A MIBR volta ao Brasil para disputar a BLAST Pro Series São Paulo, um dos torneios mais importantes de Counter Strike: Global Offensive (CS:GO). O campeonato acontece nesta sexta-feira (22) e sábado (23)no Ginásio Ibirapuera e vai reunir os maiores times do jogo do mundo. Apesar de jogar em casa, a Made In Brazil terá grandes adversários pela frente, como a Astralis, e não será fácil vencer o campeonato. O TechTudo conversou com o narrador e comentarista Bernardo “BiDa” Sousa, que avaliou as chances da MIBR na BLAST SP, a hegemonia da Astralis no cenário mundial e falou sobre suas expectativas para o time brasileiro em 2019.

A Made In Brazil anunciou seu novo elenco exclusivamente com jogadores brasileiros em janeiro de 2019. Gabriel “FalleN” Toledo, Fernando “fer” Alvarenga, Marcelo “coldzera” David, Epitácio “TACO” de Melo e João "felps" Vasconcellos formam a atual a line up. Desde o anúncio, as expectativas em torno no desempenho do time só aumentam. BiDa conta que defendia a line up anterior com os estrangeiros, mas que sua opinião mudou depois de ver a sinergia entre os jogadores brasileiros.

A estreia da equipe aconteceu no Major Intel Extreme Masters (IEM) Katowice 2019, que aconteceu entre fevereiro e março. O time teve um começo de competição difícil contra a Cloud9, mas se recuperou e só foi eliminado pela Astralis na semifinal. Logo depois, os jogadores participaram da WESG 2018-19 e chegaram como favoritos ao título, mas caíram para Windigo.Gaming nas quartas de final.

Para BiDa, o desempenho da equipe na WESG gerou incertezas. “A WESG deu uma esfriada. Não sei se não levaram tão a sério ou se entraram com o ‘salto alto’, mas tenho convicção que esse time pode encaixar e bater o topo do mundo”, diz otimista.

Agora, o desafio da MIBR é a BLAST Pro Series SP. Uma das preocupações do narrador é o fato dos membros da equipe não terem bom histórico em campeonatos que aconteceram no Brasil. Na época em que a maior parte da line up atual da MIBR jogava pela SK Gaming, os brasileiros perderam a ESL Pro League SP e a ESL One BH. BiDa diz que a torcida ajuda, mas o ambiente familiar e a garantia de estar em casa trazem o risco do time não jogar com seriedade. "Quando eles estão lá fora, estão em um ambiente de trabalho e aqui eles estão em um ambiente mais relaxado. Isso faz com que não levem o campeonato a sério no subconsciente", diz.

A "imbatível" Astralis

Considerada como uma das melhores organizações de CS:GO de todos os tempos, a Astralis é vista como favorita para vencer a BLAST SP, mas BiDa defende que há equipes capazes de eliminar os dinamarqueses da competição, e a MIBR é uma delas. O narrador relembra a semifinal do IEM Katowice, em que a Astralis enfrentou um desafio maior na Overpass contra os brasileiros. O mapa será justamente o cenário entre o jogo entre Made In Brazil e Astralis, que acontece neste sábado (23), às 13hrs.

“O jogo da Astralis não é um bicho de sete cabeças. Eles sabem fazer o básico. Mas é um básico tão em sintonia com os cinco jogadores que se torna complexo”. A análise de BiDa revela a dedicação e o forte trabalho em equipe que os jogadores da Astralis cultivaram durante os últimos meses. Para vencê-los, o comentarista diz que a MIBR precisa alcan

... çar essa mesma dedicação e aproveitar os momentos de fragilidade dos dinamarqueses. “Eles não são robôs, eles cometem falhas e ficam nervosos”, conclui.

A BLAST Pro Series São Paulo 2019 será transmitida ao vivo online na Twitch TV, YouTube, SporTV.com e no canal da SporTV. Além da MIBR e Astralis, FaZe Clan, Team Liquid e Ninja in Pyjamas competem pelo prêmio total de US$ 250 mil (cerca de R$ 941 mil em conversão direta).

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