Predator Triton 500 é o notebook gamer top de linha da Acer no Brasil. Trazendo processador Core i7 de nona geração da Intel e placa de vídeo GeForce RTX 2070 Max-Q da Nvidia, o computador provou ter capacidade para substituir um desktop poderoso com facilidade. Com sistema fluido graças ao SSD de 1 TB e aos 32 GB de RAM disponíveis, o dispositivo chegou ao mercado brasileiro com preço sugerido de R$ 16.999. Confira a seguir o review em detalhes do notebook gamer premium e saiba se vale a pena comprar o Predator Triton 500.
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Design
O visual do Predator Triton 500 segue o padrão da categoria de notebooks gamer: robusto e dando preferência para um bom número de aberturas. Com hardware poderoso, o computador tende a esquentar bastante, e o maior número de entradas de ar facilita o trabalho do sistema de refrigeração. O computador é preto, tem acabamento em metal e detalhes em azul, cor característica da marca gamer da Acer.
As teclas retroiluminadas podem ser configuradas por meio de um software da Predator que vem pré-instalado no notebook. Mas, a princípio, o LED vem em azul, seguindo o padrão encontrado em outros detalhes do modelo. Além disso, os botões direcionais, assim como os tradicionais WASD, são personalizados com uma caracterização na superfície que permite distingui-los do restante do teclado. Vale destacar ainda a ausência de um pad numérico, algo esperado em um laptop de 15 polegadas.
No geral, a digitação é bastante confortável, assim como a jogabilidade. De qualquer forma, na hora de jogar o usuário vai preferir ter um mouse em mãos, já que é difícil controlar o cursor pelo touchpad. Apesar disso, o componente vem em um tamanho bom o suficiente para navegar pelo sistema, além de não trazer botões: basta apertar a parte inferior da superfície.
Acima do teclado, há um botão de turbo, que aumenta a potência das ventoinhas para dar conta de aplicações mais exigentes. Essa função fica disponível apenas quando o computador está plugado na tomada. Na mesma região há um espaço com saídas de ar, além de aberturas na parte de baixo e na traseira do computador, assim como nas laterais.
O som, por sua vez, fica por conta de speakers que também são localizados embaixo do notebook, mas mais próximos da frente do laptop. Para jogar, essa saída de áudio pode ser insuficiente, ou pelo menos não passa a sensação de imersão ao usuário. Vale, se for possível, utilizar um headset ou fone para ter uma experiência mais interessante.
Já em relação às entradas disponíveis, o notebook traz três portas USB do tipo A e uma USB-C, HDMI e DisplayPort para ligar outras telas, além de entrada e saída auxiliares para ligar fone e microfone separadamente. Há ainda uma porta RJ-45 para conectar o computador via cabo Ethernet, garantindo maior estabilidade de conexão.
Tela
A tela tem bordas finas em relação a outros laptops de mesma proposta no mercado. Já a base do display é um pouco mais grossa, trazendo o nome da linha e um espaço aberto, logo acima do corpo do computador.
Apesar do visual robusto, a imagem exibida é de alta qualidade, trazendo resolução Full HD e taxa de atualização de 144 Hz, o que permite uma boa fluidez ao exibir cenas movimentadas em filmes ou qualquer tipo de jogo. Dessa forma, o display do Predator Triton 500 consegue evitar problemas como sobreposição de imagens, por exemplo, algo bastante interessante para games competitivos.
Bateria
Utilizando o notebook para navegar pelo Chrome, baixar arquivos e rodar vídeos no YouTube, essa autonomia subiu para pouco mais de três horas. Já para voltar aos 100% de carga, é necessário deixar o laptop plugado por cerca de duas horas e trinta minutos.
Desempenho
Com preço equivalente ao de um carro popular usado no Brasil, o Predator Triton 500 garante desempenho suficiente para substituir um desktop gamer completo. O usuário pode utilizar o computador para estudar, trabalhar editando fotos e vídeos, jogar e assistir a filmes e séries, entre outras atividades, e sempre com boa qualidade.
O computador funciona basicamente como um console próprio para jogar. Em Counter Strike: Global Offensive, game competitivo e menos exigente em relação aos gráficos, por exemplo, o Predator Triton 500 chegou a rodar com fps acima dos 270 em alguns casos. Já o GTA V, que exige uma performance maior do hardware, esse número caiu para 70 a 80 fps.
Vale lembrar que, além das imagens mais trabalhadas, o game da Rockstar é de mundo aberto e tem diversas informações que precisam ser carregadas em alta velocidade. O mesmo aconteceu com Watch Dogs 2, da Ubisoft, outro título de aventura que traz muitas informações. De qualquer forma, o Triton 500 apresentou um ótimo desempenho, com cerca de 60 a 70 fps em atividades com muita movimentação na tela.
Preço e disponibilidade
Com preço bastante alto para a realidade do mercado brasileiro, o notebook gamer da Acer não é fácil de encontrar por aqui. De acordo com a fabricante, essa baixa disponibilidade tem a ver com a pandemia do novo coronavírus. Como o computador é importado, não há previsão de quando novas máquinas devem chegar ao país.
De qualquer forma, os valores sugeridos são de R$ 16.999, pelo modelo com Core i7 e placa GeForce RTX 2070 Max-Q, e R$ 29.999, preço recomendado pela Acer pelo PC equipado com a mais poderosa GeForce RTX 2080.
Conclusão
Considerando apenas o hardware poderoso e a qualidade com que a máquina roda jogos recentes e exigentes, é possível dizer que o Predator Triton 500 substitui com facilidade um desktop gamer. Apesar disso, vale ressaltar que montar uma máquina com componentes semelhantes pode sair mais em conta.
A vantagem do notebook da Acer está na estrutura, montada para dar suporte ao processador e à placa de vídeo, ambas peças que demandam bastante energia e um bom sistema de refrigeração. As diversas saídas de ar ajudam o computador a manter uma boa temperatura, assim como o recurso de turbo, que permite o overclock sem deixar o dispositivo superaquecer por conta disso.
A praticidade de ter toda essa potência em um modelo portátil também é algo a ser considerado, já que permite ao usuário jogar em praticamente qualquer lugar – desde que seja possível plugar o computador em uma tomada. O design robusto, seguindo o padrão de produtos gamer disponíveis no mercado, também já está lá, e o usuário não vai precisar comprar periféricos com LEDs para "enfeitar" a máquina, por exemplo – com exceção do mouse, que é praticamente indispensável.
De qualquer forma, é importante lembrar que não há portas de fácil acesso para quem pensa em realizar upgrades no futuro. O hardware deve garantir um bom tempo de uso em alto nível, sobretudo pelos 32 GB de RAM e pela placa de alta qualidade. Mas, ainda assim, isso é um limitador que não existe ao montar seu próprio PC gamer ou comprar um desktop do segmento com boa oferta de slots disponíveis para melhorias.
Ou seja: o Predator Triton 500 é sim uma opção forte o suficiente para substituir um computador de mesa, mas o usuário que quiser gastar menos e tiver como buscar com calma por outras solução não deve se arrepender.
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