Devido à presença do teclado QWERTY, o BlackBerry KEYone apresenta o display um pouco menor do que os demais celulares do momento: apenas 4,5 polegadas, contra 4,7 polegadas do iPhone 8, 5,5 polegadas do Moto Z2 Play e 5,8 polegadas do Galaxy S8.

A resolução da tela revestida com Gorilla Glass 4 é de 1620 x 1080 pixels. Ou seja, nem sequer chega aos 1920 x 1080 pixels de uma tela Full HD. No entanto, apresenta uma boa densidade de pixels: 433 ppi, que deve deve ser suficiente para ter imagens nítidas. Nesse quesito, o KEYone supera os smartphones da Apple e da Motorola, que oferecem 326 ppi e 401 ppi, respectivamente.

O telefone da BlackBerry tem câmera traseira com sensor Sony IMX378 de 12 megapixels, zoom digital de 4x e capacidade de gravar vídeos em 4K a 30 fps (quadros por segundo). A lente tem abertura f/2.0, o que indica uma menor capacidade de capturar luz do ambiente em comparação aos concorrentes Moto Z2 Play e Galaxy S8, que apresentam abertura f/1.7.

O dispositivo conta ainda com um flash de LED dual tone, que promete melhorar o balanço de cor nas fotos, e recursos como detecção facial, estabilização automática, possibilidade de registros panorâmicos e inclusão de filtros.

Já a câmera frontal tem resolução de 8 MP, abertura de lente f/2.2, flash e possibilidade de fazer filmes em Full HD (1080p) a 30 fps. A lente permite capturas em ângulo aberto de 84 graus, o que promete fazer com que ninguém fique de fora das selfies.

No quesito armazenamento, a Black Edition não deve nada para a concorrência. Com 64 GB de memória interna, expansível em até 256 GB com cartão microSD, o BlackBerry KEYone tem a mesma capacidade de rivais como iPhone 8, Galaxy S8 e Moto Z2 Play. Ou seja, será necessário tirar muitas fotos e baixar diversos aplicativos até que o espaço disponível no smartphone se esgote.

O celular apresenta bateria não removível de 3.505 mAh, que promete durar mais de um dia – mais precisamente, 26 horas de uso. Além disso, a fabricante garante o recurso de recarga rápida, entregando 50% da carga total em 36 minutos.

A versão brasileira do BlackBerry KEYone tem processador intermediário octa-core de 2 GHz (Snapdragon 625), que promete um bom desempenho aliado a um baixo consumo de energia. O chipset da Qualcomm está presente em celulares como o Zenfone 3 e o Moto G5 Plus. A memória RAM é de 4 GB (1 GB a mais do que a versão apresentada na MWC 2017), configuração que deve proporcionar um uso livre de travamentos.

O KEYone vem com o Android 7.1 Nougat, que apresenta recursos como divisão de tela para a exibição de dois aplicativos simultaneamente, fácil acesso aos itens de configuração e disponibiliza centenas de emojis nativos para ampliar a possibilidade de comunicação do usuário via mensageiros e redes sociais. A TCL Communication já confirmou que o smartphone será atualizado para o Android 8 Oreo, mas não deu informações sobre quando isso deve ocorrer.

No Brasil, o BlackBerry KEYone está disponível apenas como a Black Edition, que apresenta o corpo todo na cor preta. É possível encontrar o smartphone no exterior com acabamento em prata e preto.

Um dos diferenciais oferecidos pela existência de um teclado físico é a possibilidade de criar atalhos para abrir rapidamente os apps mais usados, bem como acessar o número dos seus principais contatos. Por exemplo: ao pressionar a letra "B" por alguns segundos, é possível abrir o navegador (browser, em inglês).

Em seu lançamento no Brasil, em julho, o BlackBerry KEYone foi anunciado com preço entre R$ 3 mil e R$ 3,5 mil. De fato, o dispositivo pode ser encontrado, em média, por R$ 3,5 mil – valor alto, considerando que seus recursos ficam um pouco aquém dos concorrentes com preço similar. No entanto, vale lembrar que KEYone é o único smartphone que combina configurações avançadas e teclado físico QWERTY, e isso faz com que seja o seu principal diferencial diante dos demais.