Roubo de senhas de sites de entretenimento, golpe do emprego falso no WhatsApp e ataques mais sofisticados de ransomware estão entre as principais ciberameaças de 2020. A previsão dos especialistas em segurança é que, além de aperfeiçoar táticas já consolidadas, criminosos vão explorar tecnologias relativamente recentes, como é o caso dos deepfakes, para aplicar golpes online. Pensando nisso, o TechTudo separou seis golpes aos quais você deve ficar atento em 2020, e, saiba a seguir como você pode se proteger de cada um deles.
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1. Roubo de senhas de sites de entretenimento
Os serviços de streaming não param de crescer. Enquanto marcas já consagradas, como Netflix e Spotify, se solidificaram ainda mais em 2019, outras grandes empresas aproveitaram para lançar novos serviços no mercado. É o caso da Apple, com o Apple TV+, e da Walt Disney, responsável pelo Disney Plus.
A venda de contas em plataformas de streaming já é uma prática muito comum na dark web e, com o crescimento da oferta e o aumento da popularidade desses serviços, deve se tornar ainda mais recorrente em 2020. Caso note alguma atividade incomum no histórico da sua conta, altere a senha imediatamente e deslogue de todos os dispositivos.
2. Golpe do emprego falso no WhatsApp
O golpe que tenta atrair vítimas com falsas vagas de emprego tem aumentado a cada ano, e em 2020 não será diferente. Só neste ano foram registrados mais de 2,3 milhões de ocorrências, número que representa um salto de 174% em relação a 2018. A tendência é que os criminosos continuem se aproveitando das altas taxas de desemprego no país para aplicar fraudes financeiras através de mensagens falsas enviadas via WhatsApp.
Para se proteger desse tipo de golpe, a primeira dica é sempre desconfiar de mensagens com ofertas tentadoras de empregos que chegam via mensageiros e redes sociais. Suspeite especialmente de vagas com promessas de bom salário e muitos benefícios sem exigência de experiência. É importante também examinar os links com cuidado e, na dúvida, nunca clicar neles. Em vez disso, busque a suposta vaga no site oficial da empresa para checar sua autenticidade.
3. Golpes relacionados a bitcoin
Os golpes de sextorsão, nos quais a vítima deve pagar um resgate para não ter supostas imagens íntimas divulgadas na Internet, são uma das principais táticas que os criminosos usam para adquirir bitcoins. Segundo a empresa de cibersegurança Kaspersky, os golpistas devem investir em armadilhas mais elaboradas em 2020.
Um exemplo são os golpes de phishing, que costumam redirecionar o usuário a páginas com anúncios falsos capazes de gerar lucros a cada visualização. No próximo ano, a expectativa é que eles passem a encaminhar a vítima para sites de compra, venda e troca de criptomoedas.
Embora não seja possível evitar o recebimento de e-mails de extorsão sexual ou phishing, existem ações que podem ajudar a não cair nesses esquemas criminosos. A mais importante delas é nunca clicar em links de origem suspeita ou baixar anexos enviados por remetentes desconhecidos. No caso de golpes que usam sites para minerar bitcoin, há extensões para navegadores que prometem bloquear qualquer tentativa de sequestrar o seu sistema para mineração.
5. Golpes envolvendo deepfake
A tecnologia deepfake, que usa aprendizado de máquina e inteligência artificial (IA) para criar vídeos falsos, foi apontada pela McAfee como uma das maiores ameaças à segurança digital em 2020. Segundo Steve Grobman, diretor de tecnologia da empresa, os
A popularização do acesso à técnica de manipulação de imagens preocupa especialistas, governos e empresas privadas. Um dos maiores temores é que tecnologia seja usada como arma para promover desinformação durante períodos eleitorais. Pensando em diminuir o impacto dos deepfakes nas eleições presidenciais de 2020, o Congresso dos Estados Unidos entrou em ação contra os vídeos falsos.
Da parte do setor privado, a principal preocupação é que a disseminação da tecnologia leve ao aumento dos golpes de phishing de voz, nos quais criminosos se passam pelo CEO da empresa e convencem os funcionários a transferir dinheiro ou revelar informações confidenciais. Em 2019, uma companhia do setor de energia elétrica foi vítima desse tipo de fraude e teve um prejuízo de € 220 mil.
4. Ransomware
Especialistas em cibersegurança acreditam que os ataques de ransomware, nos quais criminosos sequestram arquivos da vítima e cobram um valor em bitcoin para descriptografá-los, serão mais direcionados em 2020. Segundo dados divulgados em artigo da revista Forbes, houve mais de 100 ataques do tipo ao setor público neste ano, em comparação a 51 ocorrências registradas em 2018. No próximo ano, a tendência é que os criminosos mirem em redes corporativas.
“Até 2020, esperamos que a penetração seletiva nas redes corporativas continue a crescer e, finalmente, dê lugar a ataques de extorsão em duas etapas. No primeiro, os cibercriminosos lançarão um ataque paralisante de ransomware, extorquindo as vítimas para recuperar seus arquivos. No segundo, eles irão contra-atacar, mas desta vez ameaçando revelar os dados confidenciais roubados antes do ataque”, explica John Fokker, chefe de investigações cibernéticas da McAfee.
Manter o sistema operacional sempre atualizado, usar um antivírus capaz de reconhecer e bloquear os mais diversos tipos de malwares e não clicar em links suspeitos enviados a partir de campanhas de phishing estão entre as dicas que ajudam a prevenir ataques de ransomware.
6. Golpes envolvendo reconhecimento facial
A tecnologia baseada no reconhecimento facial está presente em muitos aspectos do dia a dia: desde o desbloqueio de smartphones, à verificação da identificação de passaporte nos aeroportos e até como mecanismo de segurança policial para identificar criminosos na rua. A má notícia é que, embora simplifique a vida cotidiana, a tecnologia deve ser incorporada a golpes em 2020.
"À medida que as tecnologias forem adotadas nos próximos anos, um vetor de risco muito viável surgirá, e prevemos que os adversários começarão a gerar falsificações para evitar o reconhecimento facial", explica Steve Povolny, chefe da McAfee Advanced Threat Research. Segundo ele, será essencial que as empresas entendam os riscos à segurança apresentados pelo reconhecimento facial e outros sistemas biométricos e invistam na educação sobre os riscos e no fortalecimento dos sistemas críticos.
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