Assim como nos jogos casuais, Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) tem bugs. As falhas podem surgir com mudanças e atualizações dos games, que recebem updates com certa frequência. No jogo competitivo, no entanto, esses bugs podem causar problemas maiores ao favorecerem (ou desfavorecerem) times em torneios. Relembre, a seguir, cinco vezes em bugs no CS:GO interferiram em partidas de campeonatos internacionais e causaram polêmica.
DreamHack Winter: Fnatic vs LDLC (2014)
Uma das controvérsias de bugs em torneios de CS:GO mais famosa aconteceu nas quartas de finais da DreamHack Winter 2014, em jogo entre Fnatic e LDLC. Originalmente, a Fnatic venceu o confronto por 3 a 0, mas a LDLC reclamou junto à organização da DreamHack alegando que Fnatic havia se aproveitado de um bug. Com o "pixel-walking", Olof "olofmeister" Kajbjer obteve um boost que lhe permitia ver através de texturas transparentes, dando vantagem de visualização em áreas do mapa.
A DreamHack então decidiu que a segunda metade do terceiro mapa (Overpass) seria jogada novamente. Entretanto, a Fnatic também reclamou com a organização, alegando que a LDLC também poderia usar do mesmo boost. Por fim, a Fnatic decidiu não correr atrás do resultado e foi eliminada da competição. A LDLC chegou às finais e vence a Ninjas in Pyjamas por 2 a 1.
StarSeries Season 3: Ninjas in Pyjamas vs G2 Esports (2017)
Ninjas in Pyjamas e G2 se enfrentaram na Inferno durante a Fase de Grupos da StarSeries Season 3. Adam "friberg" Friberg e Patrik "f0rest" Lindberg, jogadores da NiP, foram encurralados pela molotov de um jogador da G2, que impediu o avanço da dupla. Foi então que o bug veio à tona: a fumaça de uma smoke lançada pelos atletas apagou as chamas da molotov quase que imediatamente. A NiP venceu round, mas perdeu a partida por 6-16. A G2 alcançou os playoffs do torneio, mas foi eliminada pela FaZe Clan, que veio a vencer o torneio.
ESL Pro League Season 5: Cloud9 vs SK Gaming (2017)
Dessa vez, que protagonizou a jogada com bug foram os brasileiros da SK Gaming. O caso aconteceu nos playoffs da ESL Pro League Season 5, em partida contra a Cloud9. Após uma compra forçada no round 3, a C9 planejava dividir o time e fazer um plant no bombsite A. Mas Fernando “fer” Alvarenga conseguiu abater três adversários graças a um bug, que permitiu ver as cabeças dos adversários através da fumaça da smoke.
A Cloud9 perdeu o round em questão e a SK Gaming venceu o mapa por 16-7. Os norte-americanos seriam eliminados ainda na fase de grupos, e os brasileiros seguiriam para os playoffs. A SK caiu nas semifinais, após perder por 2 a 0 para G2 Esports, que ficou com o título.
PGL Major Kraków: BIG vs FaZe Clan (2017)
Outro caso de bug na Inferno aconteceu na partida entre BIG e FaZe. Numa situação normal, saltar numa parece para obter informação do posicionamento adversário expõe a cabeça do jogador. Entretanto, a BIG (mais exatamente, Johannes "tabseN" Wodarz) tirou vantagem de um bug que impede disso acontecer. Como resultado, a BIG venceu a partida por 16 a 8, seguindo na competição. Já a FaZe foi eliminada antes dos playoffs.
Nos playoffs, a BIG foi eliminada na primeira fase, perdendo por 1 a 2 para Immortals. Vale registrar: a BIG protagonizou a mesma polêmica contra os brasileiros durante as qualificatórias, se utilizando do mesmo bug para obter a vitória.
FACEIT Major London: vários times com o mesmo problema (2018)
A build de CS:GO utilizada no FACEIT Major London 2018 apresentava um bug, e essa foi uma grande polêmica no torneio. Com o erro, os times tinham dificuldade em ouvir os passos dos adversários conforme eles se movimentavam pelos mapas
Mathias "MSL" Lauridsen, da North, foi um dos players mais vocais em sua crítica, após seu time ser eliminado pela Vega Squadron. Shahzeb "ShahZam" Khan, da compLexity Gaming, também relatou o mesmo problema na partida do time contra a Vega Squadron.
Via Gamespot, Kompete, Dot Esports, Dot Esports, Dexerto
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