Laura é o nome do primeiro robô cognitivo em todo o mundo a ser usado para gerenciamento de riscos na área da saúde. Criado pelo analista de sistemas brasileiro Jacson Fresatto, de Curitiba, o projeto já está em fase de testes no Hospital Nossa Senhora das Graças, da mesma cidade, onde já conseguiu reduzir o tempo de espera para inserção de dados de pacientes de 3h42 para 42 minutos.

O Robô Laura foi desenvolvido usando tecnologias de Computação Cognitiva e Machine Learning e pode ser usado para analisar os bancos de dados de hospitais ou outras instituições de saúde para aumentar a eficiência do atendimento. O projeto foi o vencedor da terceira edição do Prêmio Empreenda Saúde, em dezembro, promovido pela consultoria multinacional Everis.

Sistema informa equipe de hospital em vários dispositivos (Foto: Reprodução/Laura Networks)

O objetivo do Laura é reduzir o tempo de identificação de casos de infecção generalizada e aumentar a velocidade de administração de antibióticos, o que pode ser essencial para salvar a vida de um paciente. A média do intervalo entre a suspeita e a confirmação do caso, no Brasil, é de 13 horas, mas foi diminuída para três com o auxílio do robô. A complicação afeta cerca de 2,5 milhões de pessoas por ano no país, com taxa de mortalidade de 10%.

Uma vez implementado, o sistema passa a conversar diretamente com a área operacional e gerenciar riscos através de computação cognitiva, uma tecnologia que permite que ele aprenda de acordo com novas informações e possa se adaptar a novas circunstâncias

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A equipe do hospital também pode se comunicar com o robô através de computadores ou dispositivos móveis e, caso sinta necessidade, pode alertar médicos ou enfermeiras sobre pacientes que precisem de atenção imediata através de mensagens SMS. Os profissionais, então, têm acesso a todos os prontuários e informações para tomarem a melhor decisão possível.

O Robô Laura se comunica com enfermeiros e médicos através de terminais no hospital. Quando algum paciente requer atenção, esta informação é exibida com um alerta de urgência mínimo. Se o pedido não for respondido, uma ferramenta chamada “Ansiedade de Laura” entra em ação, deixando a cor do monitor cada vez mais vermelha, o que significa um aumento da urgência do caso. Se necessário, o robô pode entrar em contato com médicos responsáveis.

Além de um prêmio em dinheiro, o Empreenda Saúde fornecerá acompanhamento profissional especializado para que o projeto Laura possa ser colocado em prática no mercado. Com o tempo, o objetivo é expandi-lo para todas as instituições filantrópicas do país.

Via Laura Networks



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