SoulCalibur 6 é a nova versão da famosa franquia de luta para Xbox One, PS4 e PCs. O game aposta em mudanças pontuais na jogabilidade, modo história extenso e a presença ilustre de Geralt, protagonista de The Witcher 3. Mas será que essas mudanças são suficientes? Confira o review:
Um game acessível a todos
SoulCalibur é uma franquia que surgiu ainda no PlayStation One com o nome de Soul Edge. O game, que bebia da mesma fonte de Tekken, trazia um combate mais dinâmico, em que ao invés de movimentos de artes marciais, eram utilizadas armas branca com praticamente todos os lutadores.
E mesmo não sendo um fã de games de luta, Soul Edge rapidamente caiu no meu gosto por ser um título que privilegia aqueles que não são tão habilidosos com jogos do gênero. Em outras palavras, não é preciso ser um expert para conseguir aprender e decorar sequências de golpes que, ao contrário de boa parte dos concorrentes, não exige um tempo curto para a execução.
Esse conceito permanece em SoulCalibur 6, o que torna o título um dos melhores para reunir os amigos sem deixar que os mais experientes levem vantagem. Claro que, para isso, é sempre bom se dedicar um tempo para criar um identificação com alguns personagens, uma vez que eles mudam de acordo com seus tamanhos e tipos de armas.
Meu lutador favorito é Siegfried, o guerreiro que carrega uma espada maior que ele. Obviamente, é um dos mais lentos do jogo, ao mesmo tempo é também aquele que inflige maior dano em seus oponentes. Para levar vantagens nas batalhas contra adversários mais rápidos, tive que aprender a defender mais do que atacar, o que torna as batalhas mais dinâmicas. E o melhor, não precisar gastar dias para desenvolver uma certa habilidade com ele, apenas algumas horas de lutas e treinos.
Novidades na jogabilidade e a presença de Geralt (The Witcher 3)
Ainda sobre a jogabilidade, SoulCalibur 6 traz novidades interessantes em seus combates, entre elas o Embate Extremo. O sistema faz com que o momento da batalha fique em câmera lenta e os dois jogadores precisam escolher um comando esperando superar o que o seu oponente executará.
Para ser mais explícito, vou citar um exemplo: durante um combate contra Taki, surgiu a tela de Embate Extremo, nesse momento, no controle de Siegfried, desferi um golpe rasteiro, mas rápido o suficiente para vencer a investida com um ataque especial da ninja. O resultado foi o meu golpe anulando o dela e gerando um belo dano.
O Embate Extremo criou um elemento a mais nos combates, facilitando principalmente que está em desvantagem. Isso porque há movimentos específicos para este momento, inclusive defensivos, que, após o "efeito" criam uma bela brecha no contra ataque.
Já os Golpes Especiais, agora podem ser executados de várias formas. Como o Carga de Almas que usa a sua barra de energia para elevar o dano do personagem, e o Golpe Extremo, que é o popular "Especial", movimento comum nos jogos de luta, com direito a animações e que causa um belo
Outra novidade de SoulCalibur 6 é a presença de Geralt de Rivia, o protagonista de The Witcher 3. O bruxo é uma espécie de lutador especial que mantém a tradição de Soul Calibur em inserir personagens de outras franquias, como Darth Vader (Star Wars), Link (Zelda), Kratos (God of War) e até mesmo o heróis dos quadrinhos Spawn.
Modo história decepciona
SoulCalibur é uma das franquias de luta que mais apostam em modos história e de personalização de personagens. Em seu novo capítulo, mais uma vez tive a oportunidade de criar meu guerreiro, evoluí-lo e torná-lo uma lenda entre os mais lutadores da história. Porém, o modo é uma montanha-russa de emoções, trazendo elementos que agradam bastante e outros que quase me fizeram desistir na metade.
A personalização do meu Colossus é uma das partes mais divertidas. SC 6 permite mudar praticamente tudo do personagem, desde o tipo de ser (que incluem demônios, mortos-vivos e até múmias), até cores de pelos e expressões faciais. A arma também é de livre escolha, podendo evoluí-la junto com o personagem ao longo de toda a jornada.
Já a parte chata fica por conta de como a história se desenrola. Primeiro pela preguiça da desenvolvedora de se colocar animações ou algo do tipo, optando por simples desenhos e uma série de longos e chatos diálogos, onde na maioria das vezes pulei ao invés de me adentrar no assunto. Uma pena que um modo com tanto potencial seja desperdiçado dessa forma.
Também é possível jogar o modo História. Nele o jogador pode acompanhar a trajetória de cada um dos personagens do jogo. Porém, também sofre com diálogos inúteis e batalhas contra inimigos em sua maioria genéricos. E para completar, há o famoso Batalha, onde é possível encarar os modos Arcade, Versus e Treino.
Gráficos não chegam a impressionar
O visual de SoulCalibur não deixa a desejar. A nova versão dos antigos personagens é mais realista e expõe mais detalhes que antes, devido às limitações gráficas, acabavam passando despercebidos, como cortes de cabelos, cicatrizes e equipamentos. Os cenários também receberam um belo upgrade, e deixam a ambientação mais real do que os locais vazios de versões anteriores. Só que mesmo com todo esse upgrade, o game não é uma referência no quesito visual.
Pela primeira vez com uma versão para PCs, o jogo me encantou ao apresentar gráficos em 4K rodando em uma GeForce 1080Ti. Mesmo assim, faltou preencher essa qualidade com mais detalhes, talvez mais dinamismo nos cenários, ao invés de apenas elementos sólidos e que não trazem nenhuma interatividade com os lutadores.
Conclusão
SoulCalibur 6 é uma versão mais atual de uma das franquias mais únicas entre os games de luta. Mesmo com mudanças pontuais na jogabilidade, o título continua sendo acessível para novatos e jogadores casuais. Pena que seu Modo História e complementos não tenham recebido o devido capricho.
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