PUBG Mobile foi banido da China nesta quarta-feira (8) e a Tencent, empresa responsável pelo game, está redirecionando os jogadores chineses para um novo título chamado Game of Peace, que tem temática patriota. A versão para celulares de PlayerUnknown's Battleground (PUBG) era muito popular na China. O game contava com com mais de 70 milhões de jogadores conectados diariamente e o país era conhecido por sediar o principal cenário competitivo do jogo.

O analista de jogos Cui Chenyu disse à Reuters que PUBG Mobile e Game of Peace são "quase exatamente iguais", desde a jogabilidade até os personagens. No entanto, o substituto de PUBG Mobile tem algumas diferenças que o tornam viável para o governo chinês. A animação de morte dos personagens, por exemplo, mostra o adversário acenando em vez de cair no chão.

Apesar de PUBG Mobile registrar uma média de 70 milhões de usuários diários, o game não gerava receita para a Tencent. Se toda base de jogadores migrar para o Game of Peace, a empresa poderá ganhar em média US$ 1,3 bilhão (cerca de R$ 5 bilhões) por ano, segundo analistas. Vale lembrar que a mudança não deve influenciar a versão PC de PUBG no país.

Não é a primeira vez que o governo chinês toma medidas restritivas contra os jogos competitivos. Títulos como Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) e DotA 2, que são da Valve, mas distribuídos no país pela Perfect World, receberam adaptações na violência visual a fim de receber a aprovação do governo. Mesmo jogos menores, como Crossfire, passaram pelo mesmo processo, deixando a versão ocidental e chinesa consideravelmente diferentes entre si.

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