O Android é o sistema operacional de celulares mais popular do mundo. A ferramenta conta com mais de 2,5 bilhões de usuários, de acordo com anúncio feito durante o Google I/O 2019. Contudo, algumas características importantes podem passar despercebidas para quem utiliza o sistema no dia a dia.
Variações por fabricantes de celulares, distribuição de atualizações não homogênea e um malware capaz de roubar códigos de segurança estão entre os fatos pouco divulgados e comentados. Confira, na lista a seguir, cinco coisas que você precisa saber sobre celulares Android.
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1. Android tem variações por fabricantes de celulares
O Android é um sistema operacional de código aberto — ou seja, as fabricantes de celulares podem fazer algumas alterações referentes ao software original. É o caso de Samsung (OneUI), Huawei (EMUI), Xiaomi (MIUI) e OnePlus (OxygenOS), por exemplo. As principais mudanças costumam ser na interface dos celulares, criando características próprias de cada empresa.
O risco dessas alterações está nas vulnerabilidades de segurança que o smartphone pode apresentar. Entre os episódios, é possível citar casos como o do Galaxy A50, em que drivers personalizados do celular criaram um bug na memória, exigindo um patch posterior. A Samsung também possui recursos para proteger o aparelho contra hackers do núcleo do sistema operacional, já que a possível invasão só ocorre devido às mudanças feitas no Android.
2. Distribuição de atualizações do Android não é homogênea
A distribuição de atualizações do Android não acontece de forma homogênea. Isso ocorre porque o sistema roda em dispositivos de diferentes marcas, e cada fabricante leva algum tempo até se adaptar ao Android, incluindo custos extras. Além disso, celulares com modelos muito antigos não são compatíveis com as versões mais recentes do sistema operacional e não recebem os updates.
Durante o período sem atualizações, o celular pode estar vulnerável a ataques de hackers, já que os smartphones não recebem novos protocolos de segurança e proteção integrada. Segundo pesquisa realizada pela Which?, mais de 1 bilhão de dispositivos Android em todo o mundo passam por esse risco. A análise ainda mostra que dois em cada cinco celulares com o sistema não recebem mais updates vitais de segurança.
3. Google tem antivírus nativo para o Android
O Google oferece um antivírus nativo em aparelhos Android, chamado Google Play Protect. Ao baixar algum aplicativo pela Google Play Store, o programa passa por uma verificação automática de segurança. No entanto, testes realizados pela organização alemã de testes de antivírus AV-TEST revelaram que o Play Protect obteve o pior desempenho entre 17 antivírus disponíveis para o sistema.
Nos testes, os programas deveriam identificar cerca de 6,7 mil aplicativos com malwares. O objetivo era determinar índices de proteção, desempenho e usabilidade de cada antivírus, tendo esses fatores um valor de até seis pontos em cada uma das três categorias. A pontuação máxima possível de se alcançar era 18, mas o Play Protect contabilizou apenas seis pontos no total.
4. Authenticator traz camada extra de segurança, mas pode ter falha
Depois que um usuário do Android é infectado pelo malware, os criminosos podem se conectar ao celular para capturar a tela com o código único e obter acesso às contas dos usuários. A falha do Google estaria em não ter criado um recurso para impedir que os aplicativos tirem print de certos aplicativos do sistema operacional.
5. Android tem criptografia para proteger dados
A criptografia consiste em técnicas para proteger dados dos usuários no celular e em outros dispositivos. O Android utiliza o dm-crypt, que é o sistema de disco padrão no kernel Linux. O serviço armazena os dados do celular de forma ilegível para um agente externo, trazendo proteção aos arquivos e mais privacidade aos usuários.
Com a criptografia, o invasor é impedido de acessar as informações do smartphone, já que ele não possui o código certo para se conectar ao celular. Um fator negativo é que a segurança extra pode deixar o aparelho mais lento, pois a função exige maior processamento, resultando em uma menor duração da bateria. Em aparelhos mais novos, a lentidão é pouco expressiva, mas ainda acontece.
Via Geek.com, Android Authority, Which?, AV-TEST, Softpedia, ZDNet, Trusted Reviews, How-To Geek e Wired
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