O 3G, 4G e o 5G são as denominações mais comuns para diferentes gerações e tecnologias de redes móveis, responsáveis pelo acesso à Internet de celulares, tablets, entre outros dispositivos – até mesmo computadores. Mas, além delas, é fácil encontrar referências ao LTE, HSPA, EDGE, VoLTE, GSM, entre outras, que definem essas tecnologias, ou, simplesmente, as especificações desses padrões. Confira, nas linhas a seguir, o que esses termos significam e conheça suas semelhanças e diferenças.
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3G
O 3G é a denominação utilizada para classificar a terceira geração das redes móveis. A tecnologia começou a ser instituída ainda no começo dos anos 2000 e trouxe a promessa de velocidades superiores ao 2G, com larguras de banda na faixa de 144,4 Kb/s (kbits por segundo) e chegaram até 168 Mb/s (megabits por segundo), com as evoluções que ocorreram ao longo dos anos. Atualmente, o padrão está disponível em grande parte do território nacional.
HSPA e HSPA+
Com a evolução da tecnologia, o 3G ganhou outras duas siglas, como o HSPA e o HSPA+ (também conhecido como 3,5G). Isto porque os dois protocolos de troca de informações oferecem velocidades diferentes, de até 14,4 Mb/s e até 168 Mb/s, respectivamente, e variam de acordo com o nível de sinal e cobertura oferecida da operadora.
É por isso que quando alguns celulares acessam à Internet via rede 3G, você vê apenas um “H” na área de notificações, em vez de "3G". O mesmo acontece quando se navega em 3,5G e aparece um “H+” na área de notificações, ou com 2G (GSM) e 2,5G (EDGE), que equivalem às letras “G” ou “E” no seu aparelho.
4G
O 4G começou a ser discutido ainda em 2008. Uma das principais apostas é a capacidade de atingir velocidades na casa dos 100 Mb/s em dispositivos móveis, simplesmente inalcançável para a tecnologia da época, algo em torno de 10 vezes mais rápido do que o 3G. Esse salto expressivo permitiu que serviços complexos, como streaming de vídeos, músicas e jogos onlines fossem utilizados em redes móveis. A evolução desembarcou no Brasil por volta de 2013.
LTE
Se o HSPA e o HSPA+ viraram sinônimos indiretos de 3G, o mesmo vale para o LTE. A sigla, que significa “evolução de longo termo”, foi criada para classificar esforços e desenvolvimentos interativos da rede 4G bem no começo, quando os tais 100 Mb/s eram muito ambiciosos.
A ideia estabelecida em consórcio pela indústria era criar um tipo de tecnologia que pudesse ser facilmente reconhecida e que direcionasse a evolução para chegar ao 4G "real". Com o tempo, o LTE atingiu – e até superou as expectativas – de tal forma que o órgão regulamentador definiu que 4G e LTE poderiam ser usados para definir a mesma coisa.
4,5G
O 4,5G – também chamado de 4G Plus – é um avanço sobre o que o 4G convencional entrega em termos de banda, representando de quatro a cinco vezes mais velocidade para o usuário. A tecnologia, no entanto, ainda está em processo de implementação no Brasil, já que esse tipo de rede depende da desobstrução da faixa de espectro eletromagnético dos 700 MHz, atualmente em uso por canais analógicos de TV aberta.
VoLTE
O VoLTE ("Voice over LTE" ou "Voz via LTE", em tradução livre) é uma tecnologia que permite realizar ligações com a rede 4G. Pode parecer estranho, mas sem isso, toda vez que uma chamada é feita ou recebida no seu celular, você está na verdade usando uma rede 2G ou 3G. Com o VoLTE, todos esses problemas tendem a ser contornados, e o usuário ainda leva mais qualidade como bônus. No Brasil, a tecnologia está sendo implementada aos poucos pelas principais operadoras.
5G
Quando houve o sal
Ainda quase não há dispositivos com suporte à nova tecnologia. Um dos líderes nessa corrida é o Moto Z3, que traz o Moto Snap 5G para acessar a rede nos Estados Unidos. A Huawei também já se posicionou e promete lançar o seu primeiro smartphone com 5G ainda em 2019.
No Brasil, a novidade pode demorar alguns anos. Além dos custos de investimento e questões legais, há o fato de que, mais uma vez, o espectro está ocupado na faixa de 3.5 GHz, ocupado por alguns serviços de TV-RO (das antenas parabólicas). Dessa forma, é preciso de um intervenção da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para realocar a faixa, como aconteceu com o 4,5 G.
6G?
Pode parecer cedo, mas já se discute o que será, enfim, o 6G. A estimativa é de que as redes de sexta geração tenham velocidades de até 1 Tb/s (terabit por segundo), banda ainda indisponível mesmo em conexões residênciais e cabeadas. Além disso, outros avanços são esperados, como o uso da inteligência artificial para determinar qual é o melhor caminho de tráfego das informações.
Outras novidades devem ficar pela redução da taxa de latência (o atraso que ocorre na troca de dados entre usuários e a Internet). Dessa forma, especialistas acreditam que a solução desse gargalo será fundamental para que o 6G seja mais do que uma tecnologia para conectar celulares, oferecendo as bases para a integração de trilhões de dispositivos de todos os tipos e formatos ao redor do mundo. Em todo caso, nada disso deve chegar antes de 2030.
Via Tech Radar, Digital Trends e PC Mag
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