As novas GeForce RTX 30 da Nvidia já contam com versões para notebooks. Os modelos prometem alto desempenho para rodar jogos e também para trabalhos mais pesados, como de criadores de conteúdo, editores 3D, entre outros exemplos. Trazendo tecnologias como Ray Tracing e DLSS 2.0, os modelos garantem maior performance sem deixar de lado um menor consumo de energia, algo bem interessante para computadores portáteis.
Embora sejam três modelos disponíveis – RTX 3060, RTX 3070 e RTX 3080 – existem 28 variantes dessas placas, algo que pode confundir o consumidor na hora da compra. A seguir, você fica por dentro das novidades relacionadas às placas gamer móveis da Nvidia para notebooks.
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RTX 3090 de fora
A GeForce RTX 3090 é a placa mais poderosa da nova geração da Nvidia, mas não ganhou uma versão própria para notebooks. Vista como um produto de luxo pela própria Nvidia, que chega a descrever a RTX 3080 como top de linha da geração por esse motivo, a RTX 3090 fica restrita aos desktops.
As razões para que a RTX 3090 não apareça em portáteis podem ter relação com questões de oferta – a Nvidia já tem enorme dificuldade em atender à demanda pela GPU nos desktops – e mesmo de performance, já que notebooks oferecem capacidade limitada de refrigeração e alimentação. Assim, o desempenho da placa poderia ficar limitado.
Placas Max-Q
Até as gerações RTX 20 e GTX 16, a Nvidia aplicava a nomenclatura Max-Q em versões de suas placas. O Max-Q indicava que placa em questão teria performance um pouco inferior ao modelo sem o termo adicionado ao nome. Em contrapartida, a GPU esquentaria menos e poderia consumir menos energia, possibilitando notebooks mais finos e leves equipados com gráficos dedicados.
Agora, a Nvidia aboliu o termo de suas placas gráficas porque considera que o Max-Q não tem mais sentido em classificar versões diferentes de uma placa. Segundo a fabricante, em declaração ao site HotHardware, nas gerações anteriores, o “Max-Q era usado na nomenclatura porque se referia apenas ao valor TDP da placa”.
Como hoje o Max-Q se refere a um grupo maior de tecnologias, a Nvidia preferiu eliminar o termo da nomenclatura das placas que, na prática, poderiam ser classificadas como versões Max-Q.
Em termos de tecnologias, o Max-Q de terceira geração está relacionado a TDPs menores, mas também com recursos interessantes. Um deles é o DynamicBoost 2.0, que alterna em tempo real o regime de alimentação de energia entre GPU, processador e memória RAM. A ideia é racionalizar o uso de energia, garantindo equilíbrio entre performance e consumo de bateria.
Embora o nome tenha sido eliminado, a diferença entre placas de uma mesma série permanece e abre espaço para muita confusão, como veremos a seguir.
São 28 versões diferentes
Embora o termo Max-Q não exista mais, as placas gráficas da Nvidia para notebooks continuam sendo oferecidas com variações. Uma mesma série, como a RTX 3080, por exemplo, pode ter placas de alta performance que, com TDP elevada, entregam 100% do desempenho do modelo, enquanto há modelos da mesma RTX 3080 com TDP menor e, portanto, performance inferior.
Esse tem sido um ponto polêmico a respeito das novas GeForce em notebooks. Embora existam apenas três modelos disponíveis, são 28 versões diferentes das placas. As variações podem ser tão extremas que é possível encontrar um laptop com RTX 3080 inferior a outro com uma versão mais "caprichada" da RTX 3060, por exemplo.
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A polêmica toda tem origem no fato de que nem Nvidia, nem fabricantes estão sendo transparentes a respeito de quais versões seus notebooks estão aplicando, algo que pode levar o consumidor mais desatento a se arrepender de uma compra mal informada no futuro.
Em sua defesa, a Nvidia declarou ao site The Verge que “encoraja os fabricantes a detalharem clocks e outras tecnologias suportadas pelo laptop”. Diversas marcas têm falhado na tarefa e a MSI, por exemplo, alega que “seria muito complicado listar todas as potências” de cada um dos seus notebooks.
Única fonte de Ray Tracing e DLSS 2.0 em notebooks
Ao menos por enquanto, a linha RTX da Nvidia é a única fonte dessas tecnologias em notebooks. O Ray Tracing engloba técnicas de sintetização de gráficos que simulam o comportamento natural da luz em tempo real, gerando gráficos mais realistas, com reflexos, sombras e iluminação reproduzidos de forma mais natural e crível.
O Ray Tracing em tempo real, no entanto, é computacionalmente bastante oneroso para o hardware e, ao menos até o momento, apenas as placas da Nvidia oferecem esse tipo de tecnologia em notebooks. As novas Radeon RX 6000 da AMD disponibilizam o Ray Tracing, mas ainda não foram lançadas em versões para portáteis.
Já o DLSS 2.0 é um recurso exclusivo da Nvidia que usa núcleos de processamento de Inteligência Artificial para reconstruir imagens em resoluções maiores. A ideia é que você possa rodar o jogo em uma resolução baixa, como 1600 x 900p, ou 1920 x 1080p, mas vê-lo na tela em 2560 x 1440p ou até 4K, com alta qualidade e sem artefatos associados a técnicas mais brutas de upscaling.
Ferramentas para criadores de conteúdo
Assim como as RTX 30 equivalentes em desktops, as unidades para notebooks oferecem suporte a novos recursos direcionados para criadores de conteúdo. Máquinas com selo Nvidia Studio prometem ser mais eficientes com a energia, silenciosas, e oferecer também telas com resolução 1440p, calibradas para maior fidelidade de cor, algo relevante para profissionais.
Outro recurso que marca presença é o Nvidia Broadcast, que permite eliminar fundos na hora de fazer streaming por meio de IA, além de recursos para agilizar processos de exportação e edição. Segundo a Nvidia, os notebooks compatíveis com a iniciativa Studio são pensados para edição de vídeo até 8K em formato RAW com redução de até 75% no tempo de renderização.
Com informações: Nvidia, The Verge, Notebook Check, Hot Hardware, Tom's Hardware, LaptopMag e VideoCardz
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