A Apple confirmou que o iOS 12 virá com o Modo Restrito USB (USB Restricted Mode em inglês). Feito para aumentar a segurança dos dados, o recurso interrompe a transmissão de dados da porta Lightning caso o telefone fique bloqueado por mais de uma hora.
Embora o comunicado ressalte "o respeito (da Apple) pela aplicação da lei", a novidade vem justamente após a descoberta de que policiais nos Estados Unidos estão usando uma máquina para descobrir a senha de iPhones e iPads apreendidos. A função já está presente na versão beta do iOS 12, liberada recentemente para desenvolvedores.
O recurso garante mais uma camada de proteção. Com a diminuição do tempo máximo para acessar o sistema por meio da cabos USB, invasores terão menos oportunidades para coletar informações confidenciais do telefone. Para desbloquear o acesso ao iPhone, o uso de senha se torna obrigatório.
"Na Apple, colocamos o cliente no centro de tudo o que projetamos. Estamos constantemente reforçando as proteções de segurança em todos os produtos da Apple para ajudar aos clientes a se defenderem contra hackers, ladrões de identidade e invasões a seus dados pessoais", disse um representante da Apple ao site AppleInsider.
Anunciado há duas semanas, o iOS 12 sistema promete novos Animojis, controle de atividades e melhorias de desempenho, nas notificações e no modo Não Perturbe. A expectativa é de que a atualização esteja disponível ao público em setembro d
GrayKey
No centro da discussão estão aparelhos como o GrayKey, fabricado pela Grayshift, empresa que conta com um ex-engenheiro de segurança da Apple e membros de agências de inteligência oficiais americanas. O dispositivo se conecta ao iPhone pela porta Lightining, que permite carregar e conectar o dispositivo à interfaces USB.
Nele, o sistema realiza milhares de tentativas de descoberta da senha em um curto espaço de tempo. O celular pode ser desbloqueado em até duas horas, caso possua código de acesso de seis dígitos. Se a senha tiver mais caracteres, o tempo pode ser maior, mas a ação normalmente é concluída com êxito.
O aparelho da Grayshift é vendido em versões que custam US$ 15 mil e US$ 30 mil, cerca de R$ 55 mil e R$ 110 mil, respectivamente. Os valores podem ser caros para pessoas comuns, mas não para criminosos ou agências oficiais, como FBI ou o Departamento de Estado, que já utilizam o equipamento.
Com informações: AppleInsider e Motherboard
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