Antes do interesse pela criação de animações em vídeo, o artista foi também violinista, construtor de órgãos e desenhista arquitetônico. Oskar Fischinger nasceu em Frankfurt, na Alemanha, em 1900. Com cerca de 30 anos de idade, se mudou para Berlim, onde seus filmes abstratos ganharam público e se tornaram populares. A fama foi tanta que suas criações ficaram conhecidas até mesmo na Ásia.

Em 1929, Fischinger fez os efeitos especiais do filme ''A Mulher na Lua'', de Fritz Lang. No entanto, no seu apogeu em terras europeias, o animador foi forçado a se mudar para os Estados Unidos com a ascensão do nazismo. Em Los Angeles, já em 1940, trabalhou no filme ''Fantasia'' da Disney. Pouco tempo depois, sua técnica de pintura dinâmica, chamada de Motion Painting, foi considerada uma das mais influentes de todos os tempos.

Sua arte chama a atenção até hoje porque não envolve computadores. Com poucos recursos à sua disposição, pouco depois da Segunda Guerra Mundial, Fischinger usava uma câmera e recortava frame por frame a filmagem de suas pinturas em acrílico, até alcançar o resultado desejado. Em outros casos, como a famosa Motion Picture 1, o artista garante que não houve um só corte sequer na gravação.

No mesmo ano do lançamento de Fantasia, Fischinger patenteou o Lumigraph, uma espécie órgão que pintava de acordo com as notas tocadas. O Doodle do Google faz referência direta a essa invenção. Ao clicar, o usuário pode criar sua própria composição visual musical (www.google.com/logos/doodles). Além de interagir com a tela criando pinturas que surgem de acordo com a música, é possível trocar o tipo de instrumento musical e compartilhar a criação em redes sociais como Facebook e Twitter, ou por e-mail.

Na vida real, o aparelho não teve sucesso comercial e parte do fracasso se deu por conta da operação trabalhosa do equipamento. Era necessário pelo menos duas pessoas: uma para manipular a tela e criar imagens, e outra para mudar as cores das luzes que interagiam com o painel.

O auge e a morte de Oskar aconteceram em solo norte-americano. Fischinger morreu em Los Angeles, em 1967, deixando quase 50 curtas e longas metragens na sua filmografia — além de uma extensa coleção de técnicas de animação. Hoje, boa parte das ilustrações provenientes da sua obra podem ser encontradas no site do The Fischinger Trust (www.oskarfischinger.org).

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Via The Fischinger Trust, Google e The Guardian