A criptomoeda Bitcoin sofreu uma divisão na terça-feira (1) e gerou uma segunda moeda digital, a Bitcoin Cash. A bifurcação se deu por conta de um desentendimento entre os desenvolvedores da Bitcoin e os mineradores, que são responsáveis pela geração de unidades do dinheiro criptográfico por meio de operações complexas de computador. O segundo grupo, liderado por chineses, acredita que a moeda original perdeu capacidade de escalabilidade, algo que a nova derivação poderia, supostamente, resolver. Entenda o que muda e como vai funcionar.
Qual foi a divergência?
O principal ponto de divergência entre desenvolvedores e mineradores é no tamanho do bloco que contém bitcoins na Blockchain, a rede que faz o registro independente da moeda e dispensa bancos. A Bitcoin é distribuída em blocos de 1 MB, tamanho que, segundo os mineradores, impede o crescimento acelerado da cadeia. Essa característica impediria ganhos maiores e mais rápidos para quem trabalha para gerar a moeda. Por outro lado, desenvolvedores do software da Bitcoin acreditam que blocos menores tornam a Bitcoin mais segura contra ação de hackers.
Inicialmente, a alternativa conhecida como Segwit2x teria tido apoio da maioria dos mineradores, dobrando o tamanho dos blocos para 2 MB. No entanto, no começo da semana, um grupo capitaneado por mineradores da China resolveu apostar em uma derivação da própria Bitcoin, a Bitcoin Cash, distribuída em conjuntos de 8 MB, oito vezes maior que os originais.
A mudança de última hora não teria agradado a todos os que compu
Registro compartilhado
Uma vantagem da Bitcoin Cash é que, diferentemente de uma moeda nova, ela traz consigo todos os registros de transações da Bitcoin atrelados. O código da criptomoeda contém as mesmas marcas da Blockchain que identificam o movimento de valores entre carteiras.
Pela vinculação com a original, a nova moeda afeta a todos os donos de bitcoins. Para cada Bitcoin, usuários terão um Bitcoin Cash equivalente nas carteiras, dobrando a quantidade armazenada. O valor de mercado, porém, não muda, porque o preço da Bitcoin tende a cair na mesma proporção de valorização da sua derivada. Ou seja, a soma das duas, ao trocar por dinheiro, tende a valer a mesma coisa após a conversão.
A compensação de Bitcoin Cash nas carteiras depende do Exchange — espécie de corretora digital — na qual o usuário tem conta. No primeiro dia da Bitcoin Cash, houve demora no depósito da nova moeda para os clientes de várias corretoras. Em outros casos, as empresas declararam que não iriam suportar a nova moeda, como é o caso da CoinBase.
Por conta da disparidade entre o valor dos Bitcoins e o depósito de Bitcoin Cash nas carteiras, além da incerteza do mercado, as cotações do Bitcoin podem passar por volatilidade maior que o usual. Donos da moeda tendem a tirar dinheiro investido na rede, trocando por outras moedas mais estáveis, assim como em mercados comuns.
Poucos mineradores
A adoção tem sido modesta também por mineradores. Alguns defendem que a Bitcoin Cash não foi uma boa ideia e preferem ficar na moeda original. Pela falta de suporte de computadores, a nova moeda não estaria tendo um crescimento tão rápido quanto se esperava. Mesmo com a facilidade de uma nova unidade — quanto mais nova, mais fácil de gerar uma unidade no computador — a escala ainda estaria comedida.
Há quem acredite que o valor da Bitcoin Cash pode aumentar rapidamente, dependendo da decisão de grandes detentores de Bitcoin. Para o CEO da corretora de bitcoins BitMex, Arthur Hayes, a derivação da primeira moeda criptográfica construída na Blockchain pode ser benéfica em longo prazo. Ao Business Insider, Hayes disse que “existem pessoas com bilhões de dólares [em bitcoins]. No fim das contas, eles vão escolher a rede de bitcoins superior, e o mercado irá acompanhar”.
Segundo o CoinMarketCap e o RealTimeBitcoin, a Bitcoin (BTC) sofre atualmente desvalorização de 3,35%, sendo cotada a US$ 2.698,42 (pouco mais de R$ 8.430). Já a Bitcoin Cash, com valorização de 127,78% no dia, e equivale a apenas US$ 636,90 (R$ 1.990), por enquanto.
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