A MIBR termina o ano em 14° no ranking da HLTV, bem longe do quarto lugar onde o time de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) ficou em 2018. O ano foi de poucas vitórias para a equipe, que também passou por diversas mudanças no elenco, incluindo a saída de Marcelo "coldzera" David. Cold deixou a line up ativa em julho, e em setembro se transferiu para FaZe Clan. Em entrevista ao TechTudo, Vinícius "Fluyr" Menegatti falou sobre os problemas da MIBR, os desafios de cold na nova equipe e contou suas expectativas para 2020.
Fluyr é natural de São Paulo e tem 28 anos de idade. Ele começou sua carreira no CS como pro player em 2015 e atuou em orgs como Innova e-Sports e Ilha da Macacada. O jogador abandonou o competitivo em 2018, quando passou a se dedicar às lives e vídeos no seu canal na Twitch e YouTube.
Quer comprar jogos, consoles e PCs com desconto? Conheça o Compare TechTudo
O que faltou para a MIBR em 2019?
O ano de 2019 foi cheio de mudanças para MIBR, maior time brasileiro de CS:GO. Depois de um 2018 com queda de rendimento, a organização decidiu fazer mudanças em seu elenco, substituindo todos os jogadores gringos por brasileiros. O primeiro a sair do elenco foi Jacky "Stewie2k" Yips, que foi foi trocado ainda em dezembro de 2018 por Epitácio "TACO" de Melo. Vindo da Team Liquid, TACO trouxe consigo o técnico Wilton "zews" Prado. João "felps" Vasconcellos fechou o quinteto de brasileiros ao ficar no lugar do norte-americano Tarik "tarik" Celik.
"Eu entendo as trocas do início do ano. A equipe vinha jogando bem e apresentando sinais de melhora com os americanos, porém era notável alguns problemas de comunicação e de função no game. Mas o mais importante, na minha visão, foi a tentativa de reestabelecer o núcleo vencedor de 2016 com FalleN-fer-TACO-coldzera e a soma de felps, jogador que encaixou muito bem em 2017 na época da SK Gaming", avalia Fluyr.
Mas o projeto não deu certo. Depois de uma primeira metade de temporada fraca, em junho felps foi trocado por Lucas "LUCAS1" Teles. Já Vito "kNgV-" Giuseppe foi anunciado em setembro, substituindo coldzera. "A mudança definitiva aconteceu e zews deu espaço ao kNgV-. A contratação foi hype total. O kNgV- é um dos jogadores mais admirados pelo público brasileiro e que foi visto como injustiçado durante sua carreira", relembra.
Mesmo depois da contratação, no entanto, a MIBR não teve uma melhora de desempenho e fechou o ano sem levantar canecos. Analisando a temporada, Fluyr destaca alguns aspectos táticos que precisam ser melhorados pela MIBR. "Um fator que está complicando muito para a equipe é a criação de um map pool sólido. Na era vitoriosa da MIBR, tínhamos quatro mapas de muito respeito e autoridade (cbble, Train, Mirage e Overpass). Hoje em dia, o time vem sofrendo muito nos vetos por não ter mais um mapa 100% para bater de frente com todas as equipes do cenário mundial. Isso precisa ser trabalhado fortemente", enfatiza.
Depois de tantas mudanças na line, Fluyr destaca o que precisa melhorar entre os jogadores que continuam no time. "Rolou uma certa dificuldade para acertarmos o AWP definitivo. FalleN abdicou em alguns momentos da AWP de TR para o kNg virar o AWP principal, e após alguns resultados abaixo do esperado, FalleN reassumiu esse papel", analisa. "Caso os resultados continuem abaixo do esperado, creio que a adição de mais um jogador de muito talento e mira seja necessária".
Nesse sentido, Fluyr acredita que apostar em novos talentos é sim um caminho. Ign
Coldzera na FaZe Clan: excesso de talento ou 'ego'?
Coldzera é outro nome que pode levar o Brasil de volta ao topo de CS:GO internacional. O jogador, que já foi eleito como o melhor do mundo duas vezes, em 2019 abandonou a MIBR e seus antigos companheiros de equipe. Depois de uma fase turbulenta entre a sua saída da MIBR e contratação, cold finalmente foi anunciado na FaZe Clan, um dos melhores nome do cenário atual.
