A Intel revelou uma série de informações sobre a sétima geração de processadores da marca, fruto da arquitetura conhecida como Kaby Lake. Entre os grandes destaques, há ganhos de performance de no mínimo 40% em reprodução de vídeo em resolução 4K, algo que deve tornar os componentes ideais para a construção de computadores voltados para a capacidade de mídia.
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Outras informações apontam para avanços gerais em performance, consumo de energia e novidades na própria linha de processadores, que deixará de oferecer os relativamente fracos processadores Core m. A seguir, conheça os detalhes da sétima geração da Intel.
4K é prioridade
Em uma demonstração realizada há alguns dias, a Intel mostrou as capacidades 4K de seus novos chips, afirmando que jogos e reprodução de mídia se tornariam possíveis nessas resoluções em máquinas com os novos processadores.
Faltavam os números, agora revelados. O Core i7 7500U é um dual-core da nova geração e que possui otimizações para o 4K. Segundo a Intel, reproduzindo um vídeo dessa resolução, o processador precisa apenas de 5% do seu desempenho e consome apenas 0,5 watts de energia.
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Os registros são bem impressionantes, já que atualmente, mesmo computadores com boas configurações podem sofrer um pouco para rodar vídeos nessa resolução, dada a necessidade de processar o conteúdo via software.
Na comparação, o antecessor do Core i7 usado como exemplo, o i7 6500U, precisa de qualquer coisa entre 40% e 70% de performance, consumindo 10,9 watts de energia para o 4K. O avanço da Intel nesse sentido sinaliza um enorme ganho de eficiência energética especialmente em notebooks usados para mídia.
Media centers com Kaby Lake serão ótimas escolhas
O processamento de vídeo parece ter se tornado uma pequena obsessão no desenvolvimento dos Kaby Lake. Segundo a Intel, os chips dessa linha são capazes de reproduzir até oito filmes em 4K ao mesmo tempo: isso deve garantir à sétima geração boa presença em computadores compactos, ideais para o streaming e reprodução de mídia na sala.
Com suporte a novos protocolos antipirataria e tanta desenvoltura com 4K e altas resoluções, os Kaby Lake devem dar novo folego ao
Economia de energia sem encolher os transistores
O assunto é um pouco mais técnico, mas é fácil de entender. Os novos processadores da Intel são desenvolvidos em torno de uma técnica de manufatura de 14 nanômetros: uma medida da distância que existe entre os terminais dos bilhões de transistores dentro do processador.
Quanto menor a distância, menos resistência à passagem dos elétrons, algo que se traduz em um processador que consome menos eletricidade, funciona mais rápido e esquenta menos. É por isso que todos ficam empolgados quando a Intel, AMD, NVIDIA e Qualcomm anunciam uma nova linha de produtos com medidas inferiores à anterior.
Entretanto, os tais 14 nanômetros também medem a distância nos chips Skylake, da sexta geração. Segundo a Intel, embora não tenha implementado uma nova arquitetura em si, os Kaby Lake contam com algumas melhorias no processo, algo que faria da fabricação dos chips um “14 nm 2.0”.
Na prática, isso significa que os chips de sétima geração empregam algumas alterações que permitem que rodem mais rápido: enquanto as CPUs da sexta geração atingiam 3.1 GHz como velocidade máxima, o menor consumo e aquecimento dos Kaby Lake permite que os chips rodem a até 3.5 GHz com o turbo engatado.
Performance entre 12% e 19% melhor em tarefas gerais
O grande salto de performance dos novos processadores está diretamente ligado com a reprodução de vídeo. Mas e em tarefas mais gerais, como usar o Microsoft Office e navegar pela Internet?
Segundo a Intel, os números nessas situações podem variar bastante em relação ao modelo de processador e ao tipo de tarefa, no uso típico de ferramentas como o Office, a melhoria em desempenho deve chegar a 12%, em média. Navegando pela Internet, o salto é de 19%.
Em termos de ciclos de produtos da Intel, esses números podem ser considerados altos: da quinta para a sexta geração, por exemplo, o salto de performance não passava dos 10% em qualquer cenário
O fim dos Core m
A Intel vai encerrar os processadores Core m3, m5 e m7, versões criadas para atender as necessidades de notebooks extremamente compactos, desenvolvidos para elevada autonomia. No lugar desses processadores, haverá peças com nomenclatura convencional Core i.
Segundo a Intel, não há risco de comprometer a imagem dos chips i3, i5 e i7 porque, com a sétima geração, as versões mais econômicas de suas CPUs terão performance muito superior àquela oferecida pelos agora aposentados Core m.
Para quem está de olho em comprar notebooks (esses processadores são desenvolvidos para laptops) é bom ficar de olho. Se antigamente era fácil distinguir um notebook de performance mais modesta em virtude do chip Core m, agora a atenção terá que ser redobrada. Segundo a Intel, as linhas Core i mais fracas, criadas para suplantar os Core m, receberão a letra “Y” no nome da versão. Exemplo: Core i7 7Y75 (substituto do Core m7 6Y75, usado pela Apple no MacBook).
Kaby Lake chega primeiro aos notebooks
Os primeiros notebooks equipados com os chips da sétima geração da Intel começam a ser lançados já no mês de setembro no mercado internacional. No entanto, não dá para se animar muito: levando em conta os ciclos anteriores, de quinta e sexta geração, a chegada dos novos laptops com Kaby Lake no Brasil pode demorar um pouco.
Os primeiros modelos com Skylake levaram de quatro a seis meses para chegar no mercado nacional e mesmo hoje é muito fácil encontrar notebooks com preços levemente salgados equipados com CPUs de quinta geração no país.
Em relação aos desktops, o processo é sempre mais rápido, já que o consumidor pode comprar o processador separado do restante e os importadores independentes costumam ser ágeis. Entretanto, as estimativas otimistas apontam para um lançamento das primeiras unidades quad-core apenas em 2017.
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