O Google deu detalhes sobre um novo tipo de processador quântico. O chip Bristlecone tem a capacidade de atingir 72 qubits, ou seja, seria uma das máquinas mais potentes do mundo. O novo processador também está cotado para entregar uma baixíssima taxa de erro, fator primordial no uso deste tipo de tecnologia. O processador ainda está em fase de desenvolvimento e não há previsão de quando será lançado. A pesquisa foi mostrada nesta segunda-feira (5) durante um encontro da American Physical Society, em Los Angeles, nos Estados Unidos.
A computação quântica tem sido apontada como o futuro e diversas empresas estão desenvolvendo projetos nesta área. Para se ter uma ideia de o quão revolucionário pode se tornar o Bristlecone, basta fazer uma comparação com os processadores quânticos atuais: os modelos comerciais estão na casa dos 20 qubits, como os apresentados pela IBM e Intel em 2017.
Porém, o Google lembra que não é apenas a taxa de processamento um fator determinante neste tipo de tecnologia. A computação quântica é bastante suscetível a erros, o que pode comprometer o resultado das aplicações. Este é o problema principal que os engenheiros da empresa querem solucionar.
Supremacia quântica
Quando uma máquina equipada com um processador quântico conseguir superar os supercomputadores atuais ela irá atingir a supremacia quântica. O Google acredita que isso será poss
O que é computação quântica?
A principal diferença em relação a computação normal é a forma de processar instruções. Enquanto as máquinas comuns utilizam valores binários de 0 ou 1 , a computação quântica opera em unidades qubits, que é a a versão quântica dos bits tradicionais. Com este tipo de tecnologia, o computador consegue processar valores (0 ou 1) de forma simultânea, o que aumenta, e muito, a quantidade de cálculos que a máquina consegue fazer.
Isso requer um nova construção de software. Os programas precisam ser desenvolvidos especificamente para a computação quântica — a Microsoft, inclusive, está criando uma linguagem de programação própria. O uso está ligado à solução de grandes problemas de algoritmo, como no uso de inteligência artificial, em criptografias complexas e também na ciência.
Via Google, Engadget e Techcrunch
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