O iPhone 6S ainda não tem data para chegar ao Brasil, mas o preço certamente não deve ser dos mais amigáveis. Diante disso, muitos brasileiros optam por comprar o aparelho da Apple fora do país ou por pedir para que algum amigo traga. Mas será que essa é uma boa escolha em tempos de alta do dólar e diante de possíveis taxações? O TechTudo traz uma análise completa para você.
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Antes de começar, porém, é importante destacar que usaremos a cotação do dólar turismo do dia 16 de setembro, que é de R$ 4,04 para cada US$ 1. O dólar turismo é o valor pago pelos brasileiros na compra de papel-moeda ou nos cartões de crédito. O valor dito na TV e em outros meios trata-se do dólar comercial, usado nas relações comerciais entre os países, bancos e grandes empresas.
O verdadeiro preço do iPhone
O preço do iPhone 6S nos Estados Unidos foi anunciado pela Apple durante um evento em setembro deste ano: a partir de US$ 199 (aproximadamente R$ 804). A grande “pegadinha” da empresa, porém, é que esse é o valor do aparelho vendido com um plano de dois anos de uma das operadoras americanas.
Veja na tabela abaixo os preços sem contrato:
Celular | 16 GB | 64 GB | 128 GB |
iPhone 6S | US$ 649 (R$ 2.622) | US$ 749 (R$ 3.026) | US$ 849 (R$ 3.429) |
iPhone 6S Plus | US$ 749 (R$ 3.026) | US$ 849 (R$ 3.429) | US$ 949 (R$ 3.834) |
Taxas locais
Um ponto importante que muitos deixam passar despercebido é o custo dos impostos locais. Ao contrário do Brasil, as taxas de países como Estados Unidos e Canadá normalmente são aplicadas no momento da compra, em vez de virem embutidas no preço final do produto. Isso pode ser um perigo para quem sai com o valor exato e em dinheiro para comprar um novo smartphone.
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Para exemplificar, escolhemos dois dos principais destinos dos brasileiros no exterior: as cidades de Orlando e Nova York. Nelas, as taxas comerciais giram em torno de 6,5% e 8,75%, respectivamente. No entanto, o valor varia de acordo com estado, cidade ou província visitada.
O IOF
Outro ponto que pode dar dor de cabeça aos brasileiros é o Imposto de Operações Financeiras (IOF), que é aplicado sobre qualquer compra feita lá fora. Atualmente, há dois diferentes índices: para dinheiro vivo, é cobrado 0,38%. Já para cartões de crédito, débito e viagem, o valor aumenta para 6,38%. No cálculo, utilizaremos apenas o valor com as taxas de Orlando, destino que atrai muitos turistas devido aos parques da Disney e da Universal.
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Como é possível perceber, há uma considerável diferença no que diz respeito ao IOF em compras com dinheiro vivo e em cartões. Sendo assim, o usuário deve calcular riscos e vantagens de cada escolha antes de adquirir o telefone.
Possíveis taxas na chegada ao Brasil
Após tantos cálculos sobre o preço do iPhone no exterior e as possíveis tributações aplicáveis no momento da compra, é preciso considerar prováveis tributações na chegada ao Brasil. Atualmente, a Receita Federal inclui smartphones na lista de objetos livres de tributos, desde que o viajante comprove que o item é de uso pessoal.
Caso a pessoa carregue mais de um aparelho na bolsa ou não consiga atender os requisitos da Receita, o iPhone será enquadrado na cota máxima de US$ 500 por indivíduo. Se o aparelho for declarado no momento da entrada, será cobrado 50% do excedente da cota. Se não for, serão cobrados os 50% do valor excedente e mais uma multa de outros 50%, totalizando 100% do valor excedente da mercadoria. Ele passa a custar o dobro, portanto.
Afinal, vale a pena?
O preço praticado pela Apple lá fora certamente chama a atenção de quem se arrepia com o valor dos iPhones no Brasil. No entanto, se considerarmos as cotações e encargos aplicáveis durante o processo de compra do aparelho no exterior, o preço do produto nem sempre é tão vantajoso assim.
É preciso levar ainda em consideração os gastos adicionais da viagem, como passagens aéreas, hospedagens, vistos e outras questões. Ou seja, em tempos de crise e aperto financeiro, a conta pode sair ainda mais salgada do que o imaginado.
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