O processador é, simplesmente, o cérebro de qualquer computador. Não à toa, seu nome significa “Unidade Central de Processamento” (CPU, em inglês). Toda e qualquer informação que você vê na tela de sua máquina passam obrigatoriamente pelo processador. Por isso, é de extrema importância escolhermos um chip que atenda perfeitamente às nossas necessidades, nem mais e nem menos.

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Para isso, devemos saber o que significa cada termo das especificações técnicas. Você sabe o que significa soquete? E o clock interno? Hyper-Threading é importante ou não? E TDP? Conheça agora o significado de cada desses importantes termos.

Questões como quantidade de núcleos, arquitetura e consumo são importantes na hora de comparar processadores (Foto: Divulgação/Intel)

Soquete

O soquete é o tipo de conexão fisica que o processador usa para se conectar à placa-mãe. Esta é a característica mais importante na hora de se escolher um processador, pois é com base no soquete do chip que você escolherá o modelo da sua placa-mãe.

Os soquetes utilizados pelos processadores da AMD são os seguintes: AM3; AM3+; FM1 e FM2. Já os utilizados pela Intel são o LGA1156; 1155; 1150; 1366 e 2011. Cada um desses soquetes é compatível com gerações distintas de processadores e são compatíveis com diferentes recursos e funcionalidades.

É importante também ressaltar que um processador não encaixa numa placa-mãe cujo soquete seja diferente. Por isso, fique bem atento ao tipo de soquete utilizado pelo seu processador e pela placa-mãe, para não acabar comprando um modelo incompatível.

Exemplo de socket de uma placa-mãe (Foto: Divulgação/Creative Commons)

Clock interno

O clock interno, conhecido simplesmente como clock, é o número de ciclos por segundo de um sinal de sincronismo usado dentro do processador. Esse ciclo é medido em Hertz (Hz). Atualmente, os processadores já estão na casa dos GigaHertz (GHz).

Por muito tempo falou-se que o clock era um indicativo da velocidade do chip. Quanto maior o clock, mais rápido ele é. Porém, isso não passa de um mito. Visto que os processadores de gerações e fabricantes diferentes usam arquiteturas diversas, é impossível comparar a velocidade deles apenas com a frequência do clock.

Devido a arquitetura, um processador com clock interno mais baixo pode ser mais rápido que um outro chip que apresente o clock mais alto. A frequência do clock só é parâmetro de comparação de velocidade se levarmos em conta processadores da mesma linha.

Overclock dinâmico

O overclock dinâmico é um mini-overclock feito automaticamente no processador (Foto: Reprodução/Wired)

Tanto a Intel quanto a AMD possuem tecnologias que aumentam o clock do processador automaticamente sempre que o chip está com uma grande carga de processamento. Cada uma delas dá um nome diferente para esta prática, que ficou conhecida com

... o overclock dinâmico.

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A Intel chamou isso de Turbo Boost e a AMD de Turbo CORE. Na prática, ao comprar um processador, cheque se o modelo que você está querendo comprar possui esta tecnologia, pois assim você ganha um pouco mais de desempenho em momentos cruciais sem que você precise mexer em multiplicador de clock e outros termos comuns à overclockers.

Clock base

O clock base nada mais é do que um clock de menor frequência. O clock interno, falado no primeiro item, é obtido ao se multiplicar este clock base.

Núcleos de processamento

Núcleos de processamento (Foto: Reprodução)

O núcleo de processamento é, na verdade, o próprio processador, o chip que na prática faz o processamento de todos os bits e bytes. Os processadores modernos trazem mais de um núcleo. Assim, na prática, ao comprarmos um processador dual-core, por exemplo, estamos adquirindo dois processadores, só que unidos num mesmo encapsulamento.

É possível encontrarmos à venda processadores com dois, quatro, seis e oito núcleos de processamento, chamados de dual-core, quad-core, hexa-core e octa-core. É importante frisar que processadores com mais núcleos não necessariamente são mais rápidos que os com menos.

Para usar toda a potência de quatro núcleos, por exemplo, é importante que o programa que você use seja escrito para fazer uso de quatro ou mais núcleos. Caso contrário, o chip será usado da mesma forma que qualquer outro.

Hyper-Threading

Os processadores Intel possuem a tecnologia Hyper-Threading (Foto: Divulgação/Intel)

A Hyper-Threading é uma tecnologia da Intel que simula mais um núcleo de processamento para cada núcleo físico. Para exemplificar: um chip dual-core possui dois núcleos de processamento. Com a tecnologia Hyper-Threading, o sistema operacional entende que ele possui, na verdade, quatro núcleos.

Desta forma, esta tecnologia é sempre bem vinda na hora de comprar um novo processador. No entanto, não se engane achando que estes núcleos simulados são tão eficientes quanto os físicos. Eles existem apenas para complementar o processamento.

Controlador de vídeo

A AMD foi a primeira fabricante a incluir controladores de vídeo em seus processadores (Foto: Divulgação/AMD)

Os processadores modernos trazem um outro componente que é de grande ajuda para o desempenho geral da máquina: os controladores de vídeo. Assim, quando o usuário precisa executar vídeos em HD ou Full HD, a máquina não fica travando ou superaquecendo.

Desta forma, se você estiver montando um computador de entrada, que não será usado para jogos, escolha sempre um processador que tenha um controlador de video integrado, pois ele vai melhorar o processamento das animações do sistema, bem como rodar com mais fluidez vídeos em alta resolução do YouTube ou do seu próprio HD.

Memória cache

A memória cache é um tipo de memória extremamente rápida e que se localiza dentro do processador. Ela é dividida em três níveis: L1, L2 e L3. Quanto mais memória cache o chip tiver, mais rápido ele será.

Isso porque a memória cache armazena dados essenciais para o processamento das tarefas mais recentes ou mais utilizadas. Isso agiliza o trabalho do processador, que depende mais da memória RAM que é um pouco mais lenta que a cache.

TDP (Thermal Design Power)

Este item indica a quantidade máxima de calor que o processador pode dissipar. Ela é medida em watts (W). Ao comprar um novo processador, escolha o que tiver o menor TDP possível dentro da categoria que você estiver analisando.

Quanto menor o TDP, menos energia o chip consome e, consequentemente, mais barata virá a conta de luz. Além disso, quanto menor o TDP, menos calor é gerado. Desta forma, as ventoinhas trabalharão menos e irão gerar menos ruído.

Com esses nove itens em mente na hora de comprar um processador, temos certeza de que você escolherá o modelo que melhor atenda às suas necessidades.



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