O Ping é um conta-gotas sonoro fabricado em impressora 3D e projetado para ajudar pessoas cegas e com deficiência visual na dosagem de medicamentos e líquidos no dia a dia. O dispositivo é baseado em um projeto criado na Unviersidade Federal da Paraíba (UFPB) que virou trabalho de conclusão de curso e, posteriormente, começou a ser desenvolvido pela startup brasileira Contra.
A ideia consiste em emitir um aviso sonoro a cada gota, ajudando os usuários a acertarem a mão na hora de tomar um remédio ou dar para crianças, por exemplo, garantindo ainda mais independência Simples e de fabricação barata, o aparelho deve chegar por um preço acessível e promete ajudar cerca de 6 milhões de brasileiros com deficiência visual.
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O projeto inicial do Ping foi pensado em 2015, como trabalho de uma disciplina do curso de Engenharia de Produção Mecânica da UFPB, a Universidade Federal da Paraíba. O estudante João Victor Nogueira seguiu com a ideia para seu trabalho de conclusão e se juntou à colega Roseane Agapito da Silva para continuar com o desenvolvimento do conta-gotas até o pedido de patente.
Depois disso, entrou em cena a brasileira Contra, que cuida de toda a parte de logística e estratégia, enquanto a empresa holandesa Spark fez a concepção final do design do produto. Sua fabricação acontece por meio de uma impressora 3D, garantindo um baixo custo de produção.
O modelo é construído em plástico e traz um circuito eletrônico simples, incluindo um sensor e um alto-falante que avisa quantas gotas estão sendo despejadas dentro do recipiente. Caso o usuário despeje um líquido continuamente, o Ping emite um sinal ininterrupto.
Além disso, o Ping será disponibilizado em cores vibrantes, como laranja, roxo e vermelho, o que vai ajudar pessoas que não tenham a visão totalmente comprometida na hora de achar o produto. De acordo com a fabricante, a ideia é simplificar tanto a fabricação quanto a experiência do usuário. Portanto, não há recursos complexos e integração com o celular, por exemplo, o que também vai influenciar no preço. Apesar disso, a empresa não descarta a possibilidade de colocar, no futuro, alguma tecnologia que facilite o acesso ao dispositivo, desde que faça sentido para seus usuários.
O conta-gotas possui um conjunto de pequenas baterias internas e os desenvolvedores falam em colocar uma tecnologia de carregamento por indução já no primeiro lote do produto. A ideia é usar a certificação Qi, padrão usado em diversos carregadores e eletrônicos com o recurso. Com isso, será possível recarregar o aparelho de forma bastante simples, apenas aproximando o dispositivo da base.
Em um primeiro momento, a fabricação é feita via impressão 3D, mas isso pode mudar no futuro. Segundo a Contra, o Ping pode ser montado a partir de um molde de base, injetando o plástico depois. Esse novo modelo pode agilizar o processo de produção, aumentando a capacidade de unidades sendo feitas. No entanto, a opção entre impressora 3D e outros métodos vai depender dos custos de confecção e da empresa que se responsabilizar pelo processo.
O Ping ganhou destaque após a entrada do Contra e do protótipo desenhado pela Stark. Após essa etapa, já participou de diversos programas de aceleração, como Startup Chile, Inovativa e Centelha, programa que conta com incentivo do Governo Federal.
O primeiro lote, com 50 unidades, será doado para o Instituto de Cegos da Paraíba até abril de 2021. Além de ajudar os pacientes, o objetivo é c
A partir disso, a Contra vai disponibilizar o Ping para possíveis investidores com detalhes de todos os custos de fabricação. A ideia é que seja feita a captação de dinheiro e parcerias para produção em massa, e, assim, tornar possível a venda em farmácias de todo o Brasil a partir de 2021. O preço do dispositivo ainda não foi revelado, mas a Contra garante que o aparelho deve chegar ao mercado por um valor acessível.
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