O Hackathon Globo recebeu mais de 1,8 mil inscrições. Os participantes foram convocados a partir dos currículos e alguns têm histórias interessantes para contar. Inúmeras formações ou nenhuma, faculdade aos 15 anos e desenvolvimento desde os 11. Conheça alguns dos programadores.
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Nascido e criado em Blumenau, Santa Catarina, Douglas Fischer começou a programar sozinho aos 11 anos. Após concluir o Ensino Médio, mesmo certo do que queria trabalhar, entrou em três faculdades e não concluiu nenhuma. Para Fischer, o diploma tem impacto limitado. Até hoje ele só perdeu duas oportunidades por não ter se formado, mas que não fizeram diferença na carreira de desenvolvedor.
"Hoje você não consegue ser desenvolvedor só dependendo de faculdade. Precisa estar sempre atualizado. Se eu ficar um ano parado já não consigo mais trabalhar", afirma Fisher.
O participante catarinense também teve a oportunidade de trabalhar fora, em Amsterdã, na Holanda, por convite da empresa que trabalhou. Porém, na época, não quis sair do Brasil por ser muito apegado a família. Hoje, ele trabalha no Rio de Janeiro para ficar mais próximo da empresa e desenvolve apps para grandes empresas privadas. "Se eu ainda estivesse em Blumenau não conseguiria desenvolver aplicativos para as companhias que desenvolvo hoje", conta.
Fischer não é o único que começou a trabalhar cedo. Matheus Portela se formou no Ensino Médio com 15 anos e logo entrou na Universidade de Brasília. Desenvolvendo desde os 14 anos, o jovem hoje com 21 não teve problemas com o ingresso cedo na faculdade, mas precisou se adaptar a alguns detalhes. "O pessoal me chamava para beber depois da aula e eu não podia, tinha só 16 anos", lembra.
Morador do Distrito Federal, Portela está no primeiro hackathon e só teve experiência parecida em um Game Jam em Brasília. De acordo com o jovem, a cidade tem pouca demanda de projetos como o hackathon. "Brasília tem muita iniciativa para projetos do governo, órgãos públicos, mas quem não tem vontade de trabalhar com isso acaba querendo ir para São Paulo ou Rio de Janeiro", revela.
Yelken Gonzalves, de 26 anos, começou a programar com 13 e hoje tem no currículo uma graduação, pós-graduação e mestrado. O desenvolvedor tentou, no meio do caminho, fazer um curso de Gestão Empresarial, mas desistiu por não sentir que era aquilo com que queria trabalhar. Em 2012, Gonzalves participou de um acampamento da NASA e criou um código para um robô recalcular rotas no espaço quando encontrar algum buraco. De acordo com o programador, que est
"Hoje sou sênior na empresa que trabalho, mas Recife paga muito pouco, pois criaram uma cultura de que o profissional de desenvolvimento é barato. Poucas empresas se sobressaem no Nordeste", relata.
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