HDs e SSDs estão sujeitos a colapsos que podem deixar os dados armazenados inacessíveis. Uma forma de evitar perder seus arquivos e saber quando há um problema é monitorar o chamado SMART. A tecnologia, universal em unidades de armazenamento usadas em computadores, verifica uma série de aspectos técnicos do disco, contando erros de leitura e gravação e até mesmo episódios de impactos e quedas, grandes vilões dos HDs usados em notebooks.
A seguir, veja como ter acesso às medições feitas em tempo real pelo SMART no disco rígido ou SSD, Além disso, separamos algumas dicas para ajudar na hora de identificar as informações mais importantes e que podem sinalizar um disco prestes a morrer.
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Como ver as informações
Para começar, você vai precisar de algum programa dedicado a esse tipo de diagnóstico. A boa notícia é que existem vários deles, sendo alguns das próprias fabricantes e muitas vezes gratuitos. Nossas recomendações são o HDD Scan, Seagate SeaTools e CrystalDiskInfo. Todos estão disponíveis de graça e funcionam tanto com SSDs quanto com HDs convencionais.
No Windows
Passo 1. O HDD Scan é um bom utilitário para a tarefa, já que é leve e não requer instalação. Basta fazer o download e executar a ferramenta diretamente;
Passo 2. Confirme escolhendo “I Agree” para que o app seja executado;
Passo 3. Aqui, você pode selecionar qual unidade de armazenamento deseja inspecionar;
Passo 4. Clicando em "SMART", você será levado a uma tela com resultados recentes;
Passo 5. Note que o aplicativo permite salvar essa tela de resultados em um arquivo. Isso é interessante para realizar várias verificações dos atributos SMART para detectar se algum deles está oscilando ao longo do tempo.
Como interpretar as informações?
Como você deve ter percebido, o SMART monitora uma grande quantidade de parâmetros da saúde do disco rígido e do SSD. Embora tudo ali seja importante, há medidas que são mais significativas em relação à saúde da unidade e podem ser usadas para antecipar uma falha.
- Reallocated Sectors Count
Esse atributo monitora o número de setores do disco que apresentaram defeito e, impossíveis de serem acessados para a escrita de novos dados, tiveram de ser remapeados para uma outra área do disco. Uma unidade nova deve ter zero unidades realocadas e um valor crescente nessa medida significa que algo está progressivamente danificando o disco.
Em um HD isso pode ser um desalinhamento das cabeças de leitura e gravação que, entrando em contato físico com a superfície do disco, produzem arranhões que vão lentamente destruindo o HD. Em um SSD, valores altos de setores realocados podem apontar para um disco chegando ao fim de sua vida útil.
- Uncorrectable Sector Count
Parecido com o quesito anterior, esse atributo mede a quantidade de setores com defeitos que não podem ser corrigidos no disco. Caso o valor esteja aumentando com o tempo, há grande risco de perda da unidade e de dados.
- Reallocation Event Count
Esse dado complementa os anteriores e mede tentativas, bem sucedidas ou não, de se reposicionar setores com defeito na superfície do disco. Números subindo aqui também indicam um disco com problemas graves.
- Spin Retry Count
Nessa métrica são consideradas tentativas mal-sucedidas de acionar o motor que faz o disco rígido girar – portanto, não faz sentido em SSDs. Númer
- Present Life Remaining
Destinado a SSDs, esse dado reflete uma estimativa de vida útil da unidade. O valor é apresentado em forma de porcentagem: um SSD com 95 nesse campo terá ainda 95% da sua vida útil pela frente.
- G-sense Error Rate
Crucial em HDs, esse dado mede a quantidade de episódios relacionados a impactos. A rigor, o atributo apenas mede registros de choques que podem provocar danos no disco rígido e consequentemente seu colapso. O medidor também pode subir em discos velhos, que não sofreram qualquer tipo de batida.
- Read Error Rate
Apesar de, literalmente, contar a quantidade de erros de leitura do disco, você não precisa se preocupar tanto com esse parâmetro, já que algumas fabricantes apresentam essas informações de forma diferente. Além disso, dada a forma pela qual os discos rígidos funcionam, valores altos nesse atributo – e também em Write Error Rate – acabam sendo normais.
Via How to Geek, Acronis, Hetmanrecovery
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