Os drones se popularizaram bastante nos últimos anos, principalmente na captação de vídeos e fotos aéreas, seja por profissionais da área ou amadores. Há também quem tenha comprado um quadricóptero para usar como um brinquedo, afinal, pode ser divertido controlar um dispositivo voador por aí. No entanto, esses dispositivos não estão restritos aos tipos de uso mais comuns.
Atualmente, diversas empresas apostam nos drones para facilitar certas atividades. Uma delas é a entrega de produtos a domicílio, já testada por companhias como Uber e Amazon, mas também existem modelos trabalhando em construção civil, resgate de animais e até na preservação do meio ambiente. Confira a seguir seis usos curiosos e incomuns para os quadricópteros hoje em dia.
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1. Entrega
Diversas empresas já anunciaram serviços de entrega por drones. Em 2016, a Amazon começou a testar o Prime Air, um sistema de delivery aéreo que seria capaz de levar os produtos comprados pelo site aos consumidores em apenas 30 minutos. O recurso, porém, ainda não está disponível comercialmente. Já em 2018, a Uber, por meio do UberEATS, afirmou estar desenvolvendo um serviço de entrega de comida com drones. A companhia quer tornar o processo mais ágil, abrangente e barato.
Outra que pretende utilizar os dispositivos é a Wing, empresa que faz parte do grupo Alphabet, o mesmo do Google. A companhia já fez testes na Austrália no ano passado, realizando mais de 55 mil entregas, e este ano entrará no mercado da Finlândia. Para pedir um produto, o cliente só precisa acessar o aplicativo oficial. A ideia é oferecer o envio de itens de até 1,5 kg a distâncias de até 10 km.
Enquanto isso, no Canadá, uma iniciativa de entregas com drones vai em breve facilitar o acesso de moradores de uma ilha remota a alimentos, remédios e outros suprimentos importantes. Após dois anos de testes, as autoridades locais liberaram a realização do serviço em dezembro, fruto de um acordo entre a firma Drone Delivery Canada e a comunidade de Moeose Cree First Nation. A expectativa é que no futuro a novidade seja expandida para outros locais de difícil alcance.
2. Resgate de cães
Grupos dedicados a procurar e resgatar cachorros perdidos também estão recorrendo a drones. Em fevereiro, um border collie machucado foi encontrado por um voluntário da organização britânica Drone SAR For Lost Dogs. O cão havia sido atropelado por um carro e, com uma pata quebrada, ficou escondido em um matagal.
Já nos Estados Unidos, durante o mesmo período, uma cadela recém-adotada pulou a cerca e fugiu de sua nova casa. Com a notícia de que ela havia sido vista em um bairro muito arborizado, o grupo Missing Angels enviou um quadricóptero para ajudar na busca. O animal foi resgatado e ficou bem, mas o mais curioso é que um morador da região se assustou com a máquina e disparou tiros contra ela.
3. Espionagem
O uso de drones militares, especialmente durante guerras, não é novidade. No entanto, a aplicação da tecnologia nessa área está sendo ampliada. O exército americano pretende equipar todas as suas unidades terrestres de combate com mini drones capazes de espionar forças inimigas do céu. Para isso, um contrato milionário já foi fechado com a empresa que fabrica os dispositivos. Chamados de Sistema Pessoal de Reconhecimento Black Hornet, os drones cabem na palma da mão, são leves, voam a até 21,5 km/h e têm alcance de 2 km. Eles tiram fotos em alta resolução e fazem transmissão ao vivo de imagens.
Mas não são só os militares que andam empregando drones na tarefa de espionagem. Em 2017, segundo reportagem da ESPN, o Grêmio usou o dispositivo para espionar os treinos de times rivais. A polêmica veio à tona perto da final da Libertadores. O clube teria contratado um homem pa
4. Inteligência policial
Drones também já se mostraram úteis em operações policiais. Em fevereiro, por exemplo, um quadricóptero produzido pela startup Impossible Aerospace, que conta com autonomia de impressionantes 90 minutos de voo, ajudou a resolver um confronto armado que durou 12 horas em um restaurante na Califórnia. Uma equipe da SWAT utilizou vários dispositivos tecnológicos na situação, além de gás lacrimogêneo, mas foi o drone que deu a maior vantagem para os agentes. O suspeito foi preso e a situação foi controlada graças ao quadricóptero, que proporcionou uma visão de cima do local, usando câmeras e sensores térmicos para monitorar o perímetro.
5. Construção
Um dos setores que mais usa drones profissionalmente é o de infraestrutura, em especial na área de construção. As grandes construtoras, pelo menos no Reino Unido, aderiram cedo à tecnologia. Esses equipamentos oferecem acesso a locais grandes ou difíceis, assim como a estruturas complexas ou altas, reunindo dados e imagens aéreas. Tais informações são então aplicadas na inspeção de prédios, levantamentos de terras, monitoramento das atividades em uma obra, fornecimento de material visual para equipe e clientes, vigilância de segurança, entre outras funções.
Além disso, há planos de usar drones na própria construção. Um instituto suíço de tecnologia criou um projeto chamado The Aerial Construction, com o objetivo de investigar e desenvolver métodos e técnicas para a construção aérea robótica. Usando quadricópteros adaptados, o time já ergueu uma ponte de 7,3 metros, que aguentou sem problemas o peso de uma pessoa ao atravessar. Na mesma instituição, foi realizada também uma exibição de quatro drones levantando uma torre de tijolos de espuma com 6 metros.
6. Preservação ambiental
As florestas dão subsistência a milhões de pessoas, protegem o solo, regulam a água, dão suporte à biodiversidade e contribuem na luta contra as mudanças climáticas. Portanto, as matas são muito importantes, mas estão em constante perigo. É por isso que existem incentivos para que os países reduzam suas emissões de gás carbônico, como recompensas com base na quantidade do composto de carbono encontrada em suas florestas. Porém, é muito difícil e caro mensurar e monitorar a biomassa, ou seja, o material orgânico vivo.
Pensando nisso, um grupo de pesquisadores do Brasil e seis países europeus lançaram um projeto que usa drones de baixo custo para mapear a biomassa enquanto sobrevoam as florestas. As máquinas possuem um receptor especial que determina a localização e age como um sensor de material orgânico. O sinal é transmitido e, conforme ele é distorcido ao passar pelos troncos, galhos e folhas, retorna enfraquecido ao drone. Assim, sabe-se que quanto mais fraco o sinal recebido, maior é a biomassa.
Via BBC, CBS New York, ZDNet, Globo Esporte 1, 2, The Verge, Geospacial World, Phys.org e B&H
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