A Twitch TV é uma das principais plataformas de streams de games. O site conta com um extenso guia de Termos de Serviço, material constantemente atualizado e que deve ser respeitado pela comunidade e donos dos canais. Os influenciadores que desrespeitarem essas normas podem ser suspensos por horas ou eternamente. Veja, a seguir, seis streamers que tinham milhares de seguidores e foram banidos para sempre. O primeiro deles envolve Angel “ZilianOP” Hamilton, que levantou de sua cadeira de rodas durante uma stream e saiu andando. Os canais famosos exibiam lives de jogos como Fortnite e Counter Strike: Global Offensive (CS:GO) e os bans foram polêmicos.
ZilianOP jogava World of Warcraft, fazia as lives sentado em uma cadeira de rodas e chegou a arrecadar U$ 20 mil (cerca de R$ 109 mil, na cotação atual) em doações a fim de comprar uma cadeira melhor. Mas, no dia 12 de abril de 2013, ele ficou de pé durante uma stream e saiu caminhando, deixando a cadeiras de rodas vazia diante da câmera. Depois das denúncias de diversos seguidores, a Twitch baniu ZilianOP de forma definitiva e o rapaz ficou inativo na Internet por muitos anos.
O retorno aconteceu em 2019 com um canal no YouTube, um novo user, ItsBlooish, e sem a cadeira de rodas. Inicialmente, o streamer ignorou a identidade do passado, mas acabou sendo descoberto pela comunidade gamer e resolveu dar sua versão sobre a história. Blooish afirmou que também usava a cadeira de rodas longe das câmeras e declarou que a história foi sensacionalizada para fazê-lo parecer um mentiroso. Segundo o streamer, ele não tinha a intenção de gerar falsas impressões sobre sua vida e reconquistou a capacidade de andar após anos de fisioterapia. O user ItsBlooish também está banido da Twitch, já o canal no YouTube soma mais de seis mil inscritos.
Phantoml0rd protagonizou um dos maiores escândalos envolvendo CS:GO. O streamer americano promovia frequentemente o CS:GO Shuffle, um site de apostas de skins, para seus mais de 1,4 milhões de seguidores na Twitch, mas acabou banido em julho de 2016. Na época, o YouTuber Richard Lewis apresentou um vídeo com evidências de que Phantoml0rd era o dono do Shuffle e recebia porcentagens das apostas sem informar aos seguidores, contrariando as políticas da plataforma de lives.
O caso terminou nos tribunais do estado americano da Califórnia. Phantoml0rd processou a Twitch, em 2018, alegando severos danos financeiros e deturpação de imagem e pedindo uma indenização de U$ 35 milhões (cerca de R$ 191 milhões). Recentemente, o influenciador informou que a justiça dos Estados Unidos o concedeu ganho de causa, mas o valor pago pela plataforma foi bem inferior ao solicitado, aproximadamente U$ 21 mil (ou R$ 114 mil).
Brad “BlessRNG” Jolly
O mês de junho de 2020 foi marcado por uma onda de denúncias de assédio sexual no universo dos esports, envolvendo desenvolvedores, imprensa e streamers. Diversas mulheres relataram os casos nas redes sociais e a Twitch abriu investigações acerca do comportamento dos funcionários e dos produtores de conteúdo, resultando em diversos banimentos. Na época, o australiano BlessRNG recebeu um ban permanente da plataforma, teve seu emote global removido e perdeu a parceria com a Kanga. Hoje, o streamer mantém um canal no YouTube focado no RPG Monster Hunter Rise e soma mais de quatro mil inscritos, além de 12 mil seguidores no Twitter.
Zoie Burgher
A americana Zoie Burgher ganhou milhões de seguidores com grande
... s performances jogando Call of Duty, mas a particularidade é que ela fazia as transmissões de lingerie. A trajetória da streamer na Twitch envolveu diversos banimentos temporários e incitou mudanças nos termos da plataforma em relação aos códigos de vestimenta. O fenômeno Zoie alimentava diversos canais com vídeos de reações, tanto positivas quanto negativas, e chegou a afirmar que “plataforma é poder e eu não me importo de usar apelo sexual para alcançá-la”. Seu ban definitivo aconteceu em 2016.
Zoie migrou para o YouTube e viu seu número de inscritos passar de três mil para 300 mil em apenas 10 dias. A streamer, que se autodenomina “a mãe das egirls”, chegou a criar uma liga feminina de esports, inspirada nas lives dela, mas a Luxe Gaming foi dissolvida em abril de 2018. Hoje, a americana conta com mais de um milhão de fãs acompanhando seus vlogs no YouTube.
Jarvis “FaZe Jarvis” Khattri
O ex pro player de Fortnite viralizou em setembro de 2019. FaZe Jarvis desafiou a política antifraude do game ao fazer uma nova conta, desconectada da principal, e usar Aimbot, que habilita a mira automática nas armas e aumenta muito a precisão de tiro. Todo o processo foi narrado em uma live e o inglês acabou sendo banido permanentemente pela Epic Games e abandonou a mansão da Faze Clan que morava em Los Angeles.
O streamer segue tentando retomar suas transmissões de Fortnite, que são sempre seguidas de ban por parte da detentora do Battle Royale. Banido também da Twitch, a estratégia de FaZe Jarvis foi streamar sem mostrar o rosto, mas a última resposta negativa da plataforma veio em fevereiro de 2021 e o canal segue inativo. Já no YouTube, ele tem mais de 4.5 milhões de seguidores.
Guy "Dr Disrespect" Beahm
O caso mais misterioso da lista envolve o streamer americano Dr Disrespect, banido permanentemente da Twitch no dia 26 de junho de 2020, três meses depois de assinar um contrato multimilionário e plurianual de exclusividade com a plataforma. Doc fazia transmissões de PlayerUnknown's Battlegrounds (PUBG) e Apex Legends, somava mais de 4,4 milhões de seguidores e apenas um ban na carreira. Horas depois da punição, a Twitch reembolsou os inscritos de Doc e removeu os emotes do streamer.
A razão do ban segue desconhecida, mas a teoria que ganhou mais força envolve a dissolução da Mixer, antiga plataforma de streamings da Microsoft. Dr Disrespect reconstruiu seu império no YouTube desde 6 de agosto de 2020 e, hoje, soma mais de 3,3 milhões de seguidores. Curiosamente, o streamer fez uma reaparição rápida na Twitch no dia 26 de abril, durante um torneio de Call of Duty: Warzone. Um comercial de Mountain Dew estrelando Doc acabou sendo exibido durante as partidas, em algo que foi considerado um acidente pelo canal BOOM TV, que estava transmitindo a competição.
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