A computação vestível – wearable em inglês – recebe um reforço importante nesta quarta-feira (08): a startup Magic Leap anuncia o início das vendas do headset de realidade aumentada One Creator Edition. Conforme o nome sugere, o equipamento é projetado para criadores de conteúdo digital, bem como desenvolvedores interessados em produzir aplicativos com a tecnologia.

O One Creator Edition é composto pelos óculos de realidade aumentada (Lightpack), pelo acessório que fica preso na cintura (Lightwear) e pelo controle remoto (Controller) que deve ficar ao alcance das mãos. Este dois últimos servem para interagir com os elementos 3D exibidos na tela.

Kit de realidade mista inclui óculos (Lightpack), dispositivo de cintura (Lightwear) e controle remoto (Controller) (Foto: Divulgação / Magic Leap)

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Uma vez que o usuário esteja paramentado com todos os itens, ele passa a ver o mundo real dentro do headset. Já o sistema LuminOS projeta componentes 3D sobrepostos a este ambiente, adicionando uma camada de mundo virtual ao que de fato existe. Em demonstrações anteriores, a Magic Leap exibiu animais marinhos se movimentando, fluxos de luzes brilhantes e dinossauros caminhando.

Diversos sensores espaciais e de luz ficam alojados nos óculos. Eles fazem a leitura do que está ao redor para que os objetos em três dimensões interajam com os limites daquele ambiente. Por exemplo, personagens 3D que estejam em um duelo sobre uma mesa poderiam cair de um “abismo” caso chegassem ao limite deste objet

... o de mobília.

O dispositivo tem preço oficial de US$ 2.295, o que dá em torno de R$ 8.600 em conversão direta. Por ora, o equipamento é vendido em algumas cidades dos Estados Unidos. Entre os brasileiros que poderão testar a novidade estão os creators do Grupo Globo, que é parceiro e investidor da Magic Leap. O TechTudo pertence ao Grupo Globo.

Usuário enxerga elementos 3D que interagem com o ambiente ao redor (Foto: Divulgação / Magic Leap)

“Ter acesso às tecnologias mais inovadoras disponíveis sempre foi fundamental para que o Grupo Globo cumprisse sua missão de produzir e distribuir conteúdo de qualidade. As realidades imersivas, que incluem a computação espacial, são uma nova fronteira da indústria de mídia e é natural que nossos esforços de pesquisa e desenvolvimento se voltem para esse campo”, diz em nota Raymundo Barros, diretor de tecnologia da TV Globo.

A emissora fez uma experiência piloto com a tecnologia no programa “Central da Copa”. Usando uma uma versão de testes do One Creator Edition, o apresentador Tiago Leifert interagiu com jogadores virtuais, facilitando a explicação das jogadas.

A Magic Leap concorre diretamente com uma das maiores empresas do planeta: a Microsoft. Faz muitos que a companhia baseada em Redmond desenvolve o headset HoloLens, que utiliza holografia para também produzir uma realidade mista. As aplicações dos óculos superpoderosos incluem a dissecação digital do corpo humano em aulas de anatomia e teleconferências em que o usuário consegue ver o interlocutor de corpo inteiro, numa interface que lembra as sagas Star Wars e Star Trek.

A Apple também tenta derrubar as fronteiras entre o real e o virtual. Em vez de óculos, a maçã utiliza o próprio iPhone para capturar o ambiente e mostrar elementos em 3D. O futuro sistema iOS 12 tem app que detecta medidas usando realidade aumentada.

Veja abaixo demonstração do que o usuário enxerga quando está com os óculos.

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