Catherine Full Body é um jogo de aventura com quebra-cabeças, temas adultos e controversos. Suas histórias envolvem relacionamentos, traições e até mesmo relações sexuais. O game teve lançamento no final de 2019 para PlayStation 4 (PS4), no ocidente, enquanto o Japão também recebeu uma versão de PS Vita – que ficou exclusiva por lá. Full Body é um relançamento, no estilo “remasterização”, de um título que saiu pela primeira vez no PlayStation 3 (PS3) e Xbox 360, no ano de 2011.

O jogo é produto do estúdio Atlus, que também é o responsável pelas séries Persona e Shin Megami Tensei. Será que este relançamento fez justiça ao material original? Vale a pena jogar mesmo tendo aproveitado a versão dos antigos consoles? No review completo a seguir, o TechTudo responde estas e outras perguntas.

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O que você perdeu?

Antes de falarmos sobre as questões técnicas, qualidades e defeitos do jogo, apenas uma repassada rápida pela história. Vale avisar que o enredo é quase o mesmo nesta edição – usamos “quase”, pois há uma adição importante, que será explicada mais adiante. Mas o que importa é: Catherine traz a história do jovem Vincent, um adulto que já passou da casa dos 30 anos e mantém uma relação estável com a jovem Katherine McBride – atente-se ao detalhe de o nome dela começar com “K”, é importante.

O que acontece é que Katherine sofre pressão social de sua família para engravidar e formar também uma família com Vincent, que precisa arrumar um emprego estável para que os dois possam se casar. O problema é que, por nenhum motivo aparente, Vincent conhece uma mulher misteriosa chamada Catherine – desta vez com “C” no início do nome. A menina, possivelmente mais jovem, tenta seduzir o rapaz e o leva para uma história de romance e infidelidade, sem que sua namorada descubra.

É a partir daí que Vincent se vê em uma grande enrascada, pois ele não tem controle sobre a situação. Catherine o seduz sem que ele perceba e, quando menos espera, acorda ao lado da jovem desconhecida. Por outro lado, sem desconfiar de nada, Katherine continua sua pressão social sobre o namorado, que tenta escapar dos problemas.

Pode parecer um enredo de novela, mas Catherine, o jogo, entretém. A história é contada com vários diálogos bem dublados e cenas de anime que impressionam pela qualidade. Pode parecer clichê, mas isso não é necessariamente ruim. Uma boa história de romance pode ser atrativa, se bem construída, o que é o caso por aqui.

Mas, como citamos, Catherine Full Body tem adições ao enredo. Ele traz ainda uma terceira garota, chamada apenas de Rin, que também se envolve com Vincent de alguma maneira. Ela é pianista em um bar onde o jovem adulto frequenta, enquanto sai para beber com seus amigos.

Ao longo do enredo, vamos conhecendo mais sobre as três meninas, mas em especial sobre Rin. Sua inclusão na história de Catherine Full Body é bem colocada, de forma que não atrapalha o desenvolvimento da saga original, mantendo as adições bem interessantes e, acima de tudo, coerentes com o que já existia. Só neste ponto já temos uma grande qualidade para esta versão, o que valoriza seu investimento, mesmo para quem já jogou. Mas é o suficiente?

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Outras adições

Além da adição da história, o que mais vemos de novidade em Catherine Full Body? Há os gráficos levemente melhorados para a versão PS4, soma de um modo de dificuldade "Super Fácil" e um controle automático para as fases de quebra-cabeça, para quem tiver dificuldade

... s em avançar e caso queira apenas ver o enredo.

O jogo também ganhou o dobro de fases adicionais do que o game original em seu modo livre, além de um modo online para que outros jogadores possam disputar os quebra-cabeças presentes em Catherine Full Body. O nome “Full Body”, ou “de corpo inteiro”, não é por um acaso. O título é realmente completo e as adições, ainda que pequenas, vão muito além disso.

Temos ainda a participação de Joker, herói de Persona 5, como personagem jogável no modo Colosseum, além de novas vozes para outros personagens – tanto em japonês, quanto em inglês, e 21 músicas na trilha sonora. Esta mesma trilha sonora, aliás, está em alto nível e pode ser usada na máquina de jukebox do bar, incluindo aí hits da saga Persona.

Fica difícil achar um defeito nas inclusões de Catherine Full Body. O jogo é completo em vários níveis e com adições que nem esperávamos que fossem feitas. Mas, ainda assim, não é um game para todo mundo.

Mas como é esse jogo?

Falamos da história, das adições, então é bom explicar um pouco a jogabilidade, para quem nunca jogou. Acontece que Catherine é um game de puzzle, ou melhor, quebra-cabeças. Entre as cenas de diálogo e da história, Vincent passa por um pesadelo, todos os dias em que adormece. É nele que ele precisa subir um tipo de escadaria bizarra, sempre escapando do monstro que traduz seu pesadelo do dia, que o persegue lá do fundo.

A jogabilidade é sempre motivo de reclamação em Catherine. Quem não está acostumado, não vai curtir, pois o game não se vende desta forma. Ele se vende como um RPG japonês, mas não é, nem perto, algo assim. Porém, para quem dominar a jogabilidade do puzzle, o jogo é diversão certa, já que o desafio é sempre lá em cima.

Conclusão

Se você não jogou Catherine antes, então Catherine Full Body é a experiência perfeita para começar. Não só pelos gráficos mais limpos e bonitinhos, mas pelas adições, que foram várias, em especial na jogabilidade e em itens extras para explorar. Isso sem falar no enredo, que já era divertido antes e fica ainda mais com a presença de uma personagem extra. A Atlus fez bem em relançar a aventura na atual geração da Sony. O lado negativo é que a versão para PS Vita não foi disponibilizada deste lado do mundo e que outras edições, em outros consoles, ainda não foram consideradas para Catherine Full Body.

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