processadores é que o design amadureceu nos últimos anos, ganhando novos recursos e mais eficiência: os núcleos Zen 2 são mais rápidos, gastam menos energia e promovem acesso a novas tecnologias.

No meio de tudo isso, o salto em eficiência, que é expressivo, talvez seja o mais importante. Os ganhos de performance dos chips de terceira geração da AMD podem ser colocados na conta da migração de um processo de manufatura de 14 nanômetros para os 7 nanômetros (um nanômetro equivale a um bilionésimo de um metro).

Nessa escala tão diminuta, a AMD consegue agregar mais componentes dentro da área do chip, diminuindo valores de consumo de energia e de dissipação de calor a margens que, pela primeira vez em muitos anos, tornam os processadores da marca tecnologicamente mais avançados que os rivais da Intel.

Os ganhos de eficiência podem ser referidos diretamente aos valores de TDP dos processadores. Uma das surpresas nesse quesito é o Ryzen 7 3700X: o novo octa-core da AMD dissipa apenas 65 watts, valor bem abaixo do que é comum entre processadores de oito núcleos para PCs top de linha.

Outro diferencial relevante da nova linha de processadores da AMD é o uso do design com os chamados chiplets: o processador é dividido em um pacote que separa de um lado os núcleos de processamento e, do outro, as estruturas de controle de entrada e saída de dados do chip. Nascido nas CPUs para servidores, esse design pode ser o responsável por um outro grande diferencial da AMD para a nova rodada na guerra contra a Intel: o preço.

A AMD surpreendeu a todos não apenas com a promessa de desempenho equivalente ou melhor que a Intel, mas também por conta de preços que chegam a ser 50% mais em conta do que a marca azul.

Performance e novas tecnologias

No palco, Lisa Su, CEO da AMD, revelou a nova linha de processadores com alguns comparativos de performance em relação a rivais diretos da Intel. Isso quer dizer que é importante abordar esses dados com alguma dose de ceticismo, já que aferições reais de performance só serão possíveis quando os Ryzen de terceira geração chegarem ao consumidor no mês de julho.

Feita a ressalva, a comparação mais impactante foi a que opôs o novo Ryzen 9 3900X diante daquele que a AMD considera seu rival direto, o top de linha Core i9 9900K. No palco, foi demonstrado um resultado de comparação de performance obtido via Cinebench – software de benchmark bastante popular entre PCs – e que retornou resultados de 2.040 pontos para o i9 e 2.057 pontos para o Ryzen 9.

A diferença, em si, não chega a ser gritante, mas o grande destaque é que o Ryzen entrega tudo isso com a promessa de custar menos da metade: a AMD prometeu que o processador top de linha chega ao mercado custando US$ 499 (R$

... 1.989, em conversão direta), valor que é consideravelmente mais baixo do que os US$ 1.189 (R$ 4.740) da Intel no i9, ao menos considerando o mercado norte-americano.

A Advanced Micro Devices também deu uma ideia de como seus novos Ryzen se comparam com os modelos anteriores. Segundo a AMD, o salto para a arquitetura Zen 2 de 7 nanômetros rende ganhos de desempenho da ordem de 15% para os novos chips, quando comparados com seus antecessores diretos.

Os novos processadores também ganham novas tecnologias. O maior destaque é, sem dúvida, o suporte aos barramentos PCI Express de quarta geração, com promessa de ganhos de largura de banda entre sistema e periféricos da ordem de 50%.

Compatibilidade

Quando inaugurou os Ryzen, a AMD prometeu que acabaria com a confusão de plataformas que imperava entre suas linhas de processadores: APUs e processadores chegaram a conviver com três soquetes diferentes no mercado, situação que é ruim para o consumidor que perde a capacidade de planejar upgrades incrementais.

Tudo mudou com os Ryzen, que chegaram às prateleiras compatíveis com o soquete AM4 e com a promessa de que essa plataforma resistiria por algumas gerações, permitindo que o consumidor, em tese, usasse a mesma placa-mãe comprada em 2016 num Ryzen lançado em 2019.

A boa notícia é que a AMD mais ou menos cumpriu a promessa: os novos Ryzen 3 sentam em placas com soquete AM4 e, a princípio, a placa-mãe de três anos atrás irá funcionar com os novos processadores. A única grande questão é que alguns modelos – especialmente os que usam chipsets de entrada – podem não ser compatíveis. Se você usa uma placa com B350 ou X370, deve antes consultar o fabricante para descobrir se há compatibilidade com o seu modelo por meio de atualização de BIOS. Placas com chipset A320 – o mais simples da AMD – não são suportadas pelos novos Ryzen. Veja a tabela:

Disponibilidade

A AMD anunciou que a primeira fornada dos novos Ryzen chega ao consumidor no próximo dia 7 de julho no mercado internacional. Ainda não há data, nem preços, anunciados para o mercado brasileiro.

Via AMD (1 e 2)

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