"O cold é muito completo. Com a qualidade que ele tem, pode se encaixar em qualquer equipe do mundo. A grande questão que impactou bastante no jogo dele durante aquela fase MIBR, com o Stewie e o tarik, é a comunicação". Na FaZe, cold volta a se comunicar com seus companheiros de equipe em inglês, o que é um grande desafio. "O raciocínio dele dentro do jogo é muito rápido e qualquer meio segundo de 'tradução' acaba gerando um prejuízo no impacto que ele tem no game", destaca Fluyr.
Para Fluyr, outro dilema para o brasileiro será jogar com uma equipe cheia de estrelas. "A equipe precisa jogar em função dele. O problema é que a FaZe tem muito jogador de nome e que também estão acostumados a brilhar. Não sei se isso pode rolar, mas vejo um certo 'ego' prejudicando o desempenho do cold quando o assunto é função in-game. Quem ali está disponível a se sacrificar pelo cold?", questiona.
Apesar dos desafios, Fluyr acredita que o brasileiro pode voltar a jogar o alto nível que o fez ser eleito o melhor jogador do mundo em 2016 e 2017. "O pico que ele atingiu como melhor jogador do mundo está um pouco distante nos tempos atuais, porém se o cold tiver condições de ser o cold, ele corresponde".
O Brasil e o CS:GO em 2020
Mas nem só de MIBR e coldzera vive o Brasil. Apesar do ano das principais estrelas do CS:GO brasileiros ter sido ruim, outros times chamaram a atenção positivamente. "Para mim, o maior destaque nacional foi a paiN Gaming. É a equipe Top 1 do nosso cenário e já demonstra uma evolução que gera certo merecimento para passarem a atuar no exterior. Também gostei bastante do desempenho e evolução da equipe da DETONA durante as Pro Leagues e no campeonato em que venceram em Portugal. Por último, vi muito potencial na equipe da Imperial", destaca Fluyr, que aponta as equipes como promessas para o próximo ano.
Em 2020, o Brasil também será assunto no CS:GO por receber o primeiro Major da temporada competitiva, o ESL One Rio 2020. O torneio, que é o mais importante do calendário, será um grande desafio e oportunidade para o país. "É fundamental que tudo dê certo nesse evento, pois ele abrirá ainda mais oportunidades para a gente. Mais eventos podem vir a acontecer por aqui, mais equipes podem vir a receberinvites para jogarem em grandes competições, mais visibilidade para nossas empresas e organizações", destaca. As chances do Brasil errar, no entanto, também são altas.
Fluyr enfatiza a necessidade do cuidado na divulgação e segurança do evento. Ele ainda levanta outro aspecto importante: o comportamento do público. "Como brasileiro, me senti extremamente envergonhado com alguns fatos que rolaram na ESL One: Belo Horizonte. Atitudes ruins da nossa torcida podem colocar um ponto final nessas oportunidades que batalhamos tanto para conseguir", alerta e finaliza o influenciador.
Via Liquipedia, Liquipedia, Liquipedia, Liquipedia e HLTV
>>> Veja o artigo completo no TechTudo
Mais Artigos...
- Confira dicas para jogar Fallout Shelter no PC
- Pix fora do ar? Usuários relatam instabilidade no sistema
- iPhone 11 vs iPhone 12: o que muda no preço e na ficha técnica
- Epson XP-231: saiba como baixar e instalar o driver da impressora
- Assista ao Fortnite Champion Series 2 na Twitch e ganhe recompensas
- Drone faz vídeos em 360º e 4K para reproduzir em Oculus Rift e Gear VR
- Untitled Goose Game: como fazer download e jogar o famoso game do Ganso
- Conheça Lowkey, vencedor da Overwatch Contenders América do Sul 2019
- Chromecast ou Android Box? Qual aparelho vale mais a pena para a sua TV
- Como colocar efeito na chamada de vídeo do Instagram
- Zuckerberg morto, hacker e bugs marcam 2016 de Facebook e Instagram
- Galaxy Buds+ é confirmado em aplicativo e tem especificações vazadas
- Jogo dos Cavaleiros do Zodíaco ganha trailer focado em Hyoga de Cisne
- IRPF 2020: como declarar o Imposto de Renda pelo celular
- Dia dos Pais é celebrado em Doodle do Google
- Ropo Glass ou Home Up: compare robô aspirador de pó à venda no Brasil
- Samsung deve lançar duas edições do Galaxy Note 10
- Google volta a permitir visualiza??o de mapas customizados no Android
- Celular ‘fofo’ em forma de robô anda e reconhece o dono; conheça o Robohon
- Samsung lan?a Galaxy S6 e Galaxy S6 Edge no Brasil a 'pre?o de iPhone'