O Zenfone 3 mudou. E muito. O smartphone símbolo da taiwanesa Asus apareceu na IFA 2016, em Berlim, e confirmou as expectativas: ele é ainda melhor que o Zenfone 2. E conseguiu não subir (muito) seu preço, continuando relativamente “barato”, mas com especificações de top.
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Aliás, os Zenfones nunca chegam sozinhos. E a agora a família é composta pelo Zenfone 3 Laser, com o sistema especial de foco rápido para fotografias; o Zenfone 3 Max, com uma enorme bateria, de 4.100 mAh (contra 3.000 mAh do Zenfone 3 regular); o Zenfone 3 Deluxe, com 6GB de RAM, camera de 23MP, acabamento premium, sem antenas e todo em metal, e o Zenfone 3 Ultra, com tela de 6.8 polegadas. Claro, existem outras pequenas diferenças nas especificações entre os modelos, mas, basicamente, eles são bem similares.
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A base de toda a família ainda é o Zenfone 3. No primeiro contato com o smartphone, já dá para perceber a evolução: com o corpo em metal, a Asus decreta o fim dos aparelhos em plástico. Visualmente, o Zenfone 3 é um misto de iPhone, no geral, e Galaxy S7, com a câmera saltada na mesma posição do top da Samsung.
Mas, por algum motivo, o Zenfone não é escorregadio como o Galaxy nem delicado como o iPhone. Ele gruda na mão e oferece excelente pegada. O vidro na parte de trás não chega a ser um problema, mas, além de ser um imã para sujeira e impressões digitais, é mais uma peça que pode quebrar caso o aparelho caia no chão.
O boot é rápido, e o aparelho está pronto para uso em questão de segundos. A tela, uma Gorilla Glass 3 Super IPS+ Full HD de 5,5 polegadas, é nada além de bonita. No início, ela parece um pouco saturada demais, puxando para o vermelho, mas conforme você vai usando, a sensação de estranhamento diminui (afinal, a maioria dos Samsungs e LGs puxam para o azul).
O sistema também é fluido, graças ao Qualcomm Snapdragon 625 – que agora equipa os Zenfones, no lugar dos Intel Atom. Mais ágeis e econômicos, os Snapdragons podem dar outra dinâmica aos Zenfones, com maior integração das redes e até mesmo ajudar no carregamento de bateria. Sem contar que facilitam o upgrade do Android (atualmente, os Zenfones vêm com o 6.0.1 Marshmallow).
Os Zenfones 3 vêm em duas versões: uma com 3GB de RAM e 32GB de armazenamento e outra com 4GB de RAM e 64GB. Mas toda essa potência não empolga a ZenUI, como é chamada a cara do Android da Asus. Ela não é exatamente bonita e continua recheada de softs da fabricante, que ninguém usa e são difíceis, senão impossíveis, de serem retirados.
Outras mudanças importantes na família são o conector USB-C (mais rápido, permite cargas aceleradas e encaixam de qualquer posição) e o sensor de impressões digitais na traseira, embaixo da câmera – que também funciona como botão para tirar selfies, um recurso muitíssimo bem-vindo.
A bateria do Zenfone 3 é de 3.000 mAh, o que deve ser suficiente para um dia de uso moderado. O aparelho também é dual-SIM, ou seja, aceita dos chips de operadoras de celular.
Mas é na câmera que o Zenfone 3 empolga. Com um sensor 16MP Sony IMX298, foco laser, f/2.0 de abertura (que promete excelentes fotos com baixa luz), autofoco, estabilização ótica de imagem em 4 eixos e dual-LED flash, o smart tira fotos lindas, com saturação equilibrada, com pouca granulação (quando aplicadas) e dificilmente você “perde” uma foto tremida.
Os vídeos também ficam acima da media, sobretudo se levarmos em consideração a faixa de preço do Zenfone 3. A estabilização corrige as tremidas, a luz é bem regulada e o resultado, em Full HD, é bem satisfatório.
A câmera frontal é ainda melhor do que a média: são 8 MP, os mesmos f/2.0 de abertura e uma semi-grande angular, que fazem selfies realmente empolgantes. Pode-se dizer que a câmera selfie do Zenfone 3 é melhor que a maioria das câmeras traseiras de celulares intermediários.
No geral, o Asus Zenfone 3 empolga. Mais que seu successor, aliás. Ele é bonito, rápido, tem um excelente conjunto de câmera (frontal + selfie), tem boa autonomia de bateria, carregamento rápido e especificações acima da media para a faixa de preço.
O único porém ainda é o Android da Asus, o ZenUI, que tem uma cara de soft antigo e vem cheio de apps indesejados. Com preço da versão básica girando em torno de US$ 250 (cerca de R$ 815, em conversão direta), ele chega ao Brasil em novembro. Resta saber qual será o preço por aqui.
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