Falar com os dispositivos eletrônicos parece ser a ambição da vez entre as empresas de tecnologia. Durante a CES 2018, o Google reforçou a investida nesta forma de interação com o anúncio de uma nova classe de dispositivos, os smart displays. A companhia espera que aparelhos que lembram pequenos tablets inundem as lojas nos próximos meses.
Os tais smart displays se parecem uma versão mais completa dos smart speakers, caixinhas de som que contam com inteligência artificial. As “telas inteligentes” (em tradução livre) têm em comum o acesso à rede Wi-Fi, o sistema de áudio e o display sensível ao toque.
O sistema tem sofisticação alguns degraus abaixo do Android para tablets, em que os usuários contam com diversos aplicativos e a há a possibilidade de realizar várias tarefas ao mesmo tempo.
Gigantes do setor se comprometeram a participar da aposta do Google. JBL, Lenovo, LG e Sony exibiram smart displays capazes de entender o que o usuário está dizendo e também de apresentar as informações na tela, para uma explanação mais fácil.
"Há momentos em que uma tela poderia tornar a Google Assistente ainda mais útil, como quando você precisa aprender a cortar um abacaxi, e a melhor forma é assistindo a um vídeo”, escreveu Scott Huffmann, vice-presidente do Google na iniciativa de reconhecimento de voz.
Os apetrechos inteligentes poderão realizar tarefas básicas:
- Exibir vídeos do YouTube;
- Iniciar chamadas no pouco popular aplicativo Google Duo, espécie de rival do WhatsApp;
- Encontrar imagens salvas no Google Fotos.
A tecnologia por trás do reconhecimento de voz e compreensão de fala é a mesma presente na Google Assistente do celular, nativa em diversos smartphones com Android. Ao todo, a assistente virtual entende e executa mais de 1 milhão de ações.
O Google não esclarece o número de comandos em português que são compreendidos pela assistente digital.
Da mesma forma, não se sabe a data de lançamento dos primeiros smart displays no Brasil. O avanço dos smart speakers está tímido, e o próprio Google Home (sem tela) não é vendido em território nacional. Ao menos a gigante da Internet não está sozinha nesta falta de apreço pelos brasileiros: a Amazon também não oferece o Amazon Echo Dot na região.
O jornalista viajou para os Estados Unidos a convite da Panasonic.
